Metamorfose Humana
Original:Regenerated Man
Ano:1994•País:EUA Direção:Ted A. Bohus Roteiro:Ted A. Bohus, Jack Smith Produção:Ted A. Bohus Elenco:Pete DeLorenzo, James Benvenuto, John Bianco, Ted A. Bohus, Andrew Fetherolf, Dicky Fine, Barry Harper, Cheryl Hendricks, Mike Longobardi, Arthur Lundquist, Danny Provenzano, Debbie Rochon, Orin Shemin |
Estreia na direção de Ted A. Bohus, Metamorfose Humana é o tipo de filme que Charles Band produziria nos seus piores dias. A comparação não é gratuita: a maioria dos filmes produzidos, escritos e/ou dirigidos por Bohus parecem emular o espírito dos filmes baratos da Full Moon, companhia de Band. Nisso se incluem tranqueiras como O Retorno de Aliens – A Geração Mortal e Vampires Vixens from Venus, filmes feitos com pouco dinheiro e cheios de péssimos efeitos especiais e muitos seios à mostra.
Metamorfose Humana é uma mistura indigesta de ficção científica, humor e ação, trazendo referências de filmes de lobisomem, histórias de cientista maluco e (acredite se quiser) dos quadrinhos do Incrível Hulk! Afinal de contas, o monstro gosmento em que o cientista Bob Clarke (Arthur Lundquist, numa performance ridícula) se transforma depois que o sol se põe parece sempre escolher criminosos para serem suas vítimas, fazendo dele mais um justiceiro do que um vilão.
Clarke, que sofre as tais transformações depois de ser forçado a beber uma mistura química por ladrões que invadem seu laboratório, tenta encontrar a cura com a ajuda de sua noiva Kathryn (Cheryl Hendricks) e do amigo Oni (Andrew Fetherolf), ambos colegas cientistas. Enquanto isso, seus crimes são investigados pelo detetive Winter (Greg Sullivan que largou de ser ator para se tornar um reconhecido diretor de arte de filmes como Cisne Negro e Estão Todos Bem). Ainda no elenco, destaque para a presença do humorista Pete DeLorenzo, famoso por suas imitações de astros de Hollywood, e que aqui interpreta um mafioso com a voz e os trejeitos de Joe Pesci.
A maquiagem do monstro é bastante elaborada, mas os diferentes “superpoderes” que ele revela durante o filme são duros de engolir. A criatura consegue utilizar ossos e unhas como projéteis, além de atirar teias semelhantes às do Homem Aranha e uma língua assassina, que suga o sangue de suas vítimas. Isso sem falar no clímax do filme, quando ele sofre a metamorfose final, num efeito de computação horroroso que pega carona no sucesso de Jurassic Park, do ano anterior, inclusive utilizando o mesmo software de CGI.
Há algumas tentativas de humor forçado, mas os momentos mais engraçados ficam por conta dos defeitos da produção. Nesse sentido, o filme se safa com louvor. Em tempos onde qualquer cinéfilo de primeira viagem sai por aí rotulando verdadeiros clássicos de trash, é bom ter um ponto de referência quanto ao que o verdadeiro trash é.
Rapaz, fiquei com vontade de assistir
eu tbm,adoro filmes escrachados assim.