Armadilha do Terror (2006)

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Armadilha do Terror (2006)

Armadilha do Terror
Original:Trapped Ashes
Ano:2006•País:EUA, Japão
Direção:Sean S. Cunningham, Joe Dante, John Gaeta, Monte Hellman, Ken Russell
Roteiro:Dennis Bartok
Produção:Dennis Bartok, Yoshifumi Hosoya, Yuko Yoshikawa
Elenco:Jayce Bartok, Henry Gibson, Lara Harris, Scott Lowell, Dick Miller, John Saxon, Rachel Veltri, Richard Ian Cox, Glynis Davies, Scott Heindl, Rob deLeeuw, Ken Russell

Imagine um filme que compile cinco diretores fodas: Joe Dante (Gremlins, 1984), Ken Russel (Tommy, 1975), Sean S. Cunningham (Sexta-Feira 13, 1980), Monte Hellman (Corrida Sem Fim, 1971) e John Gaeta (Efeitos Especiais da trilogia Matrix, 1999, 2003, 2003). Em um filme lado B, pouca grana para efeitos especiais, mas muita criatividade narrativa que só o cinema fantástico proporciona.

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A premissa é simples, um grupo de sete desconhecidos fazem um tour pelos estúdios de Hollywood (naqueles carrinhos, com um guia que fala curiosidades sobre cada ponto, de um jeito bem caricato). Logo na primeira parada, se deparam com a casa onde foi produzido um famoso filme de terror, onde os convidados a visitá-la deveriam contar histórias de terror que aconteceram em seus passados, para conseguir sair da casa. Óbvio que esta sequência se repetirá com o grupo de turistas. Ao adentrar a casa, depois de uma rápida visita, se veem presos num cômodo circular, sem saída, até que o guia lhes dá a ideia de repetirem as ações do filme produzido ali e se inicia a narrativa de pequenas histórias de terror.

A sequência geral do filme é guiada por Dante, e cada uma das histórias dos personagens conta com a participação de um diretor diferente. Nem todos os personagens contam histórias, uma vez que, por existirem dois casais no grupo, as narrativas destes se intercalam.

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A primeira delas é encabeçada por Russel “The Girl With Golden Breast”, onde teremos algo como peitos vampirescos surgidos devido a experiências médicas loucas, um pouco de ficção científica e garotas nuas, além da incrível participação de Russel, como um dos médicos loucos.

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Jibaku”, de Cunningham, envolve elementos de cultura japonesa (explicando a influência de nomes japoneses na produção do longa) em uma tríade peculiar, mas já manjada no cinema americano: religião, possessão e sexualidade. Mais um ponto para a cota de garotas nuas no cinema – interessante notar que, além deste aspecto, o filme traz diversas referências à clássicos do gênero, já tão explorados pelos diretores convidados.

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Stanley’s Girlfriend”, segmento de Hellman, a mais psicológica das tramas e menos explícita, talvez por isso a que menos se enquadre no conjunto das obras e a mais monótona, com certeza. Entretanto, a opção narrativa, que relaciona as ações da personagem central com movimentos do xadrez, é uma sacada interessante. Vale a pena perceber a construção do roteiro, por trás de toda a pegada fantástica.

Gaeta, o iniciante do ramo da direção, aqui nos traz “My Twin – The Worm” sim, numa tradução livre, “Minha Gêmea – A Minhoca”. Trata-se de exatamente disso que você está pensando, uma garota, que tem como irmã gêmea uma minhoca, na realidade seria uma espécie de verme intestinal que acompanhou seu desenvolvimento na gravidez. Essa sequência é aquela que não deixa margens para dúvidas partindo de seu título, mas, ao mesmo tempo e justamente por isso, te instigam a acompanha-la com uma puta curiosidade.

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Com as histórias contadas e todos esperançosos pela libertação do estúdio, vemos uma reviravolta na trama. Não será tão simples deixar a casa, como eles imaginavam, justamente por descreverem as narrativas como se fossem personagens inocentes, vítimas de fatalidades que aconteceram com eles, mas, será que são tão inocentes assim?

Armadilhas do Terror é um daqueles filmes que te surpreendem do início ao fim, você não consegue imaginar o conteúdo das histórias, suas peculiaridades e muito menos seus desfechos. Uma homenagem ao terror B, que traz tudo o que um filme do gênero deve ter. Mas atenção, se não curte essa abordagem, vá com a mente aberta, que conseguirá se divertir com certeza.

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Luana Caroline Damião

Graduada em museologia, fã de faroestes e Christopher Lee, deseja que o mundo acabe com um apocalipse zumbi, onde, certamente, será um dos mortos-vivos.

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