Escape Room (2019)

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Escape Room
Original:Escape Room
Ano:2019•País:Canadá, EUA
Direção:Adam Robitel
Roteiro:Bragi F. Schut, Maria Melnik
Produção:Ori Marmur, Neal H. Moritz
Elenco:Taylor Russell, Logan Miller, Jay Ellis, Tyler Labine, Deborah Ann Woll, Nik Dodani, Yorick van Wageningen, Cornelius Geaney Jr., Jessica Sutton, Paul Hampshire, Vere Tindale, Kenneth Fok

Definir Escape Room é semelhante a pensar em uma operação matemática. Aqui temos uma soma dos filmes mais fracos da franquia Jogos Mortais com elementos de Premonição, Cubo, O Albergue e um pouco do desenho animado Scobby Doo. O roteiro escrito por Bragi F. Schut e Maria Melnik usa descaradamente referências destes títulos, mas o resultado não passa do irregular.

A trama, dirigida por Adam Robitel, do fraco Sobrenatural – A Última Chave, acompanha um grupo de seis personagens. Quatro homens e duas mulheres foram convidados para participarem de um escape room. Trata-se de um jogo imersivo de sala de fuga no qual eles terão que passar por provas até que um único vencedor chegue ao final do jogo para receber uma grande quantia em dinheiro. Na primeira prova o grupo já descobre que trata-se de uma luta mortal na qual o maior prêmio vai ser sair com vida do lugar.

Logo nesse começo já nos deparamos com um roteiro preguiçoso e repleto de personagens que são o cúmulo da previsibilidade. Temos a jovem inteligente e extremamente tímida, o rapaz solitário e sem amigos, o executivo bem sucedido e corrupto, o prudente homem mais velho, a loira bonita e destemida e, claro, o nerd chato. Se os personagens são fracos e desinteressantes, ao menos as provas são divertidas para quem está assistindo. De uma sala de espera cuja temperatura aumenta até pegar fogo para logo depois o grupo entrar em um espaço com temperatura abaixo de zero, cada ambiente exige cada vez mais do grupo. Com o tempo se esgotando, o sexteto precisa correr para encontrar as pistas que levem para o próximo desafio. Claro que o grupo vai morrendo com o avançar das salas.

O filme bebe claramente das fontes citadas acima como Jogos Mortais, Premonição, O Albergue e Cubo. Apesar de não existirem provas diretamente ligadas individualmente aos personagens, em diversos momentos é possível lembrar que Jigsaw poderia estar por trás das provas. Algumas das mortes são elaboradas de forma bastante exagerada em referências ao Premonição enquanto a justificativa para os seis estarem participando do jogo é totalmente estilo O Albergue. A referência ao Cubo vem do grupo preso em um espaço repleto de armadilhas e precisar escapar com vida. Claro que Cubo é bem melhor do que Escape Room.

A referência ao desenho Scooby Doo é percebida na constante busca por pistas dos personagens que já entram nas salas a procura de informações. Chega a ser engraçado e estranhamente forçado como algumas destas pistas são encontradas e interpretadas. E como no desenho animado, também temos no final o vilão explicando detalhadamente o seu plano para quem conseguir viver.

Ficou interessado? O filme está em cartaz nas principais salas do país, mas não espere muita coisa. Apesar de alguns momentos divertidos nas provas, temos aqui um produto que provavelmente logo vai cair no esquecimento.

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Filipe Falcão

Jornalista formado e Doutor em Comunicação. Fã de filmes de terror, pesquisa academicamente o gênero desde 2006. Autor dos livros Fronteiras do Medo e A Aceleração do Medo e co-autor do livro Medo de Palhaço.

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