Red Balloon (2010)

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Red Balloon
Original:Red Balloon
Ano:2010•País:UK
Direção:Damien Macé, Alexis Wajsbrot
Roteiro:Pinto Jimmy, Damien Macé,
Produção:Gueris Benjamin, Maxime Perrin, Kerri Trounce
Elenco:Gareth Bennett-Ryan, Rachel Bright, Chantal Eder, Taryn Kay, Tiffany Moorton, Niamh Palmer Watson, Tez Palmer

Alguns críticos definem Ringu como sendo um filme no qual toda a estrutura narrativa é desenvolvida com uma única função: preparar o espectador para a cena final. Personagens, roteiros, mortes. Tudo é orquestrado para que a conclusão seja não apenas de provocar susto ou de ser escatológica, mas de transmitir medo, no mais genuíno e real sentido da palavra. Ringu consegue percorrer este caminho de forma primorosa. No entanto, este exemplo muitas vezes parece solitário dentro da grande quantidade de filmes que são anualmente lançados.

Se percorrer tal caminho é difícil para longas, é fácil acreditar que conseguir tal resultado seja ainda mais difícil para curtas, cujas tramas precisam ser (bem) contadas em 10, 15 e até 20 minutos. Justamente por este motivo, é comum associar curtas como um caminho que cineastas iniciantes devem percorrer para adquirirem experiências para projetos futuros. O que pensar então de um filme com 13 minutos, mas que possui a mesma característica fílmica da conclusão de Ringu?

O filme em questão é o curta inglês Red Balloon, de 2011 e dirigido pela dupla Damien Mace e Alexis Wajsbro. Como toda boa história de terror, esta aqui começa com uma série de clichês. Rachel Bright interpreta Julie, uma jovem britânica que está como babá de Dorothy, uma garotinha de cinco anos. A casa, localizada no subúrbio de Londres, é afastada de vizinhos e o relógio já marca tarde da noite. E por se tratar da Inglaterra, é claro que está chovendo.

A ação começa com Julie ao telefone conversando com uma amiga e com a TV ligada. Logo, Dorothy, que deveria estar na cama, parece incomodada com algo, que não a deixa dormir. Como qualquer boa babá, Julie vai até o quarto da garotinha, sem entender o motivo da menina permanecer acordada. O quarto de Dorothy, assim como o de qualquer garotinha, é repleto de corações na parede, bonecas, um balão vermelho, bichos de pelúcia e até um coelho gigante.

A ação se desenvolve de forma lenta enquanto pistas são deixadas pelo roteiro. Neste caminho narrativo e ambientado unicamente na casa, existem duas ou três cenas desnecessárias e que não acrescentam nada para a trama, mas que também não chegam a destruir a lógica do roteiro. O enredo segue até que Julie, preocupada já com o fato de Dorothy não dormir, decide telefonar para a mãe da garota, revelando o que realmente está assustando a menina.

Red Balloon foi exibido em alguns festivais de cinema de terror na Europa em 2011. O resultado foi positivo de forma unânime com os públicos presentes. Isto significa que ser criativo em filmes de terror é algo que vai muito além de grandes orçamento e do tempo da película e depende muito mais das ideias e soluções encontradas pelos seus realizadores.

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Filipe Falcão

Jornalista formado e Doutor em Comunicação. Fã de filmes de terror, pesquisa academicamente o gênero desde 2006. Autor dos livros Fronteiras do Medo e A Aceleração do Medo e co-autor do livro Medo de Palhaço.

2 thoughts on “Red Balloon (2010)

  • 06/05/2013 em 02:12
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    Não gostei. A única cena que assusta é uma que nem de fato aconteceu: a menina com a boca ensanguentada do pesadelo da babá. Mas essa ideia de brinquedo de quarto de criança ser um maníaco já foi visitada tantas vezes… Creio que vi isso pela última vez naquele Contos do DIa das Bruxas.

    Resposta
  • 05/05/2013 em 11:53
    Permalink

    me interessei,vou procurar pra ver.

    Resposta

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