Conheça o roteiro da Cidade do Terror, que acontece em Paranapiacaba

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Evento é realizado pelo produtor das Noites do Terror do Playcenter
Evento é realizado pelo produtor das Noites do Terror do Playcenter

No último fim de semana, a cidade de Paranapiacaba foi tomada por monstros e transformada na Cidade do Terror, tornando-se morada de mais de 30 personagens de horror. Organizado pela WR Produções, o evento foi um prato cheio para saudosistas das Noites do Terror do PlayCenter, parque que fechou as portas em 2012. O tema do evento foi LUZ, CÂMERA, TERROR – E você achou que era só lenda?, trazendo à vida personagens de filmes de terror guiados pelo monstro Medo, junto com quatro criaturas que representam os grandes temores da humanidade. Os visitantes foram recebidos, também, por personagens de lendas locais.

O passeio começa no andar superior do Clube União Lira Serrano. Antes mesmo de chegar lá, porém, enquanto aguardamos na fila no andar térreo, conseguimos ouvir um som bastante familiar para fãs do horror: o motor da serra elétrica. Pouco depois, o grupo anterior foge escada abaixo do que quer que esteja nos aguardando o grupo seguinte. Chega nossa vez e, na curva das escadas, uma surpresa: a boneca Annabelle (com a aparência da boneca real) aguarda usando uma camiseta do Canal Lenda Urbana.

Finalmente, chegamos ao Labirinto Casa de Cera, onde somos recebidos por uma figura agitada que fala sobre Vincent – o vilão do filme A Casa de Cera. Nosso guia procura por suas chaves em um armário e, não encontrando, nos leva até uma sala anexa, vazia. Lembrando que as chaves estão do lado de fora, ele nos deixa sozinhos, e é então que surge um monstro de rosto queimado com a serra elétrica que já sabíamos que iríamos encontrar. O grupo corre para fora, de volta para o museu, onde bonecos de cera aguardam em meio a alguns móveis. Nosso guia volta a falar sobre Vincent, até que fantasmas saem de repente do meio dos móveis. Na fuga, acabamos nos deparando com o próprio Vincent, à espreita em uma sala antes da saída. Em seguida, o grupo se dirigiu ao teatro, onde assistimos a uma apresentação burlesca da música Cell Block Tango, do musical Chicago, que contou com a presença macabra da Bailarina do Lira.

Após o show, acompanhamos um guia que levou o grupo para conhecer a parte baixa de Paranapiacaba, enquanto contava lendas da cidade. Uma das mais conhecidas fala sobre a origem da neblina que cobre o local todas as tardes – mas que, infelizmente, não deu as caras no sábado ensolarado. A vila de Paranapiacaba foi construída por ingleses no início do século XX. Durante a construção da estrada de ferro, ingleses que ocupavam altos cargos e imigrantes que formavam a classe operária viviam nas charmosas casas de madeira que hoje compõem a cidade. Diz a lenda que o filho de um engenheiro, rico e protestante, se apaixonou pela filha de um operário, pobre e católica. Os dois marcaram o casamento, mas o pai do noivo o tranca em um porão no dia da cerimônia. Abandonada, a noiva foge e toma um locobreque para a baixada santista. Ao cruzar a Grota, a noiva pula no precipício. A partir desse dia, a densa neblina passou a surgir todas as tardes. Dizem ser a noiva que sai da Grota funda e invade a vila à procura do seu amado.

No caminho, passamos primeiro pela praça do Lira, que contou com um cemitério cenográfico. Ao lado, no Coreto, encontramos o menino do balanço e, do outro lado da rua, a menina do filme O Exorcista assusta os visitantes em frente a uma casa. Seguimos em frente até o Castelo, onde encontramos a Menina do Casarão, que surge enquanto o guia conta sua história. Antes de chegarmos à última atração, finalmente nos deparamos com Medo e seus quatro seguidores, que surgem de repente das construções ao redor.

Por fim, o antigo Mercado se transformou no Túnel Silent Hill. Na entrada, somos recebidos por uma mulher queimada à procura de sua filha. A acompanhamos, então, através de um caminho em ziguezague, enquanto ouvimos a medonha sirene que, no jogo, alerta para a mudança de uma cidade coberta de neblina para o “outro mundo”. No local, criaturas assustam os visitantes em meio a um cenário cheio de corpos pela metade e luzes vermelhas. Para finalizar, um Jason carregando uma serra elétrica afugenta o grupo para fora do labirinto.

Às 20h, voltamos ao Castelo, onde aconteceu o show de encerramento, com a participação de todas as criaturas que povoaram a vila durante o dia. Na apresentação, os monstros são afugentados e o mal finalmente é derrotado.

A Cidade do Terror foi um sucesso de público no fim de semana, o que levou o projeto a ser prorrogado. O evento acontecerá novamente nos dias 6 e 7 de dezembro, dando oportunidade aos que não puderam comparecer no fim de semana passado de experimentar um evento que leva o terror a uma cidade com clima propício para tal, em uma experiência tão raramente realizada em território nacional.

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Silvana Perez

Escolheu alguns caminhos errados e acabou vindo parar na Boca do Inferno em 2012. Apresenta o podcast do site, o Falando no Diabo, desde 2019. Fez parte da curadoria e do júri no Cinefantasy. Ainda fala de feminismos no Spill the Beans e de ciclismo no Beco da Bike.

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