Exorcismos e Demônios (2017)

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Exorcismos e Demônios
Original:The Crucifixion
Ano:2017•País:EUA
Direção:Xavier Gens
Roteiro:Carey Hayes e Chad Hayes
Produção:Peter Safran, Leon Clarance
Elenco:Sophie Cookson, Brittany Ashworth, Corneliu Ulici, Javier Botet, Ada Lupu, Radu Banzaru, Catalin Babliuc

Dentro do gênero horror, existem algumas temáticas ou subgêneros que já alcançaram um nível próximo à saturação. Dentre eles, destacam-se os filmes de exorcismos e possessões demoníacas, que remetem a clássicos como O Bebê de Rosemary (1968) e O Exorcista (1973), e que, vira e mexe, sempre voltam à tona com títulos que raramente surpreendem ou trazem algo de minimamente novo ao tema. Portanto, não é surpresa constatar que Exorcismos e Demônios (originalmente programado para ano passado no Brasil e intitulado anteriormente A Crucificação – Demônios São Reais) é mais um exemplar que será logo esquecido.

Xavier Gens ((A) Fronteira (2007) e Hitman – Assassino 47 (2007)) dirige sem empolgação o fraco roteiro escrito por Chad e Carey Hayes (A Casa de Cera, Invocação do Mal), que nos apresenta, como de praxe, a um breve prólogo que se passa na Romênia de 2004 (baseado no caso real do Exorcismo de Tanacu), onde dentro de uma espécie de mosteiro, acompanhamos uma rápida cena de exorcismo. Cortamos para uma semana depois, e passamos a acompanhar a jovem jornalista Nicole Rawlins (Cookson), que vai justamente até o território romeno para descobrir o que ocorreu no caso onde um padre e cinco freiras acabaram presos acusados de assassinato no suposto caso de possessão (O Exorcismo de Emily Rose, alguém??).

Recheado de frases feitas e clichês, o longa conta ainda com atuações mecânicas, especialmente a do padre, que parecer ter sido selecionado na agência de modelos e que parece ter decorado seu texto. Nesse aspecto talvez apenas a protagonista se esforce para pôr vida em sua personagem. Já os clichês do gênero não conseguem ser evitados, como na cena onde uma forasteira recebe olhares desconfiados dos habitantes locais, ou mesmo no excesso de intromissões que servem como jumpscares que igualmente servem apenas como enchimento de linguiça para um filme de ritmo lento. Já as frases soltas de personagens tentam imprimir algum suspense ao longa, mas tudo é tão manjado que tal artifício mais prejudica o ritmo do filme do que ajuda.

Curiosamente, mesmo com todo o andamento lento e soporífero do roteiro, o longa decide apostar todas as suas fichas numa cena de exorcismo canhestra que dura menos de dois minutos e se resolve da maneira mais simples e entediante possível. Já é possível afirmar que, pelo menos no cinema desta nova década, o diabo não é mais tão feio assim como se pinta…

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Marcus Augusto Lamim

Um seguidor fiel do cinema em todos seus formatos e gêneros, amante de rock e do gênero fantástico, roteirista amador e graduando em química.

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