Fear the Walking Dead – 2ª Temporada (2016)

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Fear the Walking Dead (2016) – 2×05: Captive

Fear the Walking Dead (2016) (1)

Fear the Walking Dead: Monster
Original:Fear the Walking Dead: Monster
Ano:2016•País:EUA
Direção:Craig Zisk
Roteiro:Carla Ching
Produção:Pablo Cruz, Avram 'Butch' Kaplan, Alan Page, Arturo Sampson
Elenco:Kim Dickens, Cliff Curtis, Frank Dillane, Alycia Debnam-Carey, Colman Domingo, Mercedes Mason, Lorenzo James Henrie, Rubén Blades, Arturo del Puerto, David Warshofsky, Catherine Dent, Jeremiah Clayton, Aria Lyric Leabu, Jake Austin Walker, Michelle Ang, Brendan Meyer

Todas as expectativas apresentadas no episódio anterior Blood in the Streets, o melhor da temporada, foram por água abaixo em Captive. Dava a impressão que teríamos sequências de tensão, enquanto o pequeno grupo de navegantes tentaria resgatar do cativeiro Alicia (Alycia Debnam-Carey) e Travis (Cliff Curtis), tendo que enfrentar um bando de piratas armados, em situações vistas em bons episódios de The Walking Dead. Infelizmente, optaram pelas soluções mais fáceis e incômodas, levantando questões sobre o poderio dos inimigos diante de tamanha fragilidade e ingenuidade de seus atos.

Enquanto Connor (Mark Kelly), Jack (Daniel Zovatto) e mais alguns mantinham Alicia e Travis em um barco, sendo que a primeira em uma situação mais tranquila e o outro numa cela no convés, no Abigail, Daniel (Rubén Blades) tenta manter Reed (Jesse McCartney) vivo, apesar da gravidade do ferimento, sob os cuidados do inconsequente Chris (Lorenzo James Henrie). Strand (Colman Domingo) dá a Madison (Kim Dickens) 12 horas para concluir o resgate, mesmo com a pressão de Luis Flores (Arturo del Puerto) para que a viagem ao México continue.

Fear the Walking Dead (2016) (2)

Em comunicação com os sequestradores, Madison sugere uma troca envolvendo Travis e Reed, enquanto Alicia procura a sua própria maneira de escapar da embarcação, não deixando muito claro se ela nutre sentimentos por Jack ou apenas afeição. Sem entender porque foi mantido como prisioneiro, Travis descobre como o grupo foi atacado e sua função ali com a chegada de Alex (Michelle Ang), a garota que fora deixada à deriva por Strand e agora serve ao grupo de piratas. Nota-se um certo rancor na japonesa pelo tratamento dado, sem a defesa de Travis e os demais.

E zumbis? Fear the Walking Dead não se passa durante uma febre de pessoas mortas voltando à vida? Para justificar o mote, aparece apenas um, mas que tem uma importância capital para o clímax do episodio, no momento da troca, comprovando aquilo que eu disse no final do primeiro parágrafo. Além da sequência não ter uma condução adequada, já que a direção de Craig Zisk (em sua estreia na série) é muito simplória, o roteiro de Carla Ching (em sua estreia oficial como roteirista) é muito raso e sem emoção, seja nos diálogos entre Travis e Alex como na maneira como Alicia encontrou o caminho de casa.

Faltando tensão, emoção e obstáculos, Captive é o momento em que a série poderia apostar mais no conflito, mas acabou optando pelo mais óbvio, acionando o sinal de alerta sobre o que esperar nos episódios finais da primeira metade da temporada.

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Marcelo Milici

Professor e crítico de cinema há vinte anos, fundou o site Boca do Inferno, uma das principais referências do gênero fantástico no Brasil. Foi colunista do site Omelete, articulista da revista Amazing e jurado dos festivais Cinefantasy, Espantomania, SP Terror e do sarau da Casa das Rosas. Possui publicações em diversas antologias como “Terra Morta”, Arquivos do Mal”, “Galáxias Ocultas”, “A Hora Morta” e “Insanidade”, além de composições poéticas no livro “A Sociedade dos Poetas Vivos”. É um dos autores da enciclopédia “Medo de Palhaço”, lançado pela editora Évora.

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