SS Experiment Love Camp (1976)

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SS Experiment Love Camp
Original:SS Experiment Love Camp / Lager SSadis Kastrat Kommandantur
Ano:1976•País:Itália
Direção:Sergio Garrone
Roteiro:Sergio Chiusi
Produção:Mario Caporali, Giulio Dini
Elenco:Mircha Carven, Paola Corazzi, Giorgio Cerioni, Giovanna Mainardi, Serafino Profumo, Attilio Dottesio, Patrizia Melega, Almina De Sanzio

Na área do cinema exploitation aparentemente não há assunto que esteja fora dos limites. Os terríveis atos de nazistas e seu tratamento de judeus nos campos de concentração da Alemanha não são definitivamente assuntos fora dos limites. Tem havido uma série de filmes altamente “divertidos” neste subgênero.

Os filmes de campos de concentração nazistas começaram a cativar os espectadores com The Night Porter (1974), e foram então agraciados com uma enorme quantidade de clássicos exploitation como por exemplo Ilsa, She Wolf of SS (1975), Salon Kitty (1976) e Beast in Heat (1977), mas quem poderia esquecer de Lager SSadis Kastrat Kommandantur (aka SS Experiment Love Camp)? Este foi um dos filmes que começaram a loucura dos “Videos Nasty” na Inglaterra, durante a ascensão do vídeo no início dos anos 80. A arte da capa de seu lançamento inicial que descrevia uma mulher pendurada de cabeça para baixo, quase completamente nua, numa espécie de cruz invertida deixou os conservadores altamente ofendidos e e nada mais foi o mesmo novamente.

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No enredo, um certo número de judias foi enviado como prisioneiras a um campo de concentração alemão para uma série de experimentos encomendados pelo Führer. Se você precisar de alguma ajuda para descobrir o que poderiam ser essas experiências, vamos dar uma olhada novamente no título: SS Experiment Love Camp (Campo de Experiências Amorosas da SS).

Como em qualquer teste em fertilidade, a primeira coisa que você precisa fazer é obter um par de participantes dispostos (ou não, seja qual for o caso) e colocá-los em um tanque d’água. Felizmente, SS Experiment Love Camp não está errado neste teste vital, mesmo sendo um tanque que você pode transformar numa grande panela de pressão. Nestas experiências em primeiro lugar, juntamente com o seu par, os outros participantes são deixados para começar as coisas num cenário mais tradicional. O que não me sai da cabeça é como estuprar mulheres judias vai ajudar a melhorar a raça superior? A mesma “raça superiora” que queria eliminar o “sangue sujo” da Europa pretende criar arianos perfeitos no ventre de prisioneiras judias? Me explica aí, produção???

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De qualquer forma, não importa a razão. Se tem várias tomadas de peitinhos, bundinhas e torture-porn eu até posso colocar o raciocínio de lado por alguns momentos para saborear as ditas prisioneiras e seus assustadores “pastéis de cabelo” tão em voga na década de 70. Aos que procurarem o amor impresso no título do filme a sua busca não será em vão. SS Experiment Love Camp também nos apresenta uma linda história de amor entre uma prisioneira judia e um oficial da SS, Helmut, que teve a felicidade de ser um dos escolhidos a doar seus testículos ao seu superior, um coronel que deseja afogar seu ganso nazista novamente em carnes judias. Para levantar a moral do pobre Helmut a prisioneira (num momento mágico em que eles conseguem fazer amor sem ninguém morrer, sem explosões e até com direito a mudança de trilha sonora!) a baqueta do oficial não surte efeito e a maldita ainda tem o dom de soltar a máxima: “Não se preocupe, querido. Estas coisas acontecem!“.

Se você acha que isso foi hilário tente imaginar uma sapatão nazista com a voz da Wilma Flintstone, um comandante careca com uma grande cicatriz no rosto que parece ter sido feita com batom e a melhor de todas as cenas onde Helmut se encontra com seu coronel para um combate final e grita: “O que você está fazendo com minhas bolas???

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Na realidade, SS Experiment Love Camp é um filme bastante inofensivo. Não há qualquer tortura extremamente desagradável dos detentos. Comparado com a franquia da personagem Ilsa (deliciosamente interpretada pela atriz Dyanne Thorne) é quase um filme da Disney para adultos. Há tortura sim, mas muita coisa não faz sentido no filme e os (d)efeitos especiais são de uma precariedade tão grande (principalmente nas cenas de “dança” do forno onde vemos claramente que o fogo é sobreposto, no congelamento à base de algodão molhado, nos tiroteios sem sangue e nos nazistas que voam antes das granadas explodirem) você pode realmente notar que tudo o que vale neste nazixploitation é muitas risadas e talvez uma punhetinha vintage. Mas ainda assim, é isso que torna o filme divertido se bem que Garrone pareceu realmente querer fazer um trabalho sério sobre os horrores da Alemanha nazista. O próprio diretor alegou fazer uma série de pesquisas para os efeitos especiais durante a cena de transplante, afirmou que parte do filme foi filmado em um estábulo de propriedade de Mussolini, e que algumas das cenas mais sexualmente explícitas podem ter sido incluídas por outro diretor que as acrescentou sem que ele percebesse.

Hmmmm, tá…

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Defeitos (e mentiras) à parte, este é um filme que vale a pena assistir tanto por uma sádica diversão como para afirmar como os ingleses são frescos em relação aos filmes exploitation. Se você deseja um visual atraente e algum senso de lógica realista, é melhor assistir Saló, or 120 Days of Sodom (1957), pois SS Experiment Love Camp é um filme “schlock” com o selo de qualidade Sergio Garrone e um foco de diversão garantida se você curte assistir filmes “sérios” com efeitos do Chapolim Colorado.

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Iam Godoy

Escritor, colunista, fotógrafo, libertino, subversivo e um porra-louca sem noção do perigo. Comanda desde 2013 o site Gore Boulevard, antro de clássicos e bagaceiras sangrentas.

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