Strippers vs Werewolves (2012)

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Strippers Vs Werewolves
Original:Strippers Vs Werewolves
Ano:2012•País:UK
Direção:Jonathan Glendening
Roteiro:Pat Higgins, Phillip Barron
Produção:Ciaran Mullaney, Gareth Mullaney, Billy Murray, Patricia Rybarczyk, Jonathan Sothcott
Elenco:Adele Silva, Martin Compston, Billy Murray, Ali Bastian, Barbara Nedeljakova, Sarah Douglas, Simon Phillips, Martin Kemp, Alan Ford, Charlie Bond, Nick Nevern, Rita Ramnani

Não é possível esperar muita coisa de um título como Strippers Vs Werewolves. Sendo otimista e estando com uma dose adequada de álcool no sangue, talvez alguma coisa na linha de Um Drink no Inferno (1996), Banquete no Inferno (2005) ou até mesmo As Strippers Zumbi (2008), com mulheres seminuas isoladas numa boate, armadas com o que têm, tentando impedir a entrada de lobisomens. Pense na quantidade de oportunidades que um roteiro assim poderia permitir, tendo à mão belas garotas e os recursos suficientes para caracterizar as criaturas! Jess Franco faria maravilhas na década de 70 com essas ferramentas! Infelizmente, o filme de Jonathan Glendening, que já havia prestado um desserviço aos licantropos com o péssimo 13 Horas (2010), só acerta na intenção de fazer mais um exemplar ruim.

É provável que o roteiro de Pat Higgins (Bordello Death Tales, 2009) e Phillip Barron (Stalker, 2010) quisesse apenas parodiar as produções envolvendo a máfia italiana, substituindo-a por uma gangue de lobisomens. Sei lá realmente qual foi o propósito, o fato é que não acertou em absolutamente nada: não diverte como se propõe, não é engraçado, não irá atiçar os marmanjos em busca de nudez gratuita e nem os fãs de gore e violência. Já os que curtem a licantropia e sempre buscam opções nesse subgênero têm grandes chances de se sentirem ofendidos.

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O filme começa com a explosão de uma boate em 1984, em Londres. Nos dias atuais, na boate Vixens, durante a dança particular da stripper Justice (Adele Silva, de Doghouse, 2009) para um tal de Mickey (Martin Kemp, de Waxwork II, 1992), em estado de excitação absoluta, ele se transforma em lobisomem – maquiagem ridícula que poderia fazer Jack Pierce virar uma fera -, mas é morto pela garota ao ser golpeado com uma caneta de prata no olho. A proprietária do estabelecimento, Jeanette (Sarah Douglas, veterana do gênero fantástico, com participações em A Volta do Monstro do Pântano, 1989, A Volta do Mestre dos Brinquedos, 1991, A Volta dos Mortos-Vivos 3, 1993…), percebe que terá que se livrar discretamente do corpo para evitar um conflito com a alcateia, algo que já havia ocorrido na década de 80.

Ao mesmo tempo em que ela pede ajuda ao segurança local para desovar o corpo, os lobisomens, comandados por Jack Ferris (Billy Murray), estão tentando descobrir o que aconteceu ao amigo desaparecido. É óbvio que as buscas, principalmente por conta do faro das criaturas, levará ao cadáver e consequentemente à boate – e o confronto, que só acontecerá nos últimos quinze minutos, será inevitável. Entre cenas dispensáveis, só se salva o casal formado pelo caçador de vampiros Sinclair (Simon Phillips) e a gatíssima Raven (Barbara Nedeljakova, que fez melhor em O Albergue, 2005) em sua bagunça amorosa em evidência. E também há um romance Romeu e Julieta, com cada um dos envolvidos escondendo sua vida-dupla.

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Embora os créditos mostrem o nome Robert Englund, que também esteve em As Strippers Zumbi, o ator não terá mais do que cinco minutos de cena, sendo consultado por Ferris na prisão HM Chaney (referência a Lon Chaney Jr, o lobisomem da Universal). Aliás, há uma ou outra citação a filmes como Um Lobisomem Americano em Londres (1981) (“Você me fez errar“, ao atirar o dardo) e até Deu a Louca nos Monstros (1987), mas nada que valorize uma recomendação. Talvez a abertura, ao som da ótima trilha Hungry Like The Wolf, do Duran Duran, possa trazer um sorriso rápido no seu rosto, sendo trocado pelos bocejos logo em seguida.

Assim, com todas essas falhas e desperdícios, Strippers Vs Werewolves não merece nem um dólar na calcinha pela dança de uma stripper com salto de prata!

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Marcelo Milici

Professor e crítico de cinema há vinte anos, fundou o site Boca do Inferno, uma das principais referências do gênero fantástico no Brasil. Foi colunista do site Omelete, articulista da revista Amazing e jurado dos festivais Cinefantasy, Espantomania, SP Terror e do sarau da Casa das Rosas. Possui publicações em diversas antologias como “Terra Morta”, Arquivos do Mal”, “Galáxias Ocultas”, “A Hora Morta” e “Insanidade”, além de composições poéticas no livro “A Sociedade dos Poetas Vivos”. É um dos autores da enciclopédia “Medo de Palhaço”, lançado pela editora Évora.

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