Psycho Cop – Ninguém está em Segurança (1989)

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Psycho Cop (1989) (1)

Psycho Cop - Ninguém está em Segurança
Original:Psycho Cop
Ano:1989•País:EUA
Direção:Wallace Potts
Roteiro:Wallace Potts
Produção:Cassian Elwes, Jessica Rains
Elenco:Robert R. Shafer, Jeff Qualle, Palmer Lee Todd, Dan Campbell, Cindy Guyer, Linda West, Greg Joujon-Roche, Bruce Melena, Glenn Steelman, Julie Araskog

Os anos 80 foram sinônimos, dentre tantas outras coisas, de slashers movies, cheio de
personagens imbecis sendo aniquilados como moscas por algum maluco homicida. Impossíveis
de serem levados a sério, esses filmes normalmente são diversões garantidas. E foi em 1989, no
final da década e longe dos anos dourados do subgênero, que surge Psycho Cop.

Aqui temos o oficial Joe Vickers (o ultra canastrão Robert R. Shafer), um policial que na verdade
é um maníaco homicida e adorador de satã. Ele tem o número 666 tatuado na mão. Logo na
abertura do filme o vemos num cenário com pentagramas e figuras demoníacas pintadas na
parede. O policial lava as mãos num recipiente com sangue e coloca seu uniforme e óculos
escuros. Pronto! O tira psicótico está pronto para mais uma ronda.

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No início temos um casal procurando informação. Eles serão as primeiras vítimas do policial. O
engraçado na cena é que os pombinhos estão viajando em Lua de Mel, mas discutem como se já
fossem casados por pelo menos dez anos! Assim como é o fato de quando o vilão faz uma
vítima sempre tem um bordão típico de policial na ponta da língua, algo na linha “se beber, não
dirija“.

Corta para um carro com três casais em viagem (que em um slasher se traduz por seis
adolescentes chatos). Eles resolvem aproveitar o fim de semana numa bela e grande casa de
campo, que alguns garotos dessa turma alugaram graças aos lucros que obtiveram com
investimentos na bolsa de valores (eu não disse que eram chatos?).

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Obviamente que o policial vai matando um por um deles, não faltando aquelas mortes
esdrúxulas, como manda a cartilha dos slashers, seja enfiando um cassetete na boca de uma das
vítimas, em outra o assassino usa uma máquina de choque na virilha do incauto.

Realizar um slasher tendo a figura de um policial como o assassino já não era uma novidade em
1989. Um ano antes já tinha saído do forno Maniac Cop, dirigido por William Lustig e escrito por
Larry Cohen, dois bambas do cinema B. O diferencial é que no primeiro temos o cenário urbano;
em Psycho Cop, temos uma zona campestre, mais de acordo com os típicos exemplares do
subgênero.

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Se Maniac Cop contávamos com Lustig e Cohen, em Psycho Cop temos direção e roteiro
assinado por Wallace Potts em seu sexto e último filme como diretor. Depois ele deixaria apenas
o roteiro para a continuação, Psycho Cop 2, e abandonaria o cinema. Potts acabaria falecendo
em 2006, aos 59 anos. O diretor, que já foi arquivista do Rudolf Nureyev foundation, onde
inclusive filmou algumas performances de balé em 16mm, dirigiu cinco filmes e escreveu seis
roteiros.

Como puderam perceber, Psycho Cop é daqueles filmes que não tem como ser levados a sério.
Embora carregue todo o clima dos slashers oitentista, há apenas o diferencial de que aqui não
há cenas de nudez e falta sacanagem.

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O ator Robert R. Shafer, aqui creditado como Bobby Ray Shafer e mais conhecido pela sua
participação no seriado “The Office”, parece se divertir mais que o público. O resto do elenco é
de uma inexpressividade digna de teatro escolar.

O roteiro é bobo: aqui o policial vira um psicopata e adorador de Satã graças a um trauma em
envolvendo a fé cristã! Curioso notar que o assassino tem o hábito de crucificar suas vítimas
mortas.

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Embora o resultado final seja um tanto morno, isto não impediu no filme de ter seus cultuadores,
nem mesmo de ter tido uma continuação, superior a este primeiro. Não alcança grandes voos e
fica apenas no limbo meia boca.

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Paulo Blob

Nascido em Cachoeirinha, editou o zine punk: Foco de Revolta e criou o Blog do Blob. É colunista do site O Café e do portal Gore Boulevard!

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