The Handmaid’s Tale (2017)

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The Handmaid’s Tale
Original:The Handmaid’s Tale
Ano:2017•País:Canadá
Direção:Mike Barker, Reed Morano, Kate Dennis, Floria Sigismondi, Kari Skogland
Roteiro:Margaret Atwood, Nina Fiore, John Hererra, Bruce Miller, Dorothy Fortenberry, Leila Gerstein, Lynn Renee Maxcy, Kira Snyder, Wendy Straker Hauser, Eric Tuchman, Ilene Chaiken.
Produção:Bruce Miller, Reed Morano, Warren Littlefield, Margaret Atwood, Elisabeth Moss, Frank Siracusa, Kira Snyder, Eric Tuchman, John Weber, Leila Gerstein, Joseph Boccia, Mike Barker, Sheila Hockin, Ilene Chaiken, Dorothy Fortenberry
Elenco:Elisabeth Moss, Joseph Fiennes, Yvonne Strahovski, Alexis Bledel, Madeline Brewer, Ann Dowd, O. T. Fagbenle, Max Minghella, Samira Wiley, Amanda Brugel, Ever Carradine, Kristen Gutoskie, Tattiawna Jones, Nina Kiri e Jordana Blake

Em um futuro distópico os Estados Unidos tornaram-se a República de Gilead, após o Estado ser derrubado por um regime totalitário e teocrático que culminou na instalação de uma guerra civil. Nesse novo sistema, as mulheres são privadas da liberdade e tornam-se propriedades do Estado, não possuem direitos e são divididas em castas, sendo definidas unicamente pelas funções que lhes são atribuídas. As pessoas passam a ser vigiadas à todo momento pelos Olhos do Governo, e quem ousar se impor ou se opor à qualquer medida estabelecida pagará com a morte por enforcamento.

As Esposas, as Filhas, as Tias, as Marthas, as Econoesposas, as Viúvas e por fim as Aias, do inglês Handmaid de onde provém o título original da série, consistem nas denominações atribuídas às castas, reunindo mulheres que foram classificadas para ocuparem lugares fixos nessa divisão, os quais são marcadamente determinados até mesmo pela identidade visual, no figurino imposto à cada uma delas (as Esposas usam azul; as Filhas vestem branco; as Tias responsáveis por educar, vigiar e, quando necessário punir as Aias sobre penas de mutilação, vestem marrom; as Marthas responsáveis pelos serviços domésticos, usam verde; as Econoesposas pertencentes à classe média, vestem roupas coloridas; as Viúvas usam preto e as Aias, como forma de exaltar a casta à que pertencem, usam vermelho).

Como o próprio título diz, em The Handmaid’s Tale os membros da classe das Aias (ou Handmaid) são as peças centrais que acompanhamos na trama da série que retrata a vida sofrida e perturbadora dessas jovens mulheres férteis que, transformadas em servas, vivem exclusivamente para servir os homens que as governam, os ditos comandantes. A submissão das Aias é tão devastadora que elas são até mesmo privadas de seus nomes próprios, e consequentemente perdem sua identidade, passando a ser designadas por variantes dos nomes dos chefes dos domicílios a quem pertencem (por exemplo: OfFred, OfGlenOfWarren e assim por diante), e tendo apenas uma única função, regularmente serem estupradas por seus respectivos comandantes durante um “ritual” denominado cerimônia (baseado na história bíblica de Jacob, sua esposa Raquel e a serva Bila), com a finalidade de procriar para as famílias destes homens poderosos e de suas esposas estéreis.

No universo de The Handmaid’s Tale essa “função” das Aias é considerada uma virtude nobre e milagrosa visto que, dentre os fatores que culminaram para instalação deste novo regime, estava à infertilidade generalizada das mulheres que assolava o mundo globalizado.

Uma grande parcela do sucesso de série se deve a excelente atuação da protagonista, a atriz Elisabeth Moss (que já havia sido elogiada por sua interpretação como a secretária Peggy Olson na série Mad Men). Pertencendo à casta das Aias, Moss que “perde” seu nome real June Osborne e passa a ser designada como Offred, consegue nos cativar e nos transmitir toda a sua dor, seu medo e seu desespero somente com o seu olhar em diversas situações, sem contar os inteligentes, corajosos, determinados e por vezes sarcásticos diálogos proferidos, que muitas vezes acompanhamos na narrativa em primeira pessoa junto à protagonista, no único lugar seguro que lhe resta para expressar seus reais sentimentos e pensamentos: dentro de sua própria mente.

Além de Moss o elenco da série ainda conta com outros grandes nomes destacando Joseph Fiennes (Comandante Waterford), Alexis Bledel (OfGlen), Samira Wiley (Moira), Ann Dowd (tia Lydia) e Yvonne Strahovski (Serena Joy Waterford), junto a outros atores e atrizes talentosos.

Adaptada do romance escrito pela canadense Margaret Atwood em 1985, intitulado O Conto da Aia, ou, em inglês, The Handmaid’s Tale, essa série dramática original da Hulu, um canal de streaming semelhante à Netflix, teve potencial para conquistar várias premiações e provou ser uma das favoritas do ano, dado o poder de sua mensagem e dos debates incitados com sua premissa extremamente perturbadora capaz de inevitavelmente gerar desconforto e pensamentos contemplando que, considerando a nossa sociedade atual, a cruel e apavorante realidade retratada na série não é algo assim tão improvável e distante de acontecer.

The Handmaid’s Tale ostentou treze indicações aos prêmios Emmy, vencendo nas categorias de Melhor Série Dramática, Melhor Atriz em Série Dramática para Elisabeth Moss, Melhor Atriz Coadjuvante em Série Dramática para Ann Dowd, Melhor Direção em Série Dramática para Reed Morano e Melhor Roteiro em Série Dramática para Bruce Miller, tornando o Hulu o primeiro serviço de streaming a ganhar um Emmy Award de melhor série.

A primeira temporada de The Handmaid’s Tale encerra-se com seu décimo episódio sinalizando uma ponta de esperança para que os sentimentos de revolta incitados a todo instante na série, ao final possam começar a ganhar forma, algo que provavelmente poderemos conferir em sua sequência já que a série foi renovada para sua segunda temporada com previsão de estreia em abril de 2018 e com potencial para brilhar novamente.

Teaser da segunda temporada:

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Pat Mendes

Fã do gênero horror desde quando as sessões da tarde exibiam estes tipos de filmes. Além do amor pelo terror é uma médica veterinária apaixonada por criptozoologia.

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