Canibais & Solidão (2006)

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CURIOSIDADES DO CARDÁPIO:
Coisas que você nem sabia sobre Canibais & Solidão:

Canibais e Solidão (2006)

– No quarto de Rodrigo, na cena em que ele está parado em frente ao armário colocando o pijama, é possível ver um pôster de A Volta dos Mortos-Vivos 3 colado na porta do armário e outro de Plan 9 From Outer Space sobre a cabeça do ator.
– A cena pornográfica equina que Marcelo assiste quando seu personagem é apresentado por Rodrigo foi retirada do clássico exploitation Emanuelle in America, de Joe D’Amato.
– A foto da “ex-namorada” de Eliseu, que o próprio enche de tiros de arma de pressão, na verdade mostra o ator Eliseu Demari abraçado com uma candidata do concurso de beleza Garota Verão.
– Quando Rodrigo confidencia que é fascinado por filmes de canibais, ele aparece entrando na análise sobre Cannibal Holocaust do site Boca do Inferno, escrito por Felipe M. Guerra. Sobre a mesa, ele tem o livro Eaten Alive, a “bíblia” americana dos filmes italianos de zumbis e canibais.
– O filme que Rodrigo assiste antes de ser chamado para sair por Eliseu e Marcelo é Cannibal Ferox, de Umberto Lenzi.
– A música que toca quando Eliseu convida as três garotas bêbadas para tomar uns drinks é “Goodbye Eddie Goodbye!, da trilha sonora do clássico O Fantasma do Paraíso de Brian De Palma (um dos filmes preferidos do diretor Felipe).
– Marcelo conta a uma das garotas bêbadas sobre um filme pornô com cavalos que assistiu, e cita o nome da atriz Márcia Ferro. A paulista atuou em diversos pornôs com animais feitos na Boca do Lixo, entre eles Júlia e o Pônei e Aberrações Sexuais de um Cachorro.
– Cerca de 300 garrafas de cerveja vazias foram “emprestadas” de uma boate após um final de semana movimentado para filmar a cena em que os três amigos acordam de uma bebedeira. Cada garrafa foi lavada antes da filmagem, para eliminar restos de bebida, cuspe e cigarros.
– A cena em que Rodrigo, Eliseu e Marcelo jogam War com Ido era originalmente mais longa. Eliseu citava o filme American Pie e pedia que os amigos se unissem num plano para perder a virgindade. Já Ido citava pela primeira vez o filme amador que Marcelo gravou da irmã de Eliseu tomando banho (a fita, Kátia Molhada pode ser vista sobre a mesa durante parte da cena, embora tenha sido cortado o momento em que ela é apresentada).
– Os CDs destruídos pela enfurecida irmã de Eliseu são de bandas de bailão de Carlos Barbosa: Musical Superprodução, Musical Miramar Show e Grupo Alma Nova. No roteiro, os CDs quebrados seriam de bandas como Deep Purple e The Who, mas Eliseu argumentou que seu personagem, banana que era, deveria ouvir música mais apropriada. Em tempo: nenhum CD original foi realmente quebrado, apenas discos defeituosos e um CD pirata da dupla Sandy & Júnior.
– Um dos CDs quebrados é o “tigrão do Bairro“, do Grupo Alma Nova. Eliseu chega a dizer: “Vou ter que pedir para o Méza me dar outro“, numa referência a um dos músicos da banda. Um disco do Alma Nova, chamado “Barraco“, já havia aparecido em cena no filme anterior, Entrei em Pânico… (2001). Quando o próprio Méza veio agradecer ao diretor Felipe pela homenagem, este resolveu repetir a brincadeira.
– Ao ver seus CDs destruídos, Eliseu lamenta: “Já tá tudo vaporizado mesmo…“. É uma referência a uma fala famosa de Eliseu Demari em Entrei em Pânico.., quando Ido quebrava um CD da Shakira e Eliseu comentava: “Olha Ido, vaporizou!“.
– Quando está na locadora, antes de ver Edna, Rodrigo comenta: “A maior burrada que eu fiz na minha vida…“, e no mesmo momento pega nas mãos a fita, que por si só é uma grande burrada. Entre as fitas que ele loca na cena estão A Montanha dos Canibais e Canibal (Lunch Meat).
– O pôster de uma peituda usado por Vini em sua aula de sexo mostra a estrela pornô americana Jenna Jameson. O filme pornográfico que ele exibe para os três “alunos” é Meu Pônei, Meu Amante, estrelado por Márcia Ferro.
– Originalmente, a cena em que Niandra confessa a Edna que um amigo está apaixonado por ela era bem mais longa. Na primeira versão, filmada com outro ator, Marcelo aparecia com uma escada e observava Niandra e Edna trocando de roupa (numa referência à clássica comédia Clube dos Cafajestes, de John Landis). Ele ainda entrava no quarto e roubava uma porção de calcinhas da gaveta do quarto de Edna. Com a troca do ator, a cena foi simplificada e nunca refilmada.
– O perfil da “Cannibal Girl“, com quem Rodrigo se relaciona no Orkut, foi criado pelo diretor Felipe com fotos falsas. Desde que entrou on-line, entretanto, já atraiu diversas pessoas que acreditam que ela existe mesmo!
– Na cena em que Rodrigo forra o quarto com fotos de Edna, foram usadas mais de 200 cópias xerox da fotografia, que ficaram coladas nas paredes por praticamente três anos, até a conclusão das filmagens! A cena em que Rodrigo cola as fotos na parede foi filmada em dezembro de 2003; a cena em que ele arranca as fotos, em julho de 2006!
– A cena em que Rodrigo confessa a Eliseu que acredita estar se transformando em canibal não estava no roteiro e foi inventada para deixar mais clara a obsessão do personagem.
– As garotas que interpretam Camila e Carina são as mesmas vocalistas da Banda Wicca que aparecem perto do final. Felipe não conseguia meninas dispostas a fazer o papel das irmãs taradas, e convenceu as duas quando contratou a banda para tocar no filme e ainda colocou uma canção própria delas na trilha sonora (“Uma História“, cantada na cena da festa).
Álvaro Guerra, que interpreta o pai de Camila e Carina, filmou todas as suas cenas sozinho, sem interagir nem com as duas atrizes, nem com Rodrigo e Marcelo. A edição ficou tão boa que parece que estão todos juntos (uma técnica que Felipe aprendeu com seu ídolo Robert Rodriguez).
– Originalmente, o roteiro previa que Rodrigo e Marcelo subiriam ao telhado usando apenas calcinhas. Na primeira versão das filmagens, com outro ator interpretando Marcelo, os dois usavam apenas a roupa íntima feminina. O uso das camisolas foi uma imposição de Fábio Prina da Silva quando ele passou a integrar o elenco no papel de Marcelo.
– Rodrigo fala para a velha tarada: “Tu tem idade pra ser minha vó!“. Na verdade, Oldina Cerutti do Monte É avó de Rodrigo.
– No motel com a castradora, Eliseu olha para a câmera e diz: “Eu sou gatão! Eu sou gatão!“, citação à clássica fala de Rodrigo M. Guerra em Entrei em Pânico…
– A cena do motel não foi filmada em um motel de verdade, mas sim no quarto de um amigo de Felipe que tinha cama redonda. A intenção inicial era entrar escondido num motel de verdade, com Eliseu no porta-malas, para fazer a cena, mas Felipe ficou com medo e resolveu usar um cenário “falso“. Cintia Dalposso, que interpreta a castradora, ficou nervosa e pediu bebidas alcoólicas para se acalmar. Ela fez a cena toda praticamente embriagada.
– A cueca samba-canção amarela que Eliseu usa na cena do motel pertence ao diretor Felipe, assim como a cueca com borboletas desenhadas que Fábio Prina da Silva usa na cena do strip-tease para Camila e Carina.
– A Banda Wicca não está tocando a canção “Uma História” na cena da festa, o que é perceptível em alguns momentos (quando se percebe claramente que as vocalistas estão cantando outra coisa). A música foi dublada na edição.
– A cena da festa, que dura cerca de cinco minutos, custou cerca de R$ 300,00 porque os produtores realmente tiveram que fazer uma festa (o orçamento total do filme foi de R$ 600,00). Dos mais de 350 convidados, apenas uns 90 apareceram na noite, obrigando o diretor Felipe a filmar só cenas em close.
– A declaração de Rodrigo para Edna deveria ter sido filmada num único take, sem cortes, mas o ator não conseguiu decorar.
– Entre filmagens e refilmagens, Rodrigo M. Guerra tomou mais de 20 tapas de Niandra Sartori, todos eles reais.
– A cena com câmera acelerada em que Eliseu sai de carro com a castradora, ao som de “William Tell“, de Rossini, é uma singela homenagem a Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick.

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Bruno C. Martino

É escritor e ator. E tem uma predileção por filmes de vampiros saltitantes chineses.

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