Horreviews Extra #5: Por que It: A Coisa não é uma Obra Prima do Medo?

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Nesta Horreviews Extra polêmica, Gabriel Paixão diverge da maioria dos críticos e dá suas razões do porque It: A Coisa de 2017 talvez não seja essa Cola-cola toda que andam dizendo por aí.

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Gabriel Paixão

Colaborador e fã de bagaceiras de gosto duvidoso. Um Floydiano de carteirinha que tem em casa estantes repletas de vinis riscados e VHS's embolorados. Co-autor do livro Medo de Palhaço, produz as Horreviews e Fevericídios no Canal do Inferno!

6 thoughts on “Horreviews Extra #5: Por que It: A Coisa não é uma Obra Prima do Medo?

  • 27/09/2017 em 02:03
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    Concordo com a maioria dos argumentos que você citou. Pra começo de conversa, na minha opinião IT foi um filme tão superestimado logo de cara que, sem querer, você cria MUITAS expectativas e não tem como você não comparar/esperar/torcer para aquilo que foi dito/falado/revisado se adapte à realidade do filme que você vê. IT pra mim se tornou a prova de que um bom marketing faz milagres. E realmente, neste IT tornou-se claro que medo =/= sustos fáceis (jumpscares). Super utilizados no filme, para mim ficou previsível e até entediante depois de um tempo. Os primeiros 10 minutos foram bons e tive minhas esperanças; Então, de repente, o filme se transformou em cenas desarticuladas com um monte de jumpscares que realmente não são tão assustadores, a menos que você não esteja tão acostumado à eles. Pode ser que eu esteja meio que “insensível” pelo fato de ver filmes de terror desde priscas eras, hehehe. Sei que vou ser linchado aqui, mas Bill Skarsgard como Pennywise não me impressionou; sua caracterização é sem graça, sem cor – aqui a “culpa” é do diretor, que preferiu uma estilização mais do séc. XIX do que a de um palhaço moderno -; seus trejeitos ficaram forçados (sempre rindo malevolamente o tempo todo, qualé); e seja pelo fato da comparação dita acima, é IMPOSSÍVEL não compará-lo com a presença de cena e a voz impressionante de Tim Curry na minissérie de 1990. Foi um Pennywise que atuou de modo mais histérico e que abusou demais de jumpscares e CGI pra assustar, do que a sua simples presença. E para mim, o pior de tudo foi que aqueles que disseram (dizem) que esta obra é mais fiel ao livro, só podem estar de brinks. O livro só é usado como uma pequena orientação para a história que eles decidiram criar aqui. A década de 1950 foi um tempo totalmente diferente, e muitos dos raciocínios e maneirismos dos personagens que você precisa para fazer esse filme funcionar estão perdidos por um momento e diferença cultural, já que o filme é ambientado nos anos 80. Deixe-me listar apenas ALGUMAS coisas do livro que você NÃO encontrará em qualquer lugar neste filme: A Luz da Morte, o ritual de CHUD, A múmia, a barragem nos Barrens, o livro de fotos em movimento (agora é uma máquina de slides), “é o ácido da bateria”, O Lobisomem, a bala de prata depois de um jogo de Banco Imobiliário (Monopoly no original), o cabelo de Bowers tornando-se branco, “beep beep Richie”, o pássaro gigante, o racismo dos anos 50 contra Mike… Eu poderia continuar e continuar, além do fato de que por conta própria o diretor resolver inserir fatos que nem no livro estavam (como Ben sendo o ‘historiador’ do grupo, por ex.) Enfim, o desvio do livro é ridículo, quase pior do que a mini série original. Eu acho que as crianças fizeram um excelente trabalho (excetuando o “alívio cômico” quase onipresente), mas infelizmente esse filme me deixou desapontado. Eu acho que as pessoas que não leram o livro podem aproveitá-lo, mas nunca terão o verdadeiro medo, a desesperança e o terror que o livro instila ao assistir isso. Eu recomendo o livro em vez dessa tentativa.

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  • 25/09/2017 em 22:17
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    Fato: Depois que disseram nesse site que Annabelle 2 era o melhor filme de terror devido alguns míseros sustos, e agora vendo esse vídeo, chego a uma conclusão: Não leve mais a sério as críticas desse site que um dia foram boas demais!

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  • 23/09/2017 em 19:16
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    Concordo que esse novo It não é uma obra prima do terror (a minissérie era), mas discordo com a maioria das coisas que vc falou. Os efeitos não me incomodaram, aliás achei eles muito bem feitos. As “duas partes” da história podiam até ser melhor costuradas (realmente eu não tinha pensado nisso), mas o cinema é uma arte que trabalha com o visual, portanto o fato algumas coisas terem “muito cara de filme de terror”, pode ter sido apenas uma estratégia do diretor para construir o filme. Mas eu concordo que alguns momentos de humor ficaram muito deslocados no filme, tudo bem ter um personagem que sirva como elemento de humor, mas não abuse dele… Mas o vídeo está bom, me fez parar para reavaliar o filme de outro ângulo, e continue com os Horreviews, que estão excelentes.

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  • 23/09/2017 em 17:49
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    Não costumo comentar por aqui, muito menos assistir reviews, mas desta ve resolv fazer diferente (embora não acredite que vá gerar alguma discussão). Aviso: meu comentário pode conter SPOILERS. Vou deixar esse comment lá no youtube também.

    1- Concordo. Os efeitos em CG poderiam ter sido menos frequentes, embora necessários em algumas cenas, afinal, o personagem é uma entidade metafísica (?) e muitas cenas não seriam possíveis apenas com efeitos práticos. O problema é que o CGI pode incomodar logo de início, na cena do bueiro. Poderiam muito bem ter usado apenas efeitos práticos ali.

    2- Aquela casa abandonada é totalmente plausível no mundo real, especialmente naquela cidade (que já é fictícia) nos EUA. Digo, toda a parte “assombrada” da casa era efeito da ilusão causada pelo próprio palhaço que se alimentava dos medos das crianças. Portanto isso não quebra a proposta “realista” do filme, não é um escapismo de forma alguma.

    Outro exemplo que você citou: os bullies. Você falou que eles são extremamente estereotipados, absurdos e caricatos, e que não existiriam na realidade. Aqui você foi extremamente ingênuo ou desonesto no comentário. Primeiro porque (não querendo forçar aquela questão da fidelidade ao livro) a história original se passa nos anos 50-60, e o filme se passa nos anos 80, época em que o bullying era extremamente pesado, acho que nem haviam inventado esse termo ainda, onde os valentões realmente perseguiam e batiam nas crianças, roubavam dinheiro, faziam o diabo! Isso é retratado em incontáveis filmes dos anos 80, principalmente aqueles que passavam na Sessão da Tarde. Ou seja, não é algo destoante da realidade, é algo que realmente existia. Diferente do que chamam de “bullying” hoje em dia, onde você não pode nem colocar um apelido engraçado no colega que já te chamam de “bully”. Nos anos 90 eu ainda peguei um pouco dessa onda, era briga nas saídas praticamente toda semana. Teve um cara que uma vez quebrou as costelas de um rival com uma soqueira de aço. Outro foi tentar esmurrar o rosto de uma menina e acabou rasgando o braço nos vidros de uma janela. Enfim, eram tempos complicados… Mas voltando ao filme, com relação aos bullies, acredito que simplesmente não deu tempo para desenvolver esses personagens, restando ao diretor colocá-los apenas em cenas em que eles apareciam para atormentar as crianças.

    3- De fato, muitas cenas tiveram a tensão totalmente quebrada para dar espaço à tiradas engraçadas. Poderiam ter minimizado um pouco isso.

    4- Um tanto exagerado. A obra é realmente mais sobre amizade e enfrentamento de medos mesmo. Eu não tive nenhuma surpresa quanto à isso. Mas ok, também acho que as crianças saíam de experiências absurdas praticamente sem nenhum trauma. Mas isso é algo que eu vejo com MUITA frequência em filmes e séries.

    5- Jump scares?? Você realmente viu uma quantidade absurda de jump scares? Aqui eu já acho que não assistimos o mesmo filme rsrs.. Sinceramente, eu vi muitas cenas em que o palhaço sai correndo e gritando e a trilha sonora faz barulho, mas isso era totalmente previsível. Pelo menos pra mim, não pareceu que o intuito era assustar o expectador, mas sim, mostrar o palhaço assustando os personagens. Eu não tomei nem um mísero susto. E nesse caso, essas cenas são até justificáveis, pois novamente, o palhaço vence através do medo. Ele TEM que ser assustador e exagerado, e ele trabalha esse medo com ilusões. Acho que é o único caso em que o jump scare se faria realmente necessário (apesar de eu não ter notado nenhum).

    E sim, concordo que o medo deveria ser melhor trabalhado, na minha opinião, colocando mais tensão nas cenas, ou claustrofobia como alguns filmes conseguem passar essa sensação com maestria. Como por exemplo, Abismo do Medo, onde a escuridão e o ambiente fechado são sufocantes, ou no recente A Autópsia, onde o silêncio, escuridão e sentimento de desamparo nos pegam de verdade. Poderiam ter trabalhado isso nos esgotos e na casa abandonada.

    6- A) É um dos filmes tecnicamente mais bem feitos de 2017?

    Sem dúvidas!

    B) É o melhor filme de terror de 2017?

    Provavelmente sim. Olhando para trás, eu sinceramente não consigo enxergar um adversário à altura (embora A Autópsia seja um dos meus preferidos, e com certeza entra no Top 3 2017 fácil). O que sobrou para esse ano? Mãe? Já provou que não. Jigsaw? Pelo amor de deus, essa franquia á deu o que tinha que dar, e eu não espero absolutamente nada de novo dessa fonte.

    C) É o melhor filme de terror da década? Aí sim, podemos dizer que ainda temos chão. Muita coisa pode acontecer até 2020. Mas com certeza se destaca entre os melhores. Olhando pra trás agora não consigo me lembrar dos grandes sucessos dessa década, Hush foi com certeza um dos melhores. Deve ter alguma coisa do James Wan, o primeiro Invocação do Mal foi ótimo, o segundo foi mais do mesmo. Insidious nem se fala, começa bom e termina uma baboseira, assim como o restante da trilogia. Mas Babadook não tem a menor chance. É sem sombra de dúvidas um dos filmes mais superestimados da história, e olha que fui assistir com nenhuma expectativa. Aah Let The Right One In é sensacional.

    RESUMINDO:

    O segredo do secesso do IT é que ele é um filme que já tinha o seu terreno garantido há muito tempo. Principalmente por retratar um personagem extremamente emblemático. Um palhaço, que por si só, já carrega toda uma aura de mistério. Aí você soma isso com a história real do infame John Wayne Gacy (o palhaço serial killer da vida real) que inspirou Stephen King a escrever a história, que inspirou uma série de filmes sobre palhaços assassinos que ganharam fama mundial. Some também todo o marketing involuntário, com gente se vestindo de palhaços assustadores para pregar peças nas pessoas anos antes de lançar o filme, todo o marketing pesado que os produtores fizeram para o filme, toda a expectativa criada, onde felizmente conseguiram entregar um filme extremamente competente, que não deixou os fãs do livro ou da mini série desapontados, surpreendendo e agradando até mesmo Tim Curry e Stephen King (que assistiu o filme umas 3 vezes).

    IT é um filme ótimo, acima da média, mas poderia ter sido MUITO melhor, se o diretor tivesse sido mais ousado. A escolha do ator foi acertada, o cara realmente é bom, embora tenha sido pouco aproveitado, na minha opinião. A parte de atuação mesmo, onde ele realmente fala alguma coisa, são pouquíssimas cenas. E isso foi a parte mais decepcionante pra mim. Ele poderia ter tido cenas onde é mais brincalhão, com mais humor negro, mais sarcástico e mais visceral. Na cena em que o Pennywise sai de dentro de um armário, por exemplo, ele poderia ter tido alguma fala, mas ficou em silêncio, assi como em diversas outras oportunidades. Infelizmente não souberam aproveitar o talento do ator.

    A maquiagem apesar de interessante para um palhaço demoníaco, não precisava ser daquele jeito o tempo todo. Ele poderia ter uma cara mais amigável ao tentar persuadir as crianças. Não precisava ser CREEPY o tempo todo para ser assustador.

    A cena de abertura poderia ter sido muito mais violenta, alá Kill Bill, já que é uma das únicas onde a violência é explícita.

    Sobre ser superestimado ou não: acredito que muita gente acaba tendo uma experiência estragada ao ler muitos comentários, críticas, ver trailers, imagens, etc. Aí acaba estragando a surpresa na hora do filme. Eu mesmo, se pudesse, gostaria de não ter assistido aos trailers e a introdução vazada nos cinemas. Aquela primeira cena onde o Pennywise conversa bastante com o Georgie no bueiro me convenceu totalmente, e eu fui ver com a expectativa de que teria mais cenas assim no filme.

    Enfim, apesar dos erros, o filme teve muito mais acertos. E acredito que algumas coisas interessantes possam ser feitas na segunda parte. O diretor já deixou claro o interesse em explorar mais o palhaço.

    Dou nota 9/10.

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    • 23/09/2017 em 17:50
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      Eitaaa… fui resumir e deu outro texto! rsrsrs

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  • 22/09/2017 em 18:34
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    vc vai ser bastante criticado… u.u

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