Pânico a Bordo (2006)

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Pânico a Bordo
Original:Snakes on a Train
Ano:2006•País:EUA
Direção:Peter Mervis
Roteiro:Eric Forsberg
Produção:David Michael Latt, Sherri Strain
Elenco:A.J. Castro, Julia Ruiz, Giovanni Bejarano, Al Galvez, Amelia Jackson-Gray, Shakti Shannon, Stephen A.F. Day, Isaac Wade, Carolyn Meyer, Lola Forsberg

Todo mundo já tentou tirar uma casquinha dos grandes blockbusters americanos. Pegue o produtor americano Roger Corman, por exemplo: logo depois de Steven Spielberg lançar Tubarão, ele produziu Piranha; quando Jurassic Park, do mesmo Spielberg, estreou nos cinemas, Corman já havia produzido seu próprio filme de dinossauros (muito melhor, diga-se de passagem), o violento Carnossauro. E o que dizer dos produtores italianos? Se um filme americano fazia sucesso, lá iam eles fazer a “sua” versão para ganhar uns trocos. Fuga de Nova York rendeu um Fuga do Bronx na Itália; Conan, Star Wars e Mad Max renderam dezenas de imitações, e teve os casos de picaretagem escancarada, como Zombie, de Lucio Fulci, lançado nos cinemas europeus com o título Zumbi 2 para parecer sequência do Zombie – Dawn of the Dead de George A. Romero, ou Alien 2: Sulla Terra, de Ciro Hippolito, que só ganhou este título para faturar uns trocos em cima de Alien – O Oitavo Passageiro. Até os turcos aprontavam das suas: quem nunca ouviu falar de Dunyayi Kurtaram Adam, versão pobre de Star Wars que usa até cenas do filme de George Lucas sem a menor cerimônia?

Mas a nova moda em picaretagem se chama The Asylum. Esta pequena produtora de filmes direto para o mercado das videolocadoras até tinha suas produções independentes, mas não chamava muito a atenção. Entre as obras “originais“, tralhas como Frankenstein Reborn, Vampires Versus Zombies (um dos piores filmes que já vi na vida) e Tratamento de Choque, este último de Stuart Gordon. Foi só mudar o “foco” e começar a copiar (na cara-de-pau mesmo) os blockbusters, quase sempre lançando suas cópias ANTES dos “originais” estrearem nos cinemas, que a The Asylum virou uma espécie de “produtora cult“. Para alguns, ela representa o cúmulo da picaretagem, da falta de ideias e do capitalismo da indústria cinematográfica americana; para outros, é justamente uma crítica e uma sátira a Hollywood, produzindo imitações tão ruins quanto os blockbustersoriginais“, porém com muito menos dinheiro e sem astros ou grandes efeitos especiais. Faz sentido, e dentro desta segunda teoria as “obras” da The Asylum são verdadeiras preciosidades trash.

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O mais incrível é a rapidez e a agilidade do pessoal da produtora para conseguir gravar as imitações e colocar nas videolocadoras quase sempre antes que os “originais” cheguem aos cinemas americanos. Esta brincadeira começou em maio de 2005. No dia 29, a aguardada superprodução Guerra dos Mundos, de Spielberg, iria estrear nos cinemas do mundo todo; pois na véspera, no dia 28, chegava às locadoras o DVD de H.G. Wells War of the Worlds, uma produção de 1 milhão de dólares realizada pela The Asylum (para comparação: 131 milhões A MENOS que o “original” de Spielberg). O “genérico“, dirigido por um dos chefões da produtora (David Michael Latt), tem C. Thomas Howell no lugar de Tom Cruise e o mérito de ser, em diversos momentos, MELHOR que seu rival bilionário. A The Asylum repetiu a brincadeira em dezembro de 2005: o King Kong de Peter Jackson estava programado para estrear no dia 14. Pois no dia 13 as locadoras já contavam com o “genérico“, King of the Lost World, com direção de Leigh Slawner e seu próprio macaco gigante (que NÃO se chama Kong, mas também é “King“). Novamente, a cópia custou 1 milhão de verdinhas, enquanto o original saiu por caríssimos 207 milhões!

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E teve muito mais “genéricos“: os caras lançaram Exorcism: The Possession of Gail Bowers antes de O Exorcismo de Emily Rose; Dead Man Walking antes de Terra dos Mortos; When a Killer Calls antes de Quando um Estranho Chama; Hillside Cannibals antes de Viagem Maldita; The Da Vinci Treasure antes de O Código da Vinci; 666 – The Child no mesmo dia 06/06/06 em que estreou o remake de A Profecia; Pirates of Treasure Island antes de Piratas do Caribe 2. A brincadeira da The Asylum, que será analisada neste artigo, chama-se Snakes on a Train (“Serpentes em um Trem“, lançado por aqui como Pânico a Bordo), e foi lançada nos EUA três dias antes do esperadíssimo Snakes on a Plane (no Brasil, Serpentes a Bordo), estrelado por Samuel L. Jackson, e um fenômeno comentado na internet desde a sua concepção. Muda o meio de transporte, mas as cobras continuam lá. Snakes on a Plane foi um dos filmes mais aguardados pelos nerds ao redor do planeta – que inclusive sugeriram cartazes e até cenas e diálogos para o filme. O que surgiu como um fiasco assumido (cobras num avião?) transformou-se numa promessa de cult movie. E é claro que a The Asylum não poderia deixar passar esta oportunidade…

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Snakes on a Train começa com um casal de mexicanos tentando cruzar a fronteira entre o México e os Estados Unidos. Nunca fica muito claro se Brujo (Alby Castro, que é a fuça, e a barba, do Marcelo Camelo) e Alma (a argentina Julia Ruiz) são marido e mulher, namorados, amantes, irmãos ou apenas amigos. Mas o que fica bem claro desde o início é que Alma foi vítima de uma antiga maldição maia. Por conta disso, cobras venenosas crescem vorazmente no interior do seu corpo (!!!), e volta-e-meia a moça vomita as serpentes vivas em meio a jorros de uma gosma verde (!!!). Por algum misterioso motivo que o roteiro também não se preocupa em explicar (faz parte da maldição, caramba, pra que explicar?), Marcelo Camelo não pode matar as serpentes expelidas, pois isso iria piorar o estado de saúde de Alma – sim, como se fosse possível. Sendo assim, torna-se necessário aprisionar as cobras em vidros de conserva (!!!), adormecê-las com um narcótico (!!!) e alimentá-las de hora em hora (!!!). Caso escapem, as serpentes começam a crescer vorazmente e saem em busca de carne humana (!!!). Não sei o que você pensa de tudo isso, mas a primeira coisa que passou pela minha cabeça foi: “O que será que o roteirista desse filme fumou e será que ainda sobrou um pouquinho para dividir comigo?“.

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Alma passa o filme todo sofrendo de dolorosos espasmos e vomitando as tais cobras em meio à gosma verde. Isso acontece nos primeiros minutos e outras intermináveis vezes até o final (vá se acostumando com a ideia). Quando o casal chega à fronteira com o Texas, uma das serpentes, fugida do vidro de conserva, dá um fim no “coiote” que ajudaria os dois latinos a se virar em território americano. Como o destino de Marcelo Camelo e Alma é Los Angeles, onde mora um tio feiticeiro (!!!) do rapaz, o único capaz de ajudá-la a vencer a maldição, a única solução é “pegar carona” num trem (ahá!) que fará uma viagem de 16 horas, sem escalas, até L.A. Pronto: em poucos minutos, as serpentes já foram apresentadas e o trem também. Como não têm dinheiro para pagar uma passagem “normal“, os dois entram escondidos no vagão de cargas, onde, por coincidência, há outros imigrantes ilegais e até um velho amigo de Alma, Miguel (Bejarano Giovanni).

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O tal trem, por sinal, é um cenário tão pobre, mas tão pobre, que parece ser sobra de algum episódio do seriado “Chaves“. Eu não me espantaria se os produtores tivessem um único vagão à disposição e apenas pintassem os assentos de outra cor para fazer cenas em supostos vagões diferentes. O que se vê é um vagão apertado, com assentos velhos e remendados. Apesar da frase no cartaz do filme dizer “100 passageiros aprisionados, 2.000 cobras“, a produção não chega a ser tão pretensiosa nem no número de “humanos” e nem no de cobras: na verdade, vemos meia dúzia de manés, quando muito, passeando pelos vagões, o que ajuda a dar uma ideia da pobreza geral do filme (não tinham grana nem para contratar figurantes!). O resultado são vagões completamente vazios, com duas ou três pessoas sentadas nos assentos! Lastimável.

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Entre a meia dúzia de passageiros anteriormente citada (sem contar, claro, os ilegais escondidos no vagão de carga), temos um executivo careca, que vai participar de uma reunião de negócios sei lá eu aonde e acaba arrastando uma asinha para cima de uma divorciada que viaja no mesmo vagão; temos também duas gatinhas, aparentemente lésbicas, chamadas Crystal (Amelia Jackson-Gray) e Summer (Shannon Gayle), que viajam com 5.000 dólares e vários quilos de cocaína para um traficante de L.A.; temos um sujeito misterioso de barba e chapéu de caubói, que por algum estranho motivo parece estar seguindo as duas mocinhas (depois descobrimos que ele é um agente da narcóticos ou um traficante, nunca fica bem explicado); temos um trio de jovens surfistas e maconheiros cujo nome eu nem me preocupei em lembrar; temos uma família feliz composta pelo marido bundão, a mãe chata e a menininha pentelha (que, claro, vai ver uma cobra solta no trem logo no começo do filme, mas ninguém vai acreditar nela!), e por aí vai. Temos também Frank, o rapaz que recolhe as passagens (Stephen A. F. Day), com um bigodão daqueles enroladinhos que remete ao século 19. Basicamente, um monte de manés, perdedores e personagens insignificantes que passam pela história praticamente anônimos. E, quando finalmente morrem, não deixam saudades!!! Saudades do Samuel L. Jackson

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Num breve resumo do que acontece: Marcelo Camelo não consegue conter as dores de Alma, que continua vomitando serpentes a viagem inteira. E dois dos imigrantes ilegais que viajam escondidos no vagão de carga resolvem roubar os “artefatos mágicos” do pajé, acreditando que são drogas (!!!). Sem saber, eles somem com os narcóticos que ajudam a acalmar as serpentes, e ainda libertam meia dúzia delas, que estavam presas numa caixinha. Numa daquelas cenas inacreditáveis, que é ver para crer, as cobras atacam os sujeitos e penetram por baixo da pele, num efeito exagerado e sangrento. Marcelo Camelo aparece do nada para controlar a situação e arranca o coração de um dos sujeitos, com as próprias mãos (!!!), à la Indiana Jones e o Templo da Perdição, para pegar de volta a cobra que foi parar lá. O outro infeliz é deixado para trás e acaba contaminado pela mesma maldição que Alma (sim, a coisa funciona como em filme de zumbis…), e logo também estará vomitando cobras para lá e para cá! Cruz-credo…

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Ao encontrar o sujeito doente e se esbaldando em gosma verde, o bigodudo Frank resolve alertar o maquinista para que pare na próxima estação, pois o homem precisa de cuidados médicos. Só que Marcelo Camelo sabe que uma parada pode ser mortal para Alma (e eles ainda podem ser encontrados e expulsos do trem). Por isso, ataca o maquinista e sabota os equipamentos para que a locomotiva não pare até Los Angeles – e como ele espera parar o trem ao chegar na cidade é outro problema, hahahaha. Com o veículo desgovernado e as cobras a mil passeando pelos vagões (e crescendo cada vez mais), as coisas escapam do controle e o bicho começa a pegar, literalmente.

Bem, comecemos do começo: o que realmente esperar de um filme chamado Snakes on a Train? No mínimo, muitas cobras num trem, não é verdade? Neste aspecto, a obra não faz propaganda enganosa: são muitas cobras passeando pelo trem o filme inteiro. Embora inicialmente sejam pequeninas cobras daquelas de jardim, que nem metem medo, elas fazem o mesmo som de perigosíssimas cascavéis (hahahaha). O problema é que, na maior parte do tempo, as cobras ficam apenas zanzando pelos vagões, roçando nas pernas dos passageiros, saindo de rolos de papel higiênico, etc etc. Raramente elas ATACAM alguém, o que torna a primeira metade do filme bastante tediosa. Por outro lado, depois que as ditas cujas finalmente são libertadas e se espalham pelo trem, da metade para o final, a coisa começa a ficar mais interessante: isso porque as serpentes crescem e ficam parecendo uma versão anabolizada da Anaconda, para aí sim dizimar o elenco humano como se espera num filme do gênero. No auge da baderna, uma cobra REALMENTE gigante, a única feita em computação gráfica (bagaceira, por sinal), cresce até atingir o tamanho do trem e começa a devorá-lo, vagão por vagão! Acredite: vale a pena encarar essa bomba por esta única cena, que é de doer a barriga de tanto rir! E, se resta um consolo, descontando esta última cobrona, todas as outras são serpentes reais, e não geradas em CGI, como a maioria daquelas que aparecem no “concorrenteSnakes on a Plane – chega a dar náusea as cenas em que a atriz que interpreta Alma fica com répteis reais, e vivos, se mexendo dentro da sua boca!!!

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Embora em muitos momentos o roteiro se leve a sério demais (não deveria), Snakes on a Train está mais para uma gozação e uma sátira a Snakes on a Plane do que qualquer outra coisa. O blockbuster inclusive é citado abertamente em várias cenas, como quando o executivo careca salienta o motivo para viajar de trem: “É que eu ODEIO aviões!“. No encerramento dos créditos finais, os produtores ainda colocaram uma mensagem divertida: “Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, é algo muito estranho. Nós sugerimos que você pegue um avião“. Outra piada impagável: “Nenhuma serpente foi machucada na realização deste filme. Somente uma criancinha, mas tudo bem“. Isso porque a menina pentelha que eu citei no começo do artigo acaba sendo dolorosamente e violentamente devorada viva por uma das cobras gigantes, num momento corajoso e surpreendente do filme, que fez com que ele até ganhasse alguns pontos na minha análise – sabe como é, as histórias de horror atuais têm poupado as crianças pentelhas com muita frequência!

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Snakes on a Train seria muito mais divertido se: primeiro, o roteirista Eric Forsberg fosse um pouco menos pretensioso, já que o filme é apenas uma bobagem feita para faturar em cima de uma produção famosa; segundo, tivesse colocado um pouco mais de objetividade no seu roteiro, que é retardado do início ao fim. A certa altura, parece que estamos vendo um daqueles filmes-catástrofe de antigamente, onde o ataque das serpentes é adiado para que o roteiro possa apresentar os dramas pessoais de cada um dos passageiros (argh!). Ninguém se importa se o executivo careca vai comer a divorciada ou não, se os maconheiros vão pegar onda sei lá aonde, se as duas gatinhas vão conseguir escapar do assédio dos agentes de narcóticos… Por isso, fico me perguntando o motivo de tantas cenas de “desenvolvimento de personagens” se a maioria está lá para morrer mesmo. E ninguém se importa com a ridícula trama policial que surge lá pelos 50 minutos, quando traficantes brigam e trocam tiros pela cocaína que as moças estão transportando. Aliás, há uma longaaaaa e dispensável cena o sujeito misterioso vestido de cowboy começa a bolinar uma das garotas num vagão vazio, obrigando-a a tirar a roupa e dar para ele – num momento exploitation gratuito; não estou me queixando dos peitos de fora, mas bem que a cena poderia ser mais curta! Enfim, a certa altura o roteiro esquece, imperdoavelmente, do drama de Brujo e Alma e do próprio ataque das cobras, concentrando-se nos seus desinteressantes personagens. Por isso, usar o “fast foward” é essencial, caso contrário você pode pegar no sono ou desistir do filme antes de ver o fantástico, fenomenal e inesquecível momento da serpente gigantesca devorando o trem!!!

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Há ainda outros problemas bem marcantes: não há um personagem heroico e simpático como Samuel L. Jackson em Snakes on a Plane, para disparar frases cômicas do tipo “Cansei dessas porras de serpentes nessa porra de avião!“. Pelo contrário: não há nem mesmo um “herói“, apenas um monte de manés correndo para lá e para cá com medo de enfrentar as cobras na cara e na coragem – e eventualmente sendo mortos e devorados por elas. E o roteiro também não tem como explorar dois medos bem característicos, como fez Snakes on a Plane. Se o original pretendia atrair tanto quem tem medo de avião quanto quem tem medo de cobras, Snakes on a Train se fixa exclusivamente nas serpentes – a não ser que exista alguém no mundo com medo de trem -, e mesmo assim as cobras oferecem pouquíssimo risco, a não ser quando ficam gigantes, é claro. Snakes on a Train também perde o fator “suspense claustrofóbico“, já que no filme com Samuel L. Jackson os passageiros estão presos num avião sem chance de escapar enquanto a aeronave não pousar, e no caso do “genérico” qualquer um pode pular de um trem, mesmo desgovernado (e é o que os personagens acabam fazendo a determinada altura).

Como nem tudo é podre, acho interessante destacar surpreendentes pontos positivos numa tralha classe Z como esta – são poucos, mas eles existem. O trabalho de direção é muito bom em alguns momentos. O crédito vai para “The Mallachi Brothers“, e não venha me perguntar quem são eles ou quantos são, já que nunca ouvi falar dos sujeitos antes (mas como virou moda irmãos fazerem filmes juntos, não?). Embora os “manos” estejam claramente dirigindo uma bobagem voltada a faturar grana fácil em cima de um blockbuster, percebe-se certa vontade dos cineastas estreantes de “mostrar serviço“, inclusive alguns belos planos (principalmente no começo, quando o casal mexicano atravessa o deserto até a fronteira) e ângulos de câmera inusitados. Nada de espetacular, mas diferente do costumeiro “pau pra toda obra” presente nas obras da The Asylum. E com o orçamento padrão da produtora, muita coisa não dá para esperar mesmo…

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Para o bem ou para o mal, Snakes on a Train cumpriu seu objetivo: ficou pronto e foi para as locadoras americanas antes do “original“, faturou uma boa graninha e, mesmo com críticas negativas por todos os lados, conseguiu até arrebanhar uma pequena comunidade de fãs (sabe como é, os loucos por cinema ruim de costume). E a The Asylum certamente faturou caixa suficiente para seus outros projetos “genéricos“. Há algum tempo, questionado numa entrevista sobre os próximos projetos da produtora, o chefão David Michael Latt se saiu com essa: “Não posso falar, porque tem um monte de pequenas produtoras querendo nos copiar“. É cínico e ao mesmo tempo engraçado: numa Hollywood cheia de remakes e “reinvenções” pasteurizadas de clássicos, a The Asylum é uma resposta irônica à prepotência dos poderosos estúdios. Ou apenas um bando de amadores e picaretas de olho em dinheiro fácil. Escolha você mesmo a sua opção.

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Felipe M. Guerra

Jornalista por profissão e Cineasta por paixão. Diretor da saga "Entrei em Pânico...", entre muitos outros. Escreve para o Blog Filmes para Doidos!

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