Unmasked – Part 25 (1988)

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OUTRAS SÁTIRAS DE SLASHER MOVIES

STUDENT BODIES (1981, EUA)

Student Bodies (1981)
Direção: Mickey Rose e Michael Ritchie (creditado como Alan Smithee)
Praticamente 20 anos antes do primeiro Todo Mundo em Pânico, o mundo do cinema já fazia uma das primeiras comédias (isso se não for “a” primeira) satirizando os clichês dos slasher movies, que naquele ano estavam em alta com o lançamento de Sexta-Feira 13 – Parte 2, Dia dos Namorados Macabro, Halloween 2 e The Burning – Chamas da Morte, entre outros. A trama mostra um assassino chamado “The Breather” (por causa da sua respiração arfante, satirizando a respiração de Michael Myers através da máscara na série Halloween), que aterroriza os estudantes bobalhões de uma escola. O início é numa noite de Halloween (hehehehe), quando uma babysitter é aterrorizada pelos telefonemas ameaçadores do psicopata (satirizando O Mensageiro da Morte). Mais adiante, durante uma Sexta-Feira 13 (!!!), o vilão dedica-se a matar jovens que fazem sexo. A identidade do assassino é uma surpresa que será revelada apenas no final, como a série Pânico transformaria em clichê nos anos 90. Sobram ainda brincadeiras com Prom Night (vários assassinatos acontecem durante o baile de formatura dos alunos), Psicose, Black Christmas e Carrie, A Estranha, num filme bastante divertido que infelizmente nunca foi lançado no Brasil. Vale reproduzir a frase do cartaz: “13 ½ assassinatos + 1.423 risadas = Student Bodies“.

WACKO – UMA COMÉDIA MALUCA (Wacko, 1982, EUA)

Wacko (1982)
Direção: Greydon Clark
Esta pérola chegou a ser lançada no Brasil, nos primórdios do VHS, mas há décadas está fora de catálogo. Aqui o resultado já puxa mais para a comédia nonsense do que para o terror, lembrando o estilo dos amigos Jim Abrahams e David e Jerry Zucker, diretores de Apertem os Cintos, O Piloto Sumiu e Corra que a Polícia Vem Aí! Na trama, o misterioso assassino mascarado (que usa uma cabeça-de-abóbora para cobrir o rosto, numa referência à série Halloween) atende pela alcunha de “Lawnmower Killer” (Assassino do Cortador de Grama), e é responsável por vários crimes sangrentos que são investigados por um detetive aloprado e movido a cafeína (interpretado por Joe Don Baker). O suspeito número 1 é o cirurgião vivido por George Kennedy, que sempre vai trabalhar levando uma serra elétrica!!! A lista de brincadeiras e referências é enorme, desde a escola chamada “Alfred Hitchcock High” (cujo time de futebol é “The Birds“!!!), até cabeças girando (à la O Exprcista), mães empalhadas (à la Psicose) e garotinhos malvados chamados Damien (A Profecia). O filme nem sempre é engraçado, e várias piadas são bastante infames (como o grito de guerra do assassino, “Death to all teenagers who fuck!!!“), mas ainda assim é bem mais divertido que muitos slasher movies supostamente sérios.

PANDEMONIUM (1982, EUA)

Pandemonium (1982)
Direção: Alfred Sole
Uma raridade do mesmo diretor de um slasher injustamente esquecido dos anos 70, Comunhão. Parece até que Sole está tirando um sarro dele mesmo: o filme começa com o assassinato de algumas garotas numa “escola de cheerleaders“. Anos depois, quando o local é reaberto, novos assassinatos se tornam freqüentes, atraindo a atenção de um investigador da Polícia Montada (!!!) e do xerife da localidade (interpretado por Paul Reubens, o Pee-Wee Herman!). Os principais suspeitos são um assassino que mata usando uma furadeira, e que recentemente fugiu da prisão, e ainda um psicopata mascarado que acabou de escapar do hospício, e que é perseguido obsessivamente pelo seu psiquiatra (Halloween, alguém?). Uma das piadas mais criativas é a apresentação dos personagens, logo no início: cada um entra em cena com uma legenda que os identifica como “Vítima número 1“, “Vítima número 2“, e por aí vai. No terreno da sátira, sobram brincadeiras com Tubarão, Psicose, Carrie, Sexta-Feira 13, O Iluminado e até Vestida para Matar! Vale também pelo elenco, que tem pequenas participações de Judge Reinhold, Carol Kane (a babá de O Mensageiro da Morte) e Marc McClure. Nunca foi lançado no Brasil e continua inédito em DVD mesmo nos Estados Unidos.

LOUCOS, BIRUTAS E DEBILÓIDES (The Silence of the Hams/Il Silenzio dei Prosciutti, 1994, Itália)

The Silence of the Hams (1994)
Diretor: Ezio Greggio
O título nacional besta destruiu a brincadeira com O Silêncio dos Inocentes (a tradução mais correta seria “O Silêncio dos Presuntos“), filme que é a grande fonte de brincadeiras desta comédia nonsense italiana. Sim, você leu direito: o filme é italiano, e eu nunca consegui entender como tantos atores e diretores famosos dos Estados Unidos entraram nessa furada, que simplesmente não tem graça alguma. O próprio diretor e roteirista Greggio aparece como ator, interpretando Antonio Motel, o proprietário de um sinistro motel de beira de estrada (sátira a Psicose). Quando misteriosos assassinatos começam a acontecer no local, entra em cena o agente do FBI Jo Dee Foster (!!!), interpretado por Billy Zane, e que, para tentar prever os passos do psicopata, vai ao encontro de um certo psiquiatra canibal internado num hospício, o dr. Animal Cannibal Pizza (Dom DeLuise). Há várias brincadeiras mais “modernas” com, por exemplo, Instinto Selvagem e Bram Stoker´s Drácula, e a curiosa presença de Martin Balsam repetindo seu papel no Psicose de Hitchcock. Mas, na falta de piadas decentes, sobra apenas um elenco de primeira, composto por atores conhecidos como Zane, Balsam, DeLuise, Joanna Pacula, Shelley Winters e até Bubba Smith (aquele negro enorme da série Loucademia de Polícia), além de pequenas participações dos diretores Mel Brooks, John Carpenter, Joe Dante e John Landis. Só faltou mesmo ser engraçado…

PÂNICO NA ILHA (Broken Lizard’s Club Dread, 2004, EUA)

Pânico na Ilha (2004)
Direção: Jay Chandrasekhar
Sangrenta comédia realizada pela trupe humorística norte-americana Broken Lizard, e que não dá nenhuma saudade da infame série Todo Mundo em Pânico. Esta, na verdade, é uma das melhores sátiras aos slasher movies já realizadas: numa ilha tropical que funciona como resort de férias, administrada por um roqueiro maluco chamado Coconut Pete (interpretado por Bill Paxton), um assassino mascarado vem matando violentamente (e violentamente mesmo!) hóspedes e funcionários do hotel. Há diversos suspeitos, e as pistas para chegar à sua identidade podem estar nas letras das velhas músicas de Coconut Pete. Entre muita mulher pelada e piadas de baixo nível envolvendo drogas e sacanagem, o filme se sai acima da média porque ainda tenta criar suspense e mistério. Entre os momentos impagáveis, a brincadeira com o fato de psicopata de slasher movie sempre ficar voltando teimosamente da morte, mesmo quando é dividido no meio pelo motor de uma lancha (!!!). Vale, ainda, pela presença de Jordan Ladd, a gostosa de Cabana do Inferno, aqui pelada. Tente reconhecer as brincadeiras com Halloween, Sexta-Feira 13, Tubarão e Psicose.

BRUTAL MASSACRE: A COMEDY (2007, EUA)

Brutal Massacre (2007)
Direção: Stevan Mena
Tentativa de brincar com os clichês do gênero, dirigida e roteirizada pelo responsável por um interessante slasher contemporâneo, o ótimo Malevolence. A história, narrada em forma de falso documentário, acompanha um decadente diretor de filmes de horror (ironicamente interpretado pelo ex-astro de filmes de horror David Naughton, de Um Lobisomem Americano em Londres), que há anos só produz porcarias, e cuja carreira está no fundo do poço. Sua última chance é filmar o roteiro de um slasher movie chamado “Brutal Massacre“. Quando assassinatos reais acontecem no set, o diretor resolve levar as filmagens até o fim e completar aquele que pode ser seu último filme – literalmente! Brincando com filmes antigos e também com os mais recentes, esta produção independente tem o elenco dos sonhos de todo fã de horror: Gunnar Hansen (o Leatherface original), Ellen Sandweiss e Betsy Baker (duas das garotas do clássico Evil Dead), Ken Foree (de Dawn of the Dead), além do diretor Mick Garis como ele mesmo e do “balconistaBrian O’Halloran, dos filmes de Kevin Smith. Vá rezando que lá por 2035 alguém resolve lançar esta pérola aqui no Brasil. O pôster satirizando a série Jogos Mortais já funciona como piada à parte.

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Felipe M. Guerra

Jornalista por profissão e Cineasta por paixão. Diretor da saga "Entrei em Pânico...", entre muitos outros. Escreve para o Blog Filmes para Doidos!

3 thoughts on “Unmasked – Part 25 (1988)

  • 15/05/2021 em 00:20
    Permalink

    O Filme já se encontra disponível no You tube, completo e em versão legendada.

    Resposta
  • 29/03/2014 em 18:10
    Permalink

    Apesar de ser uma cópia de The Toxic Avenger , numa mistura de humor , romance e gore esse filme deve ser louco , vou procurá – lo .

    Resposta

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