Os Zumbis de Mora Tau (1957)

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Os Zumbis de Mora Tau (1957)

Os Zumbis de Mora Tau
Original:Zombies of Mora Tau
Ano:1957•País:EUA
Direção:Edward L. Cahn
Roteiro:George H. Plympton, Bernard Gordon
Produção:Sam Katzman
Elenco:Gregg Palmer, Allison Hayes, Autumn Russell, Joel Ashley, Morris Ankrum, Marjorie Eaton, Gene Roth, Leonard P. Geer, Karl 'Killer' Davis

Produção em preto e branco de Sam Katzman (Clover Productions), dos saudosos anos 50 do século passado. Com duração curta (apenas 70 minutos), foi apresentado pelo canal de TV a cabo Cinemax como Os Zumbis de Mora Tau, sendo que o primeiro título nacional que recebeu quando exibido por aqui foi O Fantasma de Mora Tau. A direção é de Edward L. Cahn (1899 / 1963), o mesmo cineasta de outras tranqueiras do período como A Ameaça do Outro Mundo (58) e Invasores Invisíveis (59), e no elenco temos a bela Allison Hayes (1930 / 1977), mais conhecida pelo papel título de A Mulher de 15 Metros (58).

Um grupo de dez marinheiros é vítima de uma maldição, transformando-se em zumbi após o naufrágio de seu navio 60 anos atrás na costa da África. Eles são obrigados a proteger um tesouro de diamantes numa caixa dentro do navio afundado, não permitindo que ninguém roube as pedras preciosas, com várias expedições de caçadores de tesouros sucumbindo à sua fúria e aumentando a população do cemitério local. Porém, não acreditando nas lendas e rumores sobre a existência dos guardiões mortos-vivos, uma nova expedição financiada pelo ambicioso George Harrison (Joel Ashley) tenta encontrar os diamantes. Fazem ainda parte da equipe, sua bela esposa Mona Harrison (Allison Hayes), o mergulhador galã Jeff Clark (Gregg Palmer) e o pesquisador Dr. Jonathan Eggert (Morris Ankrum). Em paralelo, uma velha senhora (Marjorie Eaton), que mora na região e é a viúva do capitão do navio naufragado, recebe a visita de sua bisneta Jan Peters (Autumn Russell), e tem interesse na chegada da expedição para tentar eliminar o tesouro amaldiçoado e com isso libertar os zumbis de seu tormento de décadas.

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Bagaceira divertida justamente pela overdose de falhas, que vão desde furos no roteiro, clichês, situações absurdas, diálogos patéticos e interpretações toscas do elenco. Não podendo deixar de citar as incrivelmente hilárias cenas supostamente aquáticas com os mergulhadores à procura do tesouro e os ataques de zumbis submersos (muitos anos antes dos zumbis aquáticos de Zombie – A Volta dos Mortos, 1979, de Lucio Fulci, e de O Lago dos Zumbis, 1981, dirigido por Jean Rollin e com roteiro de Jess Franco).

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Curiosamente, no texto original de abertura do filme, foi utilizado o termo “twilight zone”, que é o nome de uma das mais importantes séries de TV da história do cinema fantástico, Além da Imaginação, dois anos antes de seu lançamento em 1959. Ao contrário do que acontece principalmente desde o início do século 21, onde o sub-gênero dos zumbis é explorado à exaustão, com o lançamento de dezenas de filmes a todo momento, na época da produção de Os Zumbis de Mora Tau, os roteiros envolvendo mortos-vivos eram escassos e se inspiravam geralmente no vodu e magia negra, e somente bem depois os zumbis seriam apresentados como cadáveres putrefatos comedores de carne humana. Dentro dessa ideia, podemos considerar o filme como um dos poucos antigos precursores desse sub-gênero tão popular atualmente, e que depois do clássico A Noite dos Mortos-Vivos (68), de George Romero, ganhou tanta força e motivação para se tornar um dos principais temas do cinema de horror.

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Juvenatrix

Uma criatura da noite tão antiga quanto seu próprio poder sombrio. As palavras são suas servas e sua paixão pelo Horror é a sua motivação nesse Inferno Digital.

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