O Exército das Trevas (2013)

3.8
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O Exército das Trevas (2013)

O Exército das Trevas
Original:Frankenstein's Army
Ano:2013•País:Holanda, EUA, República Tcheca
Direção:Richard Raaphorst
Roteiro:Chris W. Mitchell, Richard Raaphorst, Miguel Tejada-Flores, Mary Shelley
Produção:Nate Bolotin, Todd Brown, Nick Jongerius, Daniel Koefoed, Greg Newman, Richard Raaphorst, Nick Spicer, Aram Tertzakian
Elenco:Karel Roden, Joshua Sasse, Robert Gwilym, Alexander Mercury, Luke Newberry, Hon Ping Tang, Andrei Zayats, Mark Stevenson, Cristina Catalina

Durante anos, o diretor Raaphorst tentou tirar do papel um ambicioso projeto sobre zumbis nazistas na Segunda Guerra Mundial chamado Worst Case Scenario (trailers ainda existem no YouTube e dão uma bela ideia do filmaço que poderia ter saído disso). Como o mundo é injusto, Worst Case Scenario não deu certo e Raaphorst descarregou sua frustração em O Exército das Trevas, uma produção mais modesta, mas que recicla esta ideia de zumbis em plena Segunda Guerra.

O Exército das Trevas (2013)

Tem muita coisa boa e muita coisa ruim no filme. A pior é a opção pelo estilo narrativo mais do que batido do found footage, o que acarreta em incontáveis erros históricos (filme colorido, imagem em alta definição em widescreen e som direto em 1945?). No caso, um grupo de soldados russos acompanha um documentarista da União Soviética em plena Alemanha nazista em guerra. Pela câmera do sujeito é que os fatos se desenrolam. Os primeiros 20 minutos são pouco promissores, arrastados e sem trazer nada de muito emocionante. Mas aí, de repente, o grupo de soldados e seu câmera entram num infernal laboratório subterrâneo e o clima muda da água para o vinho, como se fosse outro filme.

O Exército das Trevas (2013)

Incríveis monstros começam a pipocar de cada esquina, de cada canto escuro, numa mistura de zumbis e robôs, todos com aquele aspecto retrô da primeira metade do século 20. São criações de um descendente do Dr. Frankenstein, que está produzindo super-soldados com partes de cadáveres e a robótica primitiva do período. A partir daí, o filme não dá mais sossego para o espectador e vira um inferno de imagens e sons, com a “sutileza” de um elefante furioso dentro de uma loja de cristais.

O clima lembra muito aqueles trem-fantasmas de parques de diversões: está tudo escuro, de repente a câmera dobra uma esquina e PIMBA!, surge um zumbi-robô do nada para dar o maior cagaço nos personagens e no espectador. A direção de arte é um show à parte, e só o design retrô dos monstrengos, cada um diferente do outro, já vale o filme inteiro.

O Exército das Trevas (2013)

Mesmo longe de ser uma obra-prima, e com defeitos inegáveis (o início e o formato narrativo, por exemplo), O Exército das Trevas tem tudo para agradar fãs de horror com seus monstros criativos, bem diferentes dos zumbis-clichê do momento, e com as doses cavalares de ação e violência explícita da metade em diante. Sem contar que, vendo o filme, podemos ter uma boa ideia do que Raaphorst estava preparando para o seu (infelizmente) adiado Worst Case Scenario

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Felipe M. Guerra

Jornalista por profissão e Cineasta por paixão. Diretor da saga "Entrei em Pânico...", entre muitos outros. Escreve para o Blog Filmes para Doidos!

6 thoughts on “O Exército das Trevas (2013)

  • 19/01/2015 em 21:42
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    A ideia é realmente sensacional, muito criativo e inovador, com monstros bem construídos e originais, porém ao meu ver o filme foi mal executado.

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  • 06/07/2014 em 14:57
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    Não sei se gostei mesmo do filme em si ou da idéia do filme…

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  • 05/07/2014 em 15:05
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    vou conferir, gostei do review…espero que seja bom :0

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  • 28/06/2014 em 17:35
    Permalink

    Os monstros steampunk são ótimos! O que peca é a opção pelo formato “found footage” que fica de lado no meio do filme, além dos erros de continuidade histórica.

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