Área 407 (2012)

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Área 407 (2012)
O fim do Found Footage!
Área 407
Original:Tape 407
Ano:2012•País:EUA
Direção:Dale Fabrigar, Everette Wallin
Roteiro:Dale Fabrigar, Robert Shepyer,
Produção:Suzanne DeLaurentiis, Stephen Fiske, Ivan Kavalsky, Jude Tucker
Elenco:Abigail Schrader, Samantha Lester, James Lyons, Melanie Lyons, Brendan Patrick Connor, Ken Garcia, Samantha Sloyan, Everette Wallin, Jude Gerard Prest

Imagine o que dá para fazer em 80 minutos… Jogar quase duas partidas de futebol… Tomar um sorvete no centro da cidade… Ver um punhado de grama crescer alguns milímetros… Qualquer coisa, menos assistir a um filme tão ruim como Área 407, o cruzamento de Cloverfield e Lost para colocar munição pesada no lança-míssil dos que odeiam filmes Found Footage.

Para servir de métrica, eu, pessoalmente tenho uma tática para quando o filme é ruim e aguentar sem danos cerebrais: Assisto à prestação, normalmente em duas partes. Área 407 é tão ruim, mas tão ruim que levei uma semana para ver tudo, já que ele é um representante perfeito de tudo o que um filme desse tipo não deve ter, uma vergonha do subgênero, ou de qualquer gênero minimamente similar.

Tudo começa com uma abertura meio como Cloverfield, e a introdução das protagonistas: Trish, uma pirralha irritante, e sua irmã mais velha Jessie, uma fotógrafa amadora que sempre carrega sua câmera a tira colo. Elas estão em um voo saindo de Nova York para Los Angeles na véspera de Natal, documentando tudo no processo.

É neste primeiro encontro que conhecemos os demais personagens: Jimmy, um fotógrafo profissional, que por sorte do destino tem outra câmera digital para filmar a ação! Laura, uma mulher jovem e misteriosa (que, sem medo de ser feliz e entregar um spoiler, é uma das mais inaptas policiais federais que se tem notícia); Lois, a polida comissária de bordo; Tom, a metade de um casal romântico que caminha para a tragédia; e Charlie, um gordo careca que só presta para irritar todo o elenco (e o espectador).

No primeiro ato, Trish está dentro do avião tentando fazer contato com todo mundo (se fosse comigo dava um tapa na cabeça da menina e mandava ficar quieta, hehe), até que o voo começa para valer… E, minutos depois, o avião cai por motivos desconhecidos… Em cima de uma fábrica de geleia de framboesa.

Bem, não literalmente, na verdade é em um campo aberto em um terreno ignorado (a qual chamaremos de Área 407), todavia os sobreviventes estão besuntados de uma meleca vermelha simulando sangue de tal forma que o cenário da fábrica de geleia parece bem mais provável.

Então Trish está com o braço ferido… E não pára de falar do maldito ferimento o tempo todo disso… Charlie reclama da companhia aérea (do vento, da grama, da cor da roupa dos outros) irritando até o mais santo dos homens, quando finalmente… Um barulho! Alguém (aleatório) vai investigar e é atacado… Por algo!

E eles correm… E eles param ofegantes… E eles reclamam… E eles ouvem um barulho… E alguém morre ou é ferido gravemente… E eles correm de novo… E a maldição de Ouroboros começa, porque tudo se repete incansavelmente até o derradeiro desfecho, levemente melhor, onde há uma reviravolta e finalmente a ameaça é mostrada (beeeeem de relance, mas é).

Área 407 (2012) (2)

Se você não estiver dormindo profundamente ou se contorcendo de raiva após a primeira hora, vai perceber ao fim de que não há motivação alguma para a câmera estar rodando: a ação nunca é mostrada devido as cenas excessivamente escuras e como a câmera é posicionada sempre para os personagens, nunca para o que estão vendo. Mesmo sendo um filme de baixo orçamento, não é desculpa para não ter absolutamente nada para mostrar.

Além disto, nenhuma explicação é dada para nada e os protagonistas fazem coisas absurdas, e não conseguem sair do lugar mesmo tendo um maldito carro com tanque cheio funcionando nas mãos! Mesmo com o esforço do elenco, muito pouco se salva. Aos sadomasoquistas de plantão, o filme não foi lançado em DVD no Brasil, porém pode ser assistido em sua fétida imensidão no serviço de streaming Netflix. Se o found footage morrer, Área 407 estará estampada na lápide. Recomendo encontrar algo menos doloroso para fazer, como uma vasectomia sem anestésico…

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Gabriel Paixão

Colaborador e fã de bagaceiras de gosto duvidoso. Um Floydiano de carteirinha que tem em casa estantes repletas de vinis riscados e VHS's embolorados. Co-autor do livro Medo de Palhaço, produz as Horreviews e Fevericídios no Canal do Inferno!

12 thoughts on “Área 407 (2012)

  • 13/09/2017 em 20:22
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    Acho q o pessoal n ta entendendo q o caronista q morreu provavelmente era alguém q trabalhava na área militar,inclusive de onde os dinossauros deveriam ter escapado(referência a area 51) e estava fazendo uma pesquisa sobre isso.
    Mas n deixa de ser um filme ruim

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  • 29/07/2017 em 01:07
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    O filme e pessimo perde meu tempo vendo isso fiquei o filme inteiro sem saber qual era o bicho que tava matando eles e no final era um dinossauro e ainda o homem mata os unicos sobreviventes sinceramente fiquei decepcionada

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  • 20/06/2017 em 20:35
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    O filme nem é tão ruim, é bom pra dar um soninho quando não temos oq fazer kkk
    Eu sinceramente não achei q fosse o pior filme do mundo
    Eu já vi filmes tão ruins, q me deu vontade de vomitar

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  • 23/02/2017 em 02:00
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    Eu nao entendo, por que maldição eles saíram do carro na hora q a fera atacou? Hahahah é sem nexo isso. Eles estão com um maldito carro na mão, era só dirigir a porra do carro pela floresta até achar algo, e por que o cara mata as minas no final? Que filme sem lógica.

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  • 08/12/2016 em 19:16
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    Pena que não li seu comentário antes de ver o filme.

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  • 08/12/2016 em 19:15
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    Pena que não li seu comentário antes de ver o filme.Dormi do inicio ate a metade…bom…ainda bem!

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  • 25/05/2013 em 23:06
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    Assisti e foi a pior coisa que fiz na minha vida! Foi um dos piores filmes que já foram feitos… Detestei cada segundo! Tempo desperdiçado…

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  • 16/05/2013 em 16:11
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    Assisti em três partes, realmente horrível.

    E pelo que consta no imdb, esse ano ainda sai a continuação…

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  • 30/04/2013 em 09:42
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    DEVE SER SOFRIDO ASSISTIR ISSO AÍ.

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    • 15/01/2017 em 11:11
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      Gabriel conseguiu descrever com precisão a experiência. Sem dúvida, a pior desgraça do gênero. Parece que estou numa espécie “AA” de fãs de FF. Todo mundo compartilhando (inclua-me nisto) a mesma frustração.

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  • 26/04/2013 em 20:40
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    Até que prendeu a atenção, mas deixou a desejar um pouco na qualidade. Há falhas grosseiras no filme e o final foi sem lógica, tanto as meninas morrerem quanto o próprio caronista assassino tbm morrer, ou talvez se ficasse mais claro para o telespectador a verdadeira história poderíamos imaginar algo certeiro e achar o filme mais atraente.

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