Puppet Master: O Eixo do Mal (2010)

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Puppet Master (2010)
Um filme descartável com muito “Master” e pouco “Puppet”
Puppet Master: O Eixo do Mal
Original:Puppet Master: Axis of Evil
Ano:2010•País:EUA
Direção:David DeCoteau
Roteiro:Charles Band, August White
Produção:Charles Band
Elenco:Jenna Gallaher, Taylor M. Graham, Tom Sandoval, Jerry Hoffman, Mike Brooks, Ada Chao, Levi Fiehler, Aaron Riber, Erica Shaffer

A cinessérie Puppet Master começou com o produtor Charles Band em 1989 e, desde aquele tempo, mesmo após 9 continuações e um crossover (Puppet Master vs. Demonic Toys), sempre foi o cartão de visitas e a cara da produtora Full Moon: personagens visualmente marcantes e uma cara de baixo orçamento dos anos 80 não importando a época que a produção foi feita ou assistida, um genuíno passa-tempo, mas nem sempre compensador. A penúltima instalação da franquia após um hiato de 6 anos, Puppet Master: O Eixo do Mal, de 2010, não muda nada quanto a estas características, sendo um produto Full Moon de ponta a ponta e um legítimo produto da cinessérie, o que não significa necessariamente um elogio, sendo uma tremenda furada em diversos aspectos.

Puppet Master: O Eixo do Mal se passa em 1939, no início da efervescência da Segunda Guerra Mundial. André Toulon, o criador das marionetes, é perseguido por nazistas que querem seus bonecos e seus segredos, mas antes que possa ser capturado, o titereiro comete suicídio. O jovem Danny (Levi Fiehler), que está fazendo serviços de carpintaria no mesmo local, encontra Toulon morto e a mala com seus bonecos escondida e, sempre admirador do trabalho dele, leva-os para casa.

A família de Danny é composta pela mãe e pelo irmão, que está prestes a embarcar para lutar na Guerra. O próprio jovem foi dispensado pelo exercito por um problema na perna, o que o faz questionar incessantemente (e até irrita as vezes) que deveria fazer mais pelo seu país.

Algumas reviravoltas depois, o rapaz descobre que um dos nazistas que assassinaram Toulon está trabalhando na mesma empresa que sua namorada Beth (Jenna Gallagher), empresa esta que fabrica armamento para os soldados americanos. Estes nazistas estão associados com um grupo liderado por uma japonesa chamada Ozu (Ada Zhou Fang), que pretende destruir a fábrica com uma bomba relógio e, desacreditado e convicto de que mesmo sem vestir um uniforme e pegar em armas pode ajudar seu país na Guerra, resolve com a ajuda das marionetes de Toulon (que também querem vingança pelo assassinato de seu mestre original) desmantelar o plano dos inimigos.

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Puppet Master: O Eixo do Mal é um filme bem simples, direto e de baixo orçamento como já era esperado, contudo o excesso de simplicidade acaba contando contra a película, que tem valores de produção quase nulos, pois é nítido que toda a ação se passam em sets de filmagem e nenhuma tomada externa é mostrada. Mesmo os figurinos e as características dos personagens lembram mais um teatro de fundo de quintal do que um filme de época. Mesmo exigindo pouco da produção, é impossível não notar detalhes como as armas de plástico e a absoluta falta de sotaque dos alemães (apesar de o roteiro ter uma explicação muito da vagabunda para isto, não convencendo nem um pouco).

Para piorar, o elenco é muito inexpressivo e não salva ninguém: dos vilões aos protagonistas sem sal nem açúcar e um monte (eu disse um monte mesmo) de diálogos discursados, cortesia dos roteiristas Charles Band e August White, o que requer uma tolerância acima do normal mesmo ao espectador mais acostumado a ver coisas assim. O diretor David DeCoteau, que já havia dirigido outros três filmes da franquia, faz o que pode com o que tem, mas se limita ao convencional “direto ao VHS” em que produções deste nível apresentam.

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Talvez o que mais incomode ao fã da franquia é que este Puppet Master é mais “Master” do que “Puppet“, ou seja, quem deveria salvar o filme do limbo, as carismáticas marionetes, são muito pouco acionadas, estragando a alegria de quem começou a gostar dos bonecos desde sua primeira instalação em 1989. Pelo menos, mesmo com diminuta participação, estão quase todos lá em toda sua glória animatrônica.

O final do filme, após 80 minutos, é aberto e muito confuso, provavelmente como gancho para a décima instalação de franquia, Puppet Master X – Axis Rising, lançado em 2012 e dirigido pelo próprio Charles Band, porém enquanto produção individual, é medíocre em suas intenções e incomoda mesmo ao fã mais fervoroso que, assim como eu, gosta de suas características oitentistas e deixou a franquia para acompanhar produções mais relevantes.

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Gabriel Paixão

Colaborador e fã de bagaceiras de gosto duvidoso. Um Floydiano de carteirinha que tem em casa estantes repletas de vinis riscados e VHS's embolorados. Co-autor do livro Medo de Palhaço, produz as Horreviews e Fevericídios no Canal do Inferno!

3 thoughts on “Puppet Master: O Eixo do Mal (2010)

  • 29/08/2013 em 14:54
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    querer que um filme que na minha humilde opiniao foi um marco no cinema fantastico mantenha a mesma qualidade grafica do que seus originais e querer demais nao hoje que o cinema simplismente destroi clasicos vide evil dead

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  • 04/05/2013 em 21:49
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    gosto desses filmes dos bonecos da morte , apesar de preferir os brinquedos diabólicos. mas os primeiro foi bom conseguiu algumas cenas de terror , os d+ muito bonzinhos…

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  • 01/05/2013 em 22:11
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    eu acho esses filmes desses bonecos muito chatos e idiotas,nem perco meu tempo vendo isso de novo.

    Resposta

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