Teke Teke (2009)

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Teke Teke (2009) (1)

Teke Teke
Original:Teketeke
Ano:2009•País:Japão
Direção:Kôji Shiraishi
Roteiro:Takeki Akimoto
Produção:Jun'ichi Matsushita, Hideki Onuki, Yoshikazu Satô
Elenco:Yûko Ôshima, Mami Yamasaki, Mai Nishida, Ikkei, Kaoru Mizuki, Michiko Sawayanagi, Shinmei Tsuji, Shin'nosuke Abe, Kazuki Nanase

O Japão é recheado de lendas urbanas das mais variadas temáticas – Teke Teke é mais uma delas que equivaleria ao “homem/velho do saco” aqui no Brasil. A lenda diz que um menino está caminhando pela rua, já ao anoitecer (que não é hora de criança estar na rua!), e começa a ouvir uns barulhos atrás dele. Procurando de onde vem os sons, ele se depara com uma bela garota apoiada no parapeito de uma janela. Curioso, pergunta o que a garota faz ali àquela hora. A menina sorri para ele e dá um salto ao chão, revelando não ter a parte de baixo do corpo. Correndo com as mãos (fazendo um Teke Teke ao se locomover), ela tira uma foice e estraçalha o garoto ao meio. É isso: crianças não saiam de casa ao anoitecer!

A origem da garota: traumatizada por um possível estupro, se suicida nos trilhos do trem, tendo o corpo cortado ao meio. Por ficar horas agonizando, torna-se um espírito vingativo. E tem um detalhe: se você vê Teke Teke e consegue fugir… não adianta nada, ela vai voltar em três dias e já era. Essa é a lenda. Um clássico da cultura japonesa. Agora imaginem uns produtores, pegando uma lenda que todos conhecem/temem e transformando-a num filme assim… meso. Triste né? Pois é isso que acontece com Teke Teke.

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A história da lenda em si, seu surgimento, não é o foco do longa, que opta por uma sequencia um tanto quanto lugar comum em diversas produções adolescentes norte-americanas, ou, até mesmo, em Ringu (1998), onde os personagens, perseguidos pelo fantasma, investigam sua vida e procuram uma escapatória, para não se tornarem as próximas vitimas. Tá, a narrativa pode ser interessante, mas… de novo?! E pior, a direção de Shiraishi não conseguiu deixá-la envolvente.

No longa, Kana tem sua melhor amiga assassinada com o corpo cortado ao meio. Questionando-se sobre a morte, uma noite resolve fazer o mesmo caminho que a colega para voltar para casa, sendo surpreendida pela bizarra presença de uma mulher sem a parte de baixo do corpo, que, andando rapidamente com as mãos, tenta alcançá-la. A garota consegue fugir, mas, curiosa, resolve pesquisar sobre o assunto e percebe que está numa corrida para se manter viva, pois os dias estão passando e em breve Teke Teke tentará matá-la novamente.

Bom, a lenda é interessante, mas já tem um ponto contra sua adaptação em formato live action (isso porque já foi abordada em anime uma vez, como participação em alguns episódios de Hanako to Guuwa no Tera): fazer com que a caracterização de um fantasma vingativo que corre sobre as mãos fique bem feita, gere medo, sem ser trash, convenhamos que é algo um pouco complexo. Ainda mais quando não se tem muita verba, como é o caso aqui. Então vemos mais um ponto negativo na produção: a maquiagem e efeitos especiais. O filme tenta se manter numa linha séria, mas gera risadas pelos efeitos tosqueras. E quando os risos não são intencionais, é algo bem triste para qualquer produção do gênero.

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Shiraishi tem seu nome associado a diversas produções do horror japonês e, especificamente, abordando lendas urbanas. Muitas vezes as produções são para a TV apenas, o que explica o baixo investimento nos efeitos – uma vez que a circulação é focada para o público interno, apenas do Japão. Mas, merece respeito pelos tópicos dos filmes, e por se manter nesta linha, produzindo cada vez mais e ganhando destaque na terra do sol nascente.

Em resumo, Teke Teke, infelizmente, não vale a pena. é interessante para conhecer a lenda, mas só. Nada mais. Deixa, e muito, a desejar.

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Luana Caroline Damião

Graduada em museologia, fã de faroestes e Christopher Lee, deseja que o mundo acabe com um apocalipse zumbi, onde, certamente, será um dos mortos-vivos.

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