Nunca Diga seu Nome (2017)

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Nunca Diga Seu Nome
Original:The Bye Bye Man
Ano:2017•País:EUA
Direção:Stacy Title
Roteiro:Jonathan Penner
Produção:Simon Horsman, Trevor Macy, Jeffrey Soros, Melinda Nishioka
Elenco:Douglas Smith, Lucien Laviscount, Cressida Bonas, Doug Jones, Carrie-Anne Moss, Faye Dunaway, Jenna Kanell, Doug Jones, Michael Trucco, Erica Tremblay, Marisa Echeverria, Cleo King, Leigh Whannell

O principal detalhe que incomodará seus olhos durante boa parte do terror sobrenatural Nunca Diga seu Nome (The Bye Bye Man, 2017) é a atuação da protagonista Sasha. O enredo banal, de Jonathan Penner, baseado no texto original de Robert Damon Schneck, nada mais é do que uma cópia descarada de A Hora do Pesadelo (1984), mas poderia divertir por se tratar de um slasher sobrenatural. No entanto, a loirinha é muito limitada para assumir o papel de destaque que lhe é dado, e o modo como ela tenta trazer algo além da beleza ao filme é bastante problemático. Quando você não se convence que tudo ali realmente poderia estar acontecendo, todo o resto passa a não importar mais.

O filme começa bem. Em 1969, numa tomada única, um homem armado sai disparando em todo mundo que cruza seu caminho, incluindo os vizinhos, sempre perguntando a todos se eles disseram determinado nome. “Não diga, não pense, não pense, não diga” é dito constantemente enquanto atira, deixando um rastro de sangue e morte. Nos dias atuais, três amigos acabam de alugar uma casa próxima à faculdade, com a intenção de evitar os tradicionais dormitórios universitários: Elliot (Douglas Smith), a namorada Sasha e o melhor amigo John (Lucien Laviscount) estão satisfeitos pelas possibilidades previstas no casarão, incluindo festas que poderão ser realizadas.

Elliot encontra numa escrivaninha os dizeres que o homem repetia no começo além do nome “The Bye Bye Man“. Depois de uma festa, a sensitiva Kim (Jenna Kanell) sugere uma mesa de contato com espíritos e anuncia na sessão que “algo está vindo“. Elliot então menciona o título do filme, e coisas estranhas começam a acontecer. Sasha começa a ter ataques de tosse; Elliot começa a ter visões que indicam uma possível traição de sua namorada com o amigo; e uma figura macabra começa a fazer pequenas aparições em seus pesadelos. Como o parente Freddy Krueger, o vilão é conhecido por deixar marcas de suas garras na parede, e faz uso das visões para colocar os amigos um contra o outro e até levá-los ao suicídio.

Assim, Sasha decide pesquisar sobre a lenda do Bye Bye Man e acaba mencionando o nome para a mulher da biblioteca, apenas para torná-la mais uma amaldiçoada. Cada pessoa que ouve o nome é condenada a sofrer com as visões e a visita do inimigo mortal, considerando o medo como principal combustível de suas ações macabras. Elliot começa a apresentar a mesma insanidade que acometeu o homem de 1969, e talvez o único modo de silenciar a coisa seja extinguir qualquer pessoa que tenha conhecimento de seu nome. Se ninguém mencioná-lo, ele não tem como aparecer.

Além do enredo fraco e sem emoção, o vilão de Nunca Diga seu Nome não se mostra tão ameaçador assim. Na verdade, ele apenas age como uma presença sobrenatural que enlouquece os amaldiçoados, sem o mesmo carisma do personagem de Wes Craven. Soma-se a isso os efeitos de CGI ruins, mortes sem grande impacto e um final que tenta trazer uma surpresa ao espectador, mas acaba soando extremamente previsível. E se fossem apenas essas falhas, e o filme fosse realmente divertido, até seria possível ignorá-las, porém não é. E há a já mencionada atuação ruim da protagonista. É tão artificial que optei por não mencionar seu nome nesse texto; vai que ela resolve aparecer em outras produções do gênero como uma maldição sem fim.

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Marcelo Milici

Professor e crítico de cinema há vinte anos, fundou o site Boca do Inferno, uma das principais referências do gênero fantástico no Brasil. Foi colunista do site Omelete, articulista da revista Amazing e jurado dos festivais Cinefantasy, Espantomania, SP Terror e do sarau da Casa das Rosas. Possui publicações em diversas antologias como “Terra Morta”, Arquivos do Mal”, “Galáxias Ocultas”, “A Hora Morta” e “Insanidade”, além de composições poéticas no livro “A Sociedade dos Poetas Vivos”. É um dos autores da enciclopédia “Medo de Palhaço”, lançado pela editora Évora.

7 thoughts on “Nunca Diga seu Nome (2017)

  • 09/09/2019 em 15:33
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    Nunca diga seu nome… E nunca mais vou rever esse filme também… Super fraco e generico…

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  • 10/09/2018 em 23:49
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    Es interesante ver una película que esté basada en hechos reales, creo que son las mejores historias, pues no se necesita de la ficción para hacer una gran producción. Nunca Diga Seu Nome me gustó mucho. Es muy interesante, me gustan este tipo de guiones, te mantienen en suspenso hasta el final.

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  • 24/08/2017 em 16:25
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    Realmente Nuca diga seu nome e nunca faça um filme assim.

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  • 14/08/2017 em 20:09
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    Tenho pra mim que o filme funcionaria melhor como um terror psicológico, sem o fraquíssimo antagonista!
    Ainda sim, dá pra dar uma conferida. A cena de abertura é a melhor coisa do filme.

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    • 25/09/2017 em 10:08
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      vendo seu comentário, creio que eles nadam em dinheiro por atuarem [editado]

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      • 08/07/2020 em 15:39
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        Não achei tão ruim tem falhas mas da para assistir

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  • 10/08/2017 em 09:10
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    O Tipo De Filme Babaca que tem aos montes por ai é como você misturar uma salada com outra comida não da em nada uma coisa em cima da outra e o assassino que seja ele em forma de fantasma ou real não existe ele fica como enfeite o que tinha de filmes assim no Cine Trash da Band ha vinte anos atras não esta no Gibi o mais bacana vocês são Ótimos Marqueteiro pois colocam a foto assustadora no post do filme e ai uma pesso como eu vai la clica e vê uma bomba hehehehehehe

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