Drácula de Bram Stoker (1992)

4.3
(3)

Drácula (1992)

Drácula de Bram Stoker
Original:Dracula
Ano:1992•País:EUA
Direção:Francis Ford Coppola
Roteiro:James V. Hart, Bram Stoker
Produção:Francis Ford Coppola, Fred Fuchs, Charles Mulvehill
Elenco:Gary Oldman, Winona Ryder, Anthony Hopkins, Keanu Reeves, Richard E. Grant, Cary Elwes, Billy Campbell, Sadie Frost, Tom Waits, Monica Bellucci

Muitos críticos e fãs de cinema não puderam acreditar que, no início da década de 90, o consagrado diretor dos três O Poderoso Chefão (The Godfather, 1972/73/90) pudesse filmar o livro que deu origem a um dos mais famosos personagens do século XX. Mas foi o que exatamente aconteceu: Drácula de Bram Stoker (Bram Stoker’s Dracula), do diretor Francis Ford Coppola, tornou-se um dos grandes filmes do diretor, podendo-se afirmar que é uma das suas obras-primas. O tempo deixou o filme ainda melhor, apesar do excesso de cores, ideia que não existia na obra Drácula, de Bram Stoker.

Não foi a única “heresia” cometida pelos produtores no decorrer do filme. Uma das mudanças mais radicais foi a criação do clima romântico envolvendo Drácula (excepcionalmente interpretado por Gary Oldman) e a encarnação de sua ex-amada Elisabetha na personagem Mina (Winona Ryder, sensacional) que não existe no livro de Stoker.

Drácula (1992) (1)

O livro conta uma história de bem contra o mal, sendo que Drácula é o símbolo do mal, única e exclusivamente. Ele não se apaixona por ninguém e muito menos Mina é reencarnação de Elisabetha. Outra “heresia” foi a interpretação dada por Anthony Hopkins ao caça-vampiros Dr. Van Helsing: o personagem é retratado por Stoker como um tipo intelectual sério, bem comportado e totalmente devotado à sua causa, e não o porra-louca irreverente que o filme apresenta. Mesmo o início do filme, que mostra o príncipe Vlad lutando contra os Turcos, não existe na obra de Stoker: tal prólogo foi desenvolvido pelo roteirista Jim Hart com a colaboração do pesquisador Leonard Wolff, que ligaram o personagem Drácula ao príncipe Vlad, da Transilvânia, aliás, a mesma origem utilizada por Stoker, mas não descrita no seu livro.

Tais alterações não pioraram a história… até pelo contrário, deixaram-na melhor. Infelizmente, o livro do Stoker não chega a ser sempre fascinante. Ele foi escrito em forma de diários, onde os personagens vão contando sua participação na história e, mesmo sendo um recurso criativo e bem usado para contar essa história, Stoker não consegue dar “vida” própria aos personagens: é sempre Stoker e seu heroísmo maniqueísta na fala deles. Sabendo disso, os produtores procuraram intensificar certas situações e melhorar outras. Apesar destas alterações, é o filme mais próximo da história original de Stoker já feito pelo cinema. E uma das grandes surpresas deste roteiro foi o de recuperar uma pequena passagem do original de Stoker que o cinema quase nunca citou: foi o personagem texano Quincey (Bill Campbell) quem cortou o pescoço de Drácula.

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No geral, falta terror e sobra romance: é uma bela história de amor, na verdade, uma típica ópera romântica cheia de intriga e mistério. Apesar do amor, terror e sexo também se fazem presentes, dando ao filme cenas memoráveis e bastante sensuais, como aquela onde Jonathan Harker (Keanu Reevers) sai do seu quarto, à noite, para conhecer o castelo (e também para entender o que estava acontecendo naquele lugar esquecido por Deus) e encontra três vampiras, as noivas de Drácula, insaciáveis, que o “degustam“! Elas literalmente o devoram, num exercício cinematográfico de sensualidade e sexualidade! E que vampiras lindas e sensuais! Uma delas abre as calças do Jonathan e, ao levantar a cabeça, mostra os dentes pontudos de vampira e desce a cabeça, rápido… um corte no rosto dele, que se levanta, entre desespero, dor e prazer! Com certeza, muitos adorariam ser vampirizados assim…

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O filme apresenta outras cenas notáveis: a já citada introdução mostrando o príncipe Vlad lutando contra os turcos (tal luta foi realizada como se fosse um teatro de sombras, espetáculo comum no século XIX) e sua revolta contra Deus pela morte de Elisabetha (que seria reencarnada em Mina, 400 anos depois); o navio levando o Conde (com a tripulação sendo eliminada aos poucos); o doce beijo das amigas Lucy e Mina (a sensualidade lésbica sempre funciona nos filmes das últimas duas décadas) sob o olhar lascivo de Drácula no céu, sacudindo pelo andar do navio que ele está “conduzindo“, estimulando a tempestade que as cercava; o lobo assumido pelo próprio Drácula possuindo Lucy (interpretada pela deliciosa atriz inglesa Sadie Frost), sob o olhar petrificado de terror de Mina; a vampirização, lenta e gradual, de Lucy, até ela transformar-se numa vampira (dois momentos sublimes nesta vampirização: o lobo entrando no quarto de Lucy enquanto Mina e Jonathan se casam; e a vampira Lucy levando para o caixão uma criança para saciar sua sede de sangue); Drácula seduzindo Mina na cama, com ela chupando-lhe a ferida aberta e querendo ser dele por sua própria vontade e, pouco depois, ele encurralado, transformando-se em ratos perante os seus caçadores; as três vampiras tentando levar à loucura o Dr. Van Helsing no castelo, enquanto este procurava proteger a quase vampira Mina; e a cena final (que absolutamente não existe no livro de Stoker), onde Drácula consegue o perdão de Deus perante o amor de Mina.

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E, como no livro de Stoker, o começo até o seu meio é sensacional em termos de interesse e de terror, mas, depois disso, o livro, assim como o filme, perde um pouco do pique inicial, virando uma perseguição pouco original do bem atrás do mal, chegando mesmo a ser muito previsível. O que consagrou Drácula como um dos personagens mais famosos do século XX, mesmo surgido no século XIX, não foi o livro de Stoker, mas sim sua transposição para o teatro e, depois, para o cinema. Todo o teatro que realizava peças baseadas na obra de Stoker sempre obtinha grande sucesso de público e, observado este fato, o cinema também procurou explorar o filão: Bela Lugosi, que interpretava o conde nos teatros norte-americanos, foi o primeiro grande Drácula do cinema, papel que havia sido recusado por três atores; o segundo Drácula, através do estúdio inglês Hammer, foi Christopher Lee. A partir daí, o personagem tornou-se mundialmente conhecido.

Como o livro Drácula foi lançado no mesmo ano da invenção do cinema (e por falta de dinheiro dos produtores também, apesar do orçamento milionário do projeto), Coppola resolveu utilizar de efeitos especiais como eram feitos antigamente, sem computação e outras máquinas eletrônicas.

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Em outras palavras, um “luxo sem luxo“. Mesmo assim, o filme, na época, pareceu bastante “novo“, pois há muitos anos que o cinema norte-americano não se utilizava de efeitos especiais daquela forma. Grande parte destes efeitos foram produzidos pelo filho do Coppola, Roman, que é um mágico talentoso, que fez coisas simples, mas muito eficientes: gotas subindo das garrafas, velas se acendendo sozinhas, névoas sinistras que andam (na verdade, efeitos de espelhos com fumaça), etc. E o diretor aproveitou este espaço para prestar muitas homenagens ao cinema, como o uso de câmeras antigas, chegando mesmo a trabalhar com o corpo dos atores e atrizes para obter melhores cenas (como a “aranha” que as duas das três vampiras fazem com o seu próprio corpo quando param de sugar o personagem Jonathan Harker na chegada de Drácula, que lhes dá um bebê para “jantar“). Outro fator decisivo para o sucesso do filme está na fotografia, carregada de tons vermelhos. Para um filme de vampiros, mesmo com pouco terror, a cor intensa de sangue não poderia faltar.

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Drácula de Bram Stoker abriu uma espécie de “terrormania” que, infelizmente, não foi bem sucedida na época: Lobo (Wolf), de 1994, dirigido por Mike Nichols, foi um retumbante fracasso de bilheterias, apesar da forte presença de Jack Nicholson e Michelle Pfeiffer; Frankenstein de Mary Shelley (Mary Shelley’s Frankenstein), também de 1994, dirigido por Keneth Branagh (produzido por Copolla), transformou-se numa piada histérica e sem graça. A onda de filmes de terror voltaria depois do sucesso mundial de Pânico (Scream), 1996, de Wes Craven. Mas aí já é uma outra história.

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Orivaldo Leme Biagi

É mestre e doutor em História pela UNICAMP e pós-doutor em Relações Públicas pela USP. Atualmente é professor e Coordenador do curso de Direito da FAAT.

23 thoughts on “Drácula de Bram Stoker (1992)

  • 07/02/2023 em 10:50
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    Filme nota 1000!!! Tudo funciona. Roteiro, direção, fotografia e trilha sonora espetacular.

    De quebra ainda tem Monica Bellucci de vampira. Vem sugar todo o meu sangue, mulher!!!

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  • 02/09/2022 em 08:08
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    A fotografia do filme é simplesmente espetacular, parece um quadro Turner. O uso de efeitos práticos é impressionante deixando o filme ainda ainda mais belo, a cena do jardim é impressionante, o uso de câmeras antigas em algumas cenas foi genial.
    Infelizmente não li o livro de Stoker (alguns criticam porque o filme não é fiel ao livro) mais o filme em si é o melhor filme de drácula que eu já assisti.
    E a direção do Copolla é soberba.

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  • 17/05/2022 em 22:14
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    O filme é fantástico, minha visão preferida do Drácula. Mas discordo sobre a obra original, acho que você a subestimou. Enfim, Gary Oldman foi sensacional como o Conde Drácula e a Winona Ryder arrasou como Mina (vulgo Elisabeta). O Anthony Hopkins como Van Helsing, porra perfeito demais! A trilha sonora é de matar tbm, caracas… e sério, a minha cena preferida é a da cama, quando a Mina lambe o Drácula todinho. Porra mas um homem daqueles, eu também não recusava rsrs. O final é muito interessante, pq a Mina olha pra cima e vê o quadro dela (no corpo da Elisabeta) e do Drácula, significando que as almas deles seriam unidas no céu como ela tinha pedido a 400 anos atrás… o amor os redimiu. PRRA, PERFEIÇÃO EM FORMA DE FILME!

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  • 17/04/2022 em 22:01
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    O filme é tão bom, mas tao bom, que apaixona até quem NAO curte terror – como eu. Nunca gostei deste gênero de filme, mas o de Copola é simplesmente uma obra-prima para cinéfilos. Faz tantas homenagens ao BOM cinema, mas sem ser chatinho nem didático. E o Gary Oldeman, gente??? CO_mo ele não ganhou Oscar pela interpretação?!?! Absurdos da Academia. O filme eu ainda assisto de joelhos, é simplesmente definitivo. p.s.: mesmo sendo rata de Literatura, acho o livro um grande pé no saco. Simplesmente não chega aos pés do filme do Copola.

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  • 07/11/2017 em 01:52
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    Eu gostei do filme, texto muito bom. Mas Dracula nunca foi uma boa pessoa, na minha humilde opinião, o filme mostra que ele era bom e tal. Mas não me convence kk. Bem ele era um belo de egoísta junto com aquela noiva dele, todo mundo nessa terra sabe que um dia vai morrer é a única certeza que agente tem na vida. Ai a garota se mata por achar que o cara estava morto, na verdade assassinado, mas pow ele era um príncipe e vivia em nas batalhas ele sempre correria risco de morte, ela estava ciente disso. Ai ela não aceitou isso e achava que morrer era melhor opção, puro egoismo. Ai o que o cara faz, pior ainda se entrega de vez ao demônio. Por conta da outra e culpa Deus por isso. O que Deus tem haver? Ela se matou por que quis, quem é religioso sabe disso e quem não é também sabe. Todo mundo sabe tem o Livre Arbítrio para tomar suas próprias decisões. Se fossemos obrigados a algo, não existiram os Ateus no mundo. Então pra mim foi apenas um amor egoísta e doentio. A sem falar que o cara tinha três mulheres, todas prostitutas e ainda matou a pobre Lucy fez dela escrava sexual. E ela quer um cara desse kk, passou 400 anos levando na testa um belo enfeite Deus me livre. Mas enfim texto perfeito, não estou reclamando do filme ta, pra mim foi bem feito. Mas a minha opinião é apenas em relação ao amor bem estranho entre eles.

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    • 17/05/2022 em 22:04
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      Amado, que porra de texto é esse? Deve ser por isso que ele se revoltou né, pq ninguém tem empatia pelos problemas das pessoas. Engraçado como vc acusa os outros de serem “egoístas” quando vc mesmo está sendo o Sr. Egoísmo. Elisabeta se matou por achar que o amado dela estava morto, onde que isso é egoísmo? Onde que ela estava sendo má?? O Drácula não se revoltou contra a Igreja pq “a amada dele se matou”, e sim pq eles mostraram 0 empatia pelo o que ele estava passando, e naquela época, pessoas que cometiam suicídio eram consideradas “impuras” e não eram enterradas em solo santo, ou seja, desprezadas até na morte, foi isso o que aconteceu com Elisabeta e os padres lá. Foi por isso que o Drácula se revoltou (contexto histórico em um filme histórico é importante, sabia?). E ok se vc é o “Sr. Preto e Branco” que acha que o Conde não merecia nenhum tipo de perdão depois de se tornar vampiro… mas ONDE que a Elisabeta/Mina tem culpa nisso? ONDE que ela foi egoísta? Que culpa ela teve??? Agora ela tem que pagar pelos erros dos outros, ou se culpar por amar o vilão da história, sendo que ela já amava ele antes dele se tornar um vampiro? E sério, vc assistiu o filme mesmo? O Drácula não “se entrega pro tinhoso” desse jeito, ô besta. Ele fala merda e age impulsivamente por conta da raiva, é amaldiçoado e passa 400 anos sofrendo por não conseguir se arrepender dos seus atos – isso não é uma pessoa digna de pena pra vc? Ele odeia a maldição do vampiro, ele odeia ser daquele jeito, tanto que ele hesita em transformar a Mina em vampira por não querer que ela sofra, mesmo amando muito ela, se isso não é amor, eu não sei oq é. Enfim, vc perdeu toda a mensagem da história; os “homens de Deus” eram justamente os que mostravam 0 empatia pelas pessoas e seguiam suas próprias intuições, já o próprio Deus perdoa o Drácula antes de sua morte e o liberta da maldição, pois ‘o amor é mais forte do que a morte’, do que qualquer poder das trevas. Amor não é conto de fadas e arco-íris, envolve sacrifícios e sofrimento, mas no fim ele vence, por ser mais forte do que a raiva e qualquer poder maligno. O amor do Drácula era a prova de que ele ainda guardava bondade (e tristeza) no coração. Nada a ver esse free hate nos personagens, especialmente na coitada da Mina, a maior vítima dessa história 🙄

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    • 17/05/2022 em 22:07
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      E outra coisa, ele não matou a Lucy, quem matou ela foi Van Helsing e sua turminha. E onde que ele transformou ela em “escrava sexual”? ELA se deu pra ele, e as cores vermelhas do figurino da Eiko Ishioka significando o desejo dela estão bem claras. Bom, não a julgo ksksks…..

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  • 16/06/2017 em 13:45
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    Para mim, Poderoso Chefão é um dos melhores filmes já produzidos (senão, o melhor). Agora, imagina, misturar o diretor desse filme (Francis Ford Coppola) e Drácula, um dos personagens mais marcantes do terror. E é exatamente o que Drácula de Bram Stoker faz – junta os dois.
    Há quem diga que o início foi mais intenso que o final – porém, a minha opinião é contrária, o filme possui a intensidade devida em cada uma de suas cenas – é impossível alguém dizer, por exemplo, que não há intensidade na cena em que Drácula transforma Mina em vampira.
    Além disso, por mais que o filme seja gravado há quase 25 anos, é completamente novo. As atuações de Winona Ryder, Anthony Hopkins e, principalmente, Gary Oldman – que conseguiu humanizar, como ninguém, o vampiro.
    Portanto, realmente recomendo a todos assistir essa obra-prima do cinema moderno.

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  • 29/04/2017 em 23:11
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    O filme é tão bom que fiquei super decepcionada com o livro. Achei que iria encontrar todo o romance ardente entre drácula e mina e nada disso acontece. Também achei que do meio para o final o livro se torna muito maçante e a morte de drácula foi muito simples, no filme tudo é tão mais intenso.

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  • 14/07/2016 em 13:34
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    S’eu pudesse guardar apenas três filmes para rever, este seria um deles.

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  • 14/07/2016 em 12:45
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    Leiam Drácula-O Morto-Vivo (Dracula: The Un Dead), é muito bom, nele existe o clima romântico entre Mina e Drácula e uma série de alterações convincentes e criativas, uma dos autores é sobrinho-bisneto de Stocker – Dacre Stoker – seu parceiro é Ian Holt, ele escreveu o roteiro para o livro In Search of Drácula, que foi utilizado como base de pesquisa para esse filme. Há também um pósfácio escrito por uma autoridade em Drácula, Elisabeth Miller , e comentários dos autores. É uma história bem emocinante e li as 400 e poucas páginas rapidamente. Que é fã de Dracula e de vampiros vai apreciar o seguimento desta história clássica.

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  • 26/02/2016 em 14:28
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    Um dos melhores filmes de terror do final do século XX, e, uma das melhores adaptações do livro de Stoker – perdendo, claro, para as duas versões de “Nosferatu”, o clássico de Lugosi, e os dois primeiros filmes da série da Hammer, com Christopher Lee.
    Fortemente colorido, direção de arte impecável, e outros atributos, merecem destaque a cada vez que vemos o filme.
    O único ponto fraco são as atuações de Keanu Reeves e Winona Ryder: o casal de atores dá um ar “fresco” à Jonathan e Mina – aliás, Winona é ainda pior, com seu sotaque britânico forçado e o retrato super puritano da personagem. Realmente uma pena, porque ambos os atores são muito bons…
    Em relação às demais atuações, o resto do elenco dá um show.

    Enfim, um super filme, maravilhoso e repleto de luxo.

    * * * * *

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  • 30/01/2015 em 11:04
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    DRÁCULA DE BRAM STOKER.
    Um filme maravilhoso. Em todos os sentidos.
    Um filme que me assustou nas primeiras vezes que o vi, mas hoje o aprecio como uma obra-prima que é.
    Pode não ser 100% fiel ao clássico de Bram Stoker, mas consegue captar 95% da obra original, mostrando todos os personagens e a guerra contra Drácula.
    A única falha, na minha opinião é o inglês forçado e a atuação exagerada de Winona Ryder, que talvez pudesse ter feito um trabalho melhor, apesar da grande atriz que é.
    Um destaque especial para Sadie Frost, com sua Lucy, numa interpretação melhor que a de Winona Ryder. Sadie conseguiu transformar a doce personagem de Stoker em uma Femme Fatalle cheia de sensualidade e sexualidade.
    O resto do elenco também é perfeito, principalmente Gary Oldman e Anthony Hopkins como DRÁCULA e VAN HELSING, respectivamente. Detalhe: anos depois, os dois atores voltariam a se encontrar em HANNIBAL, novamente soberbos.
    Mas quem rouba a cena é Monica Bellucci, no papel de uma das noivas de Drácula. A atriz, então desconhecida (?) prende nossa atenção desde o primeiro momento que surge na tela, apesar de sua pequena presença.
    DRÁCULA DE BRAM STOKER é uma verdadeira obra-prima do cinema. O melhor filme de Francis Ford Coppola, depois da TRILOGIA O PODEROSO CHEFÃO e APOCALIPSE NOW.

    10/10

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  • 11/11/2014 em 16:45
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    Eu amo esse filme com certeza um dos melhores filmes de vampiro da história do cinema, bem escrito,dirigido e editado.Assisti pela primeira vez no Cine Belas Artes no SBT, a sombra do Drácula se movendo de forma não sincronizada é iconica.

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  • 29/09/2014 em 12:54
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    Acho o livro fantástico (Já li umas 10 vezes).
    Só não consegui ainda assistir o filme.
    Não sei o que acontece, que o filme sempre some do HD (?).
    Vou baixar de novo, pois sempre quis assistir.

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  • 09/09/2014 em 12:10
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    Na época não tinha curtido muito, mas hoje eu acho o filme ótimo. O Coppola usou uma linguagem cinematográfica que presta homenagens a grandes filmes de terror do passado, como Nosferatu e os clássicos do Mario Bava. Gosto muito deste estilo old school, sem computação gráfica, é o que fez o filme envelhecer bem.

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  • 31/08/2014 em 11:43
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    Ótima versão,a mais fiel ao livro e ao mesmo tempo a mais herética-com a historinha boba de romance.E a ligação com Vlad Tepes foi estabelecida bem antes pelo historiador Roman Florescu,no livro Drácula:mito ou realidade,que virou até documentário com o próprio Christopher Lee interpretando Vlad Tepes.

    O charme do filme,fora o visual diferente,e efeitos retro e a trilha espetacular,é por homenagear todos as antigas versões de alguma forma.Há homenagens pra Nosferatu,ao Drácula do Lugosi,etc

    Mas mesmo no livro do Stoker há pistas sobre o Drácula histórico,como ele ter combatido os Otomanos-a conexão sempre existiu.Só que o autor muda a etnia do conde.

    Só uma pena que o final original,da versão workprint é bem melhor:depois que Mina mata o conde,ela sai do “transe” (ou sei lá,a alma da esposa do Drácula a deixa quando o dá paz),e faz as pazes com o grupo de caçadores.

    Sempre fiquei incomodado com o Drácula “vencendo” no final,e aquela baboseira do amor eterno,todos os amantes merecem o céu blah blah…que aliás foi sugerida pelo George ‘Ataque dos clones” Lucas,claro.

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  • 29/08/2014 em 14:05
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    Uma das vampiras do Conde era simplesmente… Monica Bellucci!

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    • 17/05/2022 em 22:13
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      O filme é fantástico, minha visão preferida do Drácula. Mas discordo sobre a obra original, acho que você a subestimou. Enfim, Gary Oldman foi sensacional como o Conde Drácula e a Winona Ryder arrasou como Mina (vulgo Elisabeta). O Anthony Hopkins como Van Helsing, porra perfeito demais! A trilha sonora é de matar tbm, caracas… e sério, a minha cena preferida é a da cama, quando a Mina lambe o Drácula todinho. Porra mas um homem daqueles, eu também não recusava rsrs. O final é muito interessante, pq a Mina olha pra cima e vê o quadro dela (no corpo da Elisabeta) e do Drácula, significando que as almas deles seriam unidas no céu como ela tinha pedido a 400 anos atrás… o amor os redimiu. PRRA, PERFEIÇÃO EM FORMA DE FILME!

      Resposta
  • 29/08/2014 em 11:48
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    Wow! Gostei muito desse texto. Foi uma critica tão bem escrita que agora deu vontade de assistir o filme. Parabéns!

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    • 23/11/2023 em 23:35
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      O filme arruinou a história do livro.
      Drácula não é um herói romântico, ele é só um psicopata assassino igual Adolf Hitler. Um monstro sedento de poder.
      Drácula s inspirou em sua esposa para escrever sobre a personagem da Mina e ela não se enfaixa nos estereótipos vulgares do cinema americano e inglês contemporâneo. Eles vivenciaram um longo casamento monogâmico. não teve traições, ou ménages. O roteirista inseriu seus próprios estereótipos tarados no filme. Enquanto Bram Stoker se baseou em uma autentica mulher vitoriana para escrever sobre o livro.

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        24/11/2023 em 11:53
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        Não arruinou nada, Penelope, o livro tá lá intacto pra você ler. As mil adaptações pro cinema também são todas diferentes entre si e refletem seus realizadores, bem como seu tempo. Deve ter alguma que se encaixa nesse conservadorismo bobo que você espera.

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