Os Violentadores de Meninas Virgens (1982)

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Os Violentadores de Meninas VIrgens (1982)

Os Violentadores de Meninas Virgens
Original:Os Violentadores de Meninas Virgens
Ano:1982•País:Brasil
Direção:Francisco Cavalcanti
Roteiro:Francisco Cavalcanti, Madalena Silva
Produção:Francisco Cavalcanti
Elenco:Salvador Amaral, Francisco Cavalcanti, Suely Conti, Pinho Delmar, Kristina Frank, Sebastião Grandim, Henrique Guedes, Cléo Latorre, Ruy Leal, Sandra Marques

Realmente, Francisco Cavalcanti é um dos diretores mais interessantes de toda a gloriosa história da Boca do Lixo Paulistana. Seus filmes tem um fortíssimo acento exploitation, flertando com o thriller policial e o horror algumas vezes e até com os filmes de ação, como no célebre caso de sua obra-prima: Horas Fatais. De sua autoria são pérolas do calibre de O Papa Tudo, O Porão das Condenadas, Animais do Sexo e muitos outros, entre eles: A Hora do Medo, que tem a co-direção não creditada do Mestre: José Mojica Marins.

No Canal Brasil, na programação da madrugada do sábado, 15 de novembro, para o domingo, no programa Como Era Gostoso o Nosso Cinema, será exibido, às 2 horas, o inacreditável: Os Violentadores de Meninas Virgens, 1982.

Os Violentadores de Meninas VIrgens (1982) (2)

Já na abertura o filme mostra, durante a apresentação dos créditos, um Opalão vermelho que segue uma moça. Em seguida ela é sequestrada e raios e trovões surgem. A tal moça é levada para uma casa onde será oferecida como virgem para velhos milionários, que pagam uma pequena fortuna por cada moça e por sua virgindade. O cafetão de bigode e óculos fazendo a linha Vilão Escroto é uma figura bizarra, podre de bagaceira, assim como boa parte do elenco. A cena onde ele aparece de cueca samba canção branca cheirando a calcinha de uma das vítimas é simplesmente lamentável, mas ao mesmo tempo hilária.

O capanga careca é figurinha carimbada em vários filmes. Os tintureiros Pedro e Baixinho ao lado de Sueli, a noiva de Pedro, passam a ser perseguidos pelos marginais tarados após descobrirem suas identidades. Tenta-se criar uma atmosfera de thriller mas os resultados provocam muitas gargalhadas. É impressionante o uso de musica incidental no filme, a trilha sonora de O Expresso da Meia Noite toca quase inteira., além de um momento “romântico” onde um jovem casal transa ao som do tema de Endless Love… Mas em termos musicais, o luxo mesmo é a sequência da boate. Para começar, a decoração é muito cafona, os figurantes parecem uma mistura de The Walking Dead com A Ilha dos Homens Peixe; tem um que parece o Sady Baby Cover desnutrido… e o show ? Num palco duas vagabas com biquínis bagaceiras dançam Vous Le Vous do ABBA… é praticamente a visão do quinto dos infernos…

O cineasta Francisco Cavalcanti, falecido em 01/10/2014
O cineasta Francisco Cavalcanti, falecido em 01/10/2014

Depois da longa orgia final, com os velhinhos mandando ver nas ninfetas, muito divertido, exploitation até a medula… Depois sim, o lado Charles Bronson do Francisco Cavalcanti se aflora e o tiroteio começa. Claro que tudo culmina com o bandidão safado levando um balaço e caindo na piscina, clássico, Old School total !!! Grande Francisco Cavalcanti, um de meus heróis da Boca do Lixo.

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Marcelo Carrard

Marcelo Carrard é Jornalista, Pesquisador e Crítico de Cinema e Editor do Blog: Nudo e Selvaggio.

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