Não vá ver “A Bruxa” no Cinema!

4.3
(6)

The Witch (2015)

Dizem que o papel do crítico é servir de alerta. Espera-se de suas análises, muitas vezes tímidas ao evitar esmiuçar a produção ou exageradas por escanear as principais cenas, um convite a uma conferida ou uma possibilidade de economizar dinheiro e tempo. É para essa segunda categoria de expectativas que este artigo deve ser indicado, para que o público pense duas vezes antes de sair de casa e dirigir-se aos cinemas, principalmente numa época de crise econômica e alta da inflação.

No dia 3 de março chegará aos cinemas brasileiros o filme A Bruxa (The Witch, 2015), depois de uma passagem rápida em alguns festivais por aqui. Boa parte da opinião está favorável ao longa de Robert Eggers, sendo que até mesmo o Mestre do Horror Contemporâneo, Stephen King, expôs em seu twitter o quanto ficou incomodado ao testemunhá-lo nos cinemas. Se o filme tem toda essa hype positiva, elogios por todos os lados, ora, por que, diabos, usei esse título para esse artigo?

King

É simples. Os elogios criam expectativas altas, mas uma produção pode ser apreciada por alguns e cuspida por outros, independente do que falam sobre ela. A boa aceitação vai depender de inúmeros fatores, como o ambiente escolhido, as companhias, sua bagagem anterior e até o horário da sessão. Se você tem um gosto específico para filmes de horror, como, por exemplo, daqueles que curtem sustos, os chamados jumpscares, trilha sonora alta e monstros, A Bruxa não vai lhe servir. Gosta de Jogos Mortais, mas achou fraco Coração Satânico? Prefere Pânico a Halloween, de John Carpenter? Não gostou de A Bruxa de Blair porque não viu a bruxa no filme?

A Bruxa de Blair (1999)
A Bruxa de Blair (1999)

Aliás, a citação ao filme A Bruxa de Blair não é à toa. Embora ambos trabalhem com o mesmo subgênero e valorizem o sutil, A Bruxa vai por um caminho oposto, digamos, visceral. Mostra o que precisa ser mostrado, esconde o desnecessário. E, assim como o longa de 1999, vai deixá-lo para baixo, incomodado, angustiado, depressivo. Para que você vai querer ver um filme assim?

Se o cinema é um espaço para você conversar com os amigos e namorar, não veja A Bruxa. Não vai haver oportunidades para piadinhas ou comentários bobos e suas mãos estarão muito suadas para segurar a da(o) companheira(o). Sessões lotadas trarão inconvenientes, desde aquele babaca do celular ou aqueles que se mostram sabidos demais para o que está sendo exibido, e eles usarão tais artifícios como válvula de escape para atenuar o medo. E ele estará ali, acompanhando-os o tempo todo.

Orgulho e Preconceito e Zumbis (2016)
Orgulho e Preconceito e Zumbis (2016)

E para que sentir medo se você pode rir com Deadpool, brincar com o Boneco do Mal, salvar a alma com Os Dez Mandamentos e se divertir com Orgulho e Preconceito e Zumbis? A Bruxa não foi feito para paladares acostumados com alimentos apimentados. Quem prefere um vinho fino e se inspira com a beleza de um quadro medieval terá grandes chances de encontrar a bruxa que procura, mas correrá o risco de estar no local errado, olhando para o lado oposto à mata densa.

Subirão os créditos finais e, enquanto você tenta refletir sobre o destino de algumas personagens, haverá quem saia expressando seu alívio travestido de insatisfação. “Não é tudo isso.“, “Não vi nada que me assustasse.“. Estes estarão evidenciando uma falsa coragem, como aquela que fez muitos ficarem arrepiados em 1999, mas tacharam o resultado de ruim porque não viram a tal bruxa de Blair. É sério que você ainda quer ver o filme na tela grande?

Se você considerou Invocação do Mal (2013) como um dos filmes mais assustadores de todos os tempos, ignorando os clichês e o enredo oportunista, talvez veja nA Bruxa uma produção arrastada, lenta e chata. Ela não fará você dar saltos na cadeira, mas o manterá grudado nela como seu porto seguro a partir dos primeiros dez minutos. Trata-se de um horror não convencional, feito para incomodar a todos, os mais religiosos, os céticos, os insensíveis. O Mal estará presente ali desde o primeiro frame, à espreita na escuridão. Provavelmente ao seu lado.

E, para terminar, mais um aviso: A Bruxa também tem produção brasileira. Como você talvez pense que filmes feitos aqui são todos ruins, mal feitos e fracos em assustar, é bem capaz que o longa de Eggers mude a sua opinião. Você sairá do cinema com a boca fechada, em silêncio, como se os dentes estivessem colados e talvez precise de uma faca para abrir, tendo o cuidado necessário para não quebrar o maxilar.

A Bruxa (2016)
A Bruxa (2016)

Consciente deste relato, mais uma vez eu aviso: não vá ver A Bruxa no cinema. Pode ser que ela saia de lá com você, acompanhando-o antes que o sono o abrace.

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Marcelo Milici

Professor e crítico de cinema há vinte anos, fundou o site Boca do Inferno, uma das principais referências do gênero fantástico no Brasil. Foi colunista do site Omelete, articulista da revista Amazing e jurado dos festivais Cinefantasy, Espantomania, SP Terror e do sarau da Casa das Rosas. Possui publicações em diversas antologias como “Terra Morta”, Arquivos do Mal”, “Galáxias Ocultas”, “A Hora Morta” e “Insanidade”, além de composições poéticas no livro “A Sociedade dos Poetas Vivos”. É um dos autores da enciclopédia “Medo de Palhaço”, lançado pela editora Évora.

146 thoughts on “Não vá ver “A Bruxa” no Cinema!

  • 20/08/2019 em 13:42
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    Só de não ter o maldito Jump Scare já vale a pena.

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  • 08/03/2019 em 13:22
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    Já disse o sábio Rei Salomão “Quando um sábio e um tolo se envolvem em uma discussão há muita exaltação e zombaria mas não se resolve nada…”
    A verdade é que uns gostaram, outros detectaram (e parece que estes são os mais tensos em defender seu ponto) mas senhores, sejamos francos; 1 bilhão de chineses não está dando a mínima para isso…

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  • 08/12/2018 em 16:03
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    Nem pagando, e muito, vou dizer que um filmes desses é bom. abraço pra quem gosta de terror de verdade e não esse tipo de filme que virou uma febre justamente por ser diferente, e DIFERENTE não quer dizer que seja bom, longe disso.

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  • 19/01/2017 em 10:33
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    Uma vez eu ouvi um cineasta dizendo que se alguém deseja criticar um filme, deve assistir diversos tipos de filmes, de diversas nacionalidades. Isso significa que aqueles que estão acostumados com grandes produções, dificilmente gostarão ou até aceitarão outras produções. Como fã de filmes de terror/horror/suspense, procurei assistir diversas produções, sendo grandes produções, clássicos de gêneros, clássicos italianos, incluindo filmes nacionais e tudo o que venha a representar o gênero.

    Concordo plenamente com Marcelo Milici em cada uma de suas afirmações. Procurei entender o ponto de vista de todos aqueles que postaram seus comentários. Compreendi o modo de cada um analisar e interpretar a referida produção. Contudo, isso não impede as pessoas de gostarem ou não do filme. Concordo (até pelo que citei no início) que muitos criticaram aqueles que não gostaram desse filme, pois o comparou a outros que não têm relação alguma com este, provando que aqueles que estão acostumados com determinadas obras, realmente não gostarão de uma obra como esta. Estes, de fato, não possuiriam um critério para esta análise.

    Entretanto, podem me julgar como quiserem, mas já disse que sou fã do gênero, bem como gosto de qualquer produção. Sendo filme, o importante é assistir. Geralmente sou acostumado com livros da minha área também (educação) e, pela minha especialização e possuindo mestrado na área, posso analisar e comentar muitas obras da mesma. Talvez isso permita que eu esteja preparado apenas para isso e, sendo assim, talvez eu precise estudar e analisar mais ainda os filmes do gênero, então. Talvez ser um grande fã, então, não seja o suficiente, mesmo aprendendo muito com o site Boca do Inferno, o qual acompanho desde seu surgimento, com suas primeiras análises e críticas. Contudo, para mim, o filme é, sim, ruim demais. Não há necessidade de se fazer um filme arrastado para mostrar uma determinada inteligência. Não há necessidade de fazê-lo ter um ritmo lento para não compará-lo a outras produções. Nem sequer há a necessidade de metáforas ou subjetivismos para dizer que apenas o público que compreendeu esses pontos é inteligente (embora exista uma certa verdade nisso). É possível, sim, compreender o filme e a mensagem e achá-lo ruim da mesma forma. Cada um possui o seu critério de análise. Por estar de férias, consegui assistir dois filmes no mesmo dia e no decorrer dessa semana. Além desse, assisti a “Autópsia de Jane Doe”. Se fizermos uma breve comparação, este último filme é simples em termos de cenário e atores, mas extremamente objetivo. É possível manter a atenção retida nesse filme e os elementos são mais “escancarados” por assim dizer, mas nem por isso deixa de ser um filme “inteligente”. Um filme que, na minha opinião, mereceria 4,5 caveiras! Não enrola e nem chama o público de burro! Ou estou muito equivocado, ou faço parte dos “burros” que não suportam filmes arrastados que tentam se mascarar com essa proposta de filme “inteligente”. Posso, então, ser “burro” por achar esse filme muito ruim, mas sou um “burro”, então, apenas para este filme!

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      19/01/2017 em 11:27
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      Fala, Wagner! Tudo bem?

      Perfeito seu comentário. Como eu disse no artigo, não o considero um filme para todos os públicos. Mas, não por ser um filme inteligente, e quem não gosta é burro. Jamais diria isso. Apenas, quis dizer que aqueles que preferem filmes com mais ação, sangue e violência – com a velocidade de um Jogo Mortais – com certeza não vai gostar. Pode ser que você seja do tipo que prefira filmes que trabalhem mais o enredo, sejam mais bem construídos artisticamente, mas mesmo assim não tenha visto nele essa obra-prima como anda sendo considerado.

      Um exemplo disso é o longa O Demônio de Neon. Muitas pessoas gostaram dele, viram metáforas nas cores e simbologia no seu conteúdo. Vi tudo isso e achei pretensioso e ruim. Você poderia perguntar: como alguém que diz mil maravilhas sobre A Bruxa pode não gostar de O Demônio de Neon? A resposta seria um “pois é, questão de gosto mesmo”!

      Abraços!

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      • 20/01/2017 em 13:47
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        Olá, Marcelo! Tudo bem?

        Acho que minha resposta não chegou e tentarei publicá-la novamente! Trata-se de um pedido de desculpas por ter me colocado talvez de forma errada. Acredito ter me expressado com as palavras erradas. Quando me referi aos termos utilizados, foi em relação aos demais comentários de alguns infernautas, não em relação a você! Seus textos, como sempre, são ótimos, bem redigidos, coerentes e dignos de um verdadeiro crítico. Esse é um dos motivos que me faz acompanhar o site desde o início do século. Assim, peço desculpas se houve um mal entendido por ter me expressado de forma a pensar que eu me referia a você, pois não foi minha intenção, mas sim estava me referindo a outros comentários.

        Conforme já citei, todas as críticas contidas no site são ótimas e desejo um ótimo trabalho para toda a equipe.

        Grande abraço!

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          20/01/2017 em 14:08
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          Oi, Wagner! Eu entendi o que você quis dizer. Não me senti ofendido, mesmo se fosse uma crítica ao meu trabalho. Quando a opinião do infernauta é bem argumentada e respeitosa, é sempre bem-vinda tanto para mim quanto para os demais da equipe responsável pelo site.

          Abração!

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        • 03/03/2017 em 03:35
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          Wagner meus parabens, compartilho exatamente a mesma opinião. Talvez vc tbm nao tenha gostado do filme O babadook ( perdão se errei ). Pois segue a mesma proposta desse, ser um filme-metafora.

          Olha eu adoro metaforas, é muito interessante ainda mais usado na linguagem de cinema. Só que um filme ser vendido como terror ou suspense e usar metaforas sociais que poderiam muito bem estar em um filme de drama, acho um baita erro.

          E vejo muitas pessoas serem criticadas por nao terem tido medo ou se assustado. A proposta final do filme nem parece ser essa mesmo. Um filme de terror nao precisa ter apenas jump scares mas no minimo uma atmosfera que te atraia, porem esse nao consegue fazer isso pra muita gente, vc entendendo as metaforas ou nao.

          Enfim, acho esse lance de ser uma filme “inteligente” muito errado pra linguagem do terror, nao que filme de terror nao precisa de boas sacadas mas um filme como esse ou babadook, que vai alem e faz uma alegoria referente a depressão e doenças mentais, são coisas que nao se encaixam no genero. E as reclamações das pessoas que sairam do cinema sao totalmente validas, pq pra mim o filme foi vendido errado.

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    • 10/08/2017 em 04:02
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      Então, vc é muito burro mesmo, não consegue buscar o que o filme dá e representa

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      • 18/10/2017 em 12:06
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        Obrigado Pelo Elogio Amável, Seu Jorge,acho que não sou burro sou Jegue não entendi que o filme era de Bruxaria kkkkk Agora se você me chamou de Burro só por que eu disse que não dava pra identificar a bruxa embora eram varias na Floresta (Bingo)imagina se você ouvisse outros comentários que teve gente que falou que a Bruxa era a mulher Fanática Mãe das Crianças Mais uma vez Obrigado pelo Elogio Você deve ser o tal!!!!

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    • 09/10/2017 em 11:58
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      Cara você nem precisava ter escrito tudo isso de todo o Coração Fiquei com pena da sua pessoa pois,Critica Construtiva é sempre bem vinda, e não podemos as vezes Generalizar ,pois se as vezes seu um filme é parado é porque ele precisa ser se esse filme a Bruxa (que poderia ser chamar também o Mistério de Black Philip kkk) fosse direto ao assunto não teria Graça, só que é uma pena O Filme não empolga assisti ele ja duas vezes teve gente que gostou e que não gostou, assim é a vida, infelizmente não sabemos no filme quem é a bruxa quem vive na Floresta, e o maior erro é uma Família que se diz Cristã ter um bode de estimação como se fosse uma Ovelhinha Amável, kkkk pois Na catolicismo o Bode Representa o mal pois bem Ladainhas da minha Parte, não gosto de contar o filme prefiro que a pessoa assista e tire suas conclusões pois seria como se eu dissesse que o que vale é o que eu penso, tem pessoas que são assim mas eu não, Aprendi uma coisa Muita bacana no filme a Bruxa ser obcecado por algo faz muito mal e por fim Wagner, As Tendencias dos Filmes de hoje são serem arrastados, como eu disse para uns pode ser bom para outros não depende muito do tema!!!!

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      • 09/10/2017 em 15:08
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        O bode é um animal doméstico. A família rural o cria como animal doméstico para alimento, arado, etc…

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        • 18/10/2017 em 11:58
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          Como Filme Dá Época Meu caro Rodrigo,é que o Cristianismo era algo que chegava a ser Doentio, quase como nos dias de hoje, as pessoas gostavam muito da Simbologia tinha algumas Família Cristãs Na Europa que não aceitava alguns Tipos de Animais, princialmente com Chifres por que representava o mal, por isso que eu achei engraçado mas claro vai da ideia de cada Roteiro!!!

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    • 22/05/2019 em 03:14
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      Eai man, eu assisti esse filme A bruxa essa semana e achei um dos melhores filmes que eu já vi, perturbador e aterrorizante, com um final excelente!! Babadook, que vc citou, também achei ótimo!! E eu recomendo pra meus amigos(as) os dois filmes e sabe o que eu mais ouço?? Que os filmes são ruins…as pessoas que tem gostos parecidos com os meus dizendo isso!! Aí que eu saquei, que o gênero terror é o mais difícil de encontrar unanimidade… Eu respeito sua opinião e a de todos, e não tem nada a ver com inteligência, e sim da cabeça de cada um, se sentir satisfeito ao final de um filme de terror, pelo menos pra mim, é difícil! Mas acho massa as opiniões do Boca do Inferno, gostei da crítica, só faltou as caveiras, EU colocaria 4,5 ou 5 sem peso na consciência.

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  • 16/12/2016 em 09:04
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    Eu entendi o filme como uma grande metáfora, a fazenda deles quase não produzia, o bebê que “sumiu” provavelmente morreu, na verdade, de fome, e mais tarde o mesmo chega a acontece com Caleb e até com os gêmeos no final. Tudo para mostrar como o pai não conseguia lidar com a falta de dinheiro e alimento da família, e suas crenças religiosas o amedrontava ainda mais da visão da morte iminente. Sendo assim ele descontava tudo na filha mais velha, que por ser mulher não lhe interessava muito, que ele já tinha planos de mandá-la a outra família para serví-los. E notem que ele vivia dizendo que as pessoas nascem no pecado e tudo mais, fruto dos medos dele associados ao demônio, que no caso mais representava a morte. Mas ele mesmo faz tudo o que ele considerava pecado e desconta na Thomasin. Os medos do pai eram maiores que o amor dele pelos próprios filhos. Notem também que ao invés de matar Black Phillip quando este aparece, mesmo sabendo que o bode preto simboliza o demônio que ele tanto teme, ele simplesmente trancafia ele, ou seja, do mesmo modo como ele teme tanto os pecados enquanto peca, ele não se livra do demônio, considero que essa é a metáfora mais interessante do filme. No final ele é morto por Black Phillip, o demônio, que simboliza os seus “pecados”, ou seja, provavelmente a fome também o matou. Já a morte da mãe possui várias interpretações, mas o que realmente importa é que a Thomasin, considerada a menos importante e mais fraca da família, é a única forte o suficiente para aguentar a fome. Mas agora que ela está sozinha, como fará para sobreviver? Provavelmente terá que levar “uma vida de pecado” que seu pai tanto temia, provavelmente indo para a vila (ou outra vila), tendo que cometer crimes, assaltar, talvez se prostituir, é isso que a cena final representa para mim.

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    • 30/01/2017 em 15:42
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      Muito boa sua interpretação!
      Não tinha visto dessa forma. Não sei se foi de fato isso que o diretor pensou, mas espero que sim, pois foi melhor do que a própria “realidade” tratada no filme.

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    • 10/08/2017 em 04:05
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      O o filme mostra é que o lugar é uma floresta de bruxas e nada vai dar certo na vida deles por ali, até pq eles são fanáticos religiosos e o demônio adora atormentar esse tipo de gente

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    • 14/05/2018 em 15:07
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      Sabe rapaz que bela resenha essa sua,você sim parece ser um bom entendedor de filme de terror,sem contar a bela dramaturgia que você colocou no filme que é a oura verdade,por fim meu caro na minha opinião esse filme teve mais atmosfera de terror do que a historia em si que as vezes lembra alguns filmes dos anos 70 como balada para satã,claro nada a ver com a historia, mas o estilo e tudo mais, teve pessoas que ficaram com medo da Bruxa que não se mostrou no filme e sim o Bode,eu pra ser mais sincero tenho mais medo quando a tia Silvana aparece do nada para indagar algum comentário,do que qualquer momento que passei assistindo esse filme, valeu kkkkkkk!!!

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        14/05/2018 em 15:27
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        Oxe, mas precisava chamar de tia? ):

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  • 02/12/2016 em 09:43
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    Olha Esse Filme Só Faltou ter o Rob Zombie como Diretor dessa bomba sem emoção sem medo e sem tensão um filme que explora ocultismo e fanatismo Religioso só Termina num Resultado Porcaria

    Resposta
    • 16/01/2017 em 15:47
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      Uma porcaria não entendi nada do começo ao fim filme mais sentido..

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        16/01/2017 em 22:40
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        Você não entendeu e o filme é uma porcaria? A graça está toda aí… Buscar o significados… Entender o subtexto… Tem uma longa discussão aqui sobre o que é o filme. Vale a pena ler e ver outros pontos de vista. Taxar de porcaria por não ter entendido mostra que o filme, na verdade não é o problema. Vamos falar mais sobre o cinema do que sobre nossos gostos e “verdades”.

        Resposta
  • 07/11/2016 em 10:30
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    (Ué? Meus comentários sumiram… Será que foi a Bruxa?)

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      07/11/2016 em 10:42
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      Os comentários são antigos, Carlos? Antes usávamos o Disqus, mas acabamos voltando a este esquema de comentários e os publicados pelo Disqus sumiram…

      Resposta
      • 08/11/2016 em 09:18
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        Alguns são um pouco, sim, Silvana, mas o (pen)último também tinha sumido, ressurgindo agora. Obrigado pela explicação!

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  • 07/11/2016 em 10:25
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    Entender-por-A e entender-por-B um filme é realmente tão importante assim? Sendo uma manifestação de Arte, acho que a apreciação é mais importante que o entendimento (e o entendimento cabe conforme a percepção pessoal e… O entendimento).

    Li sobre ele no Boca do Inferno e fiquei curioso. Vi e gostei (se tornou um dos meus filmes favoritos!), e isso para mim foi o mais importante.

    Entendi. A minha maneira.

    Resposta
  • 09/10/2016 em 00:03
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    Deveria ter começado o filme com ela assasinando a mãe e fazendo o pacto,ai sim seria um filme interessante.

    Resposta
    • 10/10/2016 em 13:56
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      Vai lá e faz um filme você mesmo, já que você só parece curtir suas próprias ideias, campeão!

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  • 26/07/2016 em 09:24
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    Marcelo Millici acredito que você sej da mesma época que filme de terror era realmente filme sabe mas vejo que você como outros do site acham que filme de terror ainda tem emoção um cara….. sabe quando tinham feito o filme exorcista que na verdade por ser um tema meio polêmico achei que ia parar por ali,achei que massacre da serra elétrica e pague para entrar e reze para sair seriam inspiração para os novos e os velhos mas que nada o que são os filmes que se dizem terror hoje em dia o tema é apenas espíritos do mal, entidades, bodes e tudo mais essa a bruxa é mais um caça níquel barato moderno, ao contrario do filme o uivo da bruxa que foi um filme com uma historia que podemos dizer isso sim é filme de terror agora essa porcaria desculpe safra nova de filmes de terror de hoje eu só assisto se for fazer um favor para amigos pois quando um filme é bom ele mostra desde o inicio ou prepara uma grande surpresa a gora a Bruxa não tem surpresa nenhuma nada mostra apenas o fanatismo e a loucura de ambos os lados mostrado de forma lenta muitas coisas inconclusivas no filme mas não adianta sempre vai haver alguém e querer empurrar a goela abaixo esse filme e garanto quem conhece filmes de terror olhara uma vez esse filme e outra talvez no dia de sua morte por fim Marcelo prefiro suas resenhas de filmes antigos agora pelo jeito ja vi que voce se adequou a modernidade bom gosto é gosto é como você comprar Funk Carioca com o estilo hard rock assim são os filmes modernos de hoje em relação aos clássicos ja nem falo de cenario,efeitos especiais e historia e sim do clima pois lamentável o que esta bitolando as pessoas hpje em dia são as religioes!!!!

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    • 27/08/2016 em 18:44
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      Rapaz, cansa te ler! Aprendeu a usar pontos e vírgulas não?

      Obs: filme bosta. Ponto.

      Resposta
  • 25/07/2016 em 20:56
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    não sei porque meus comentários antigos não aparecem publicados!! e li um monte de comentários cheio de palavrões aqui …

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      26/07/2016 em 08:44
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      Porque você deve ter comentado quando estávamos usando o Disqus, Vitor. Precisamos tirar essa ferramenta e, infelizmente, os comentários também sumiram.

      Resposta
      • 15/08/2016 em 19:14
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        a sim! eu lembro que antes era o Disqus!! obrigado pela resposta Silvana, e desculpe se fui inconveniente em reclamar!!

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          16/08/2016 em 08:37
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          Imagine, não foi, não. Foi uma pena mesmo perdermos os comentários do Disqus.

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          • 16/08/2016 em 20:10
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            bom, o Filme A BRUXA foi maravilhoso pra mim ! achei pesado e assustador sem ser apelativo, e sem sustos de mentira.

  • 19/07/2016 em 15:52
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    (SPOILER!)
    Esse nao é um filme para todos. Não é um filme para quem acha que filme de terror é susto, sangue e jogos rápidos com a câmera. É um filme para quem aprecia a áurea do verdadeiro mal. O que seria mais bizarro do que um a familia se destruindo completamente nao pela presença física de um mal, mas pela presença dele em suas mentes. Uma mae que enlouquece com a perda de dois filhos, uma criança que cita trechos eróticos da Bíblia (sim, o que ele diz esta na Biblia) antes de morrer, um pai completamente cego que no ápice da loucura prende os filhos junto com os bodes, crianças que falam com o próprio demônio, uma fazenda completamente possuída pelo mal onde nada avança.. Você vê o mal minando a fé e a razão dos personagens pouco a pouco de modo que ver mãe e filha se matando no final, é uma das cenas mais forte que já pude ver. Se isso não for terror, nada mais o é.

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  • 16/07/2016 em 02:33
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    É o seguinte, pelo que eu entendi do filme A Bruxa: No começo,eles são expulsos da vila. Repare que apenas Thomasin olha pra trás enquanto estão indo embora, o que significa que ela queria permanecer na vila. Mais tarde, ela aparece orando e pedindo a graça de Deus e o perdão de seus pecados.Aí o bebê desaparece e é morto pela bruxa da floresta. Nessa cena, ela passa o sangue do bebê em um troço que parece uma lança e começa a flutuar por uns instantes e o filme corta (GUARDE ESSE MOMENTO). Naqueles tempos, eles acreditavam que as bruxas voavam porque tinha gordura de bebê em suas “vassouras”. Aí toda a culpa de tudo que acontece de ruim cai sobre a Thomasin, porque ela sempre está lá, e se sente repreendida por sua própria família. Aí as coisas ficam mais tensas depois que Caleb morre e os gêmeos culpam Thomasin de bruxaria. Aí fica um contra outro, e o pai prende os gêmeos e Thomasin junto com o bode Black Phillip (representa o diabo). Aí a bruxa aparece e ataca os gêmeos, mas não mostra o que acontece depois. No dia seguinte, o pai acorda e vai até o local onde ele prendeu as crianças e vê que os animais estão mortos, os gêmeos não estão mais lá, e Thomasin acorda, ilesa. Black Phillip ataca o pai e o mata. A mãe aparece e culpa Thomasin de ter matado todos, e aí elas brigam e a garota acaba tendo que matar a própria mãe. Aí vem o final. Thomasin vai buscar as respostas de tudo que aconteceu com sua família com o Black Phillip. Então, o bode oferece tudo que estava faltando na vida de Thomasin: comida, um lindo vestido, uma vida de luxúria, etc. Aí ele pede para ela tirar as vestes e assinar seu livro para selar o pacto. Como Thomasin não tem opção (ou ela morre de fome, ou tenta atravessar a floresta, ou volta pra vila e é acusada de bruxaria), ela assina o livro e entrega sua alma ao diabo. Depois acontece a cena em que ela está caminhando até a fogueira junto com as outras bruxas e então todas elas começam a flutuar. Lembra quando o bebê foi morto e a bruxa flutuou lá no começo? Então, agora todas estavam flutuando porque os gêmeos tiveram o mesmo destino do bebê e foram usados para fazer todas flutuarem no final. Aí a Thomasin fica feliz porque agora está livre e foi aceita, coisa que não acontecia em sua família.

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      17/07/2016 em 20:03
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      É isso aí, Francisca! Uma das belezas dos filmes bons é que, ao contrário daqueles que entregam tudo mastigadinho, as interpretações são livres e infinitas. Infelizmente, não é algo muito comum hoje em dia.

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  • 15/07/2016 em 06:51
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    Sinceramente, não achei nada demais no filme.
    A Bruxa de Blair foi pra mim o melhor filme de terror… Filmado como documentário, dava uma impressão de ser real, criava pânico… Não tem nem como comparar esse filme “A Bruxa” com “A Bruxa de Blair”.

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    • 03/09/2016 em 00:07
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      KKKKKKKKKKKKK só pode ser piada acreditar que aquela chatice dava impressão de ser real.

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    • 06/11/2016 em 17:24
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      Vi a Bruxa de Blair quando jovem na época que lançou e vi recentemente, achei uma decepção e bem chato. Já a Bruxa, aprecei o bastante para vir até aqui ler a crítica.

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  • 12/07/2016 em 17:04
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    Falta um podcast ou artigo comentando o filme com spoilers.
    De repente eles acham algo que eu não vi.
    Não achei o filme ruim, até gostei, mas apenas fiquei apreensivo com o destino da filha mais velha. Não senti horror nem nada, creio que não me identifiquei muito com os personagens.
    Vai ver não sou o público alvo.

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  • 11/07/2016 em 00:37
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    O filme é uma merda, só serve pra esses “críticos” ficarem se gabando que “acharam simbolismos e subjetividades sombrias e desconfortáveis” que os reles coitados que vão ao cinema e não gostaram não tem a “capacidade” de ver!
    Além de rebaixarem aqueles que gostam de filmes mais pipoca como invocação do mal ou qqer outro! 😛

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    • 11/07/2016 em 22:10
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      Não… O filme é bom mesmo. Se o público não enxerga além da superfície, a culpa não é do filme. Nem do critico. 😉

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