Roedores da Noite (1995)

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Roedores da Noite
Original:Burial of the Rats
Ano:1995•País:EUA, Rússia
Direção:Dan Golden
Roteiro:Adrien Hein, Tara McCann, Daniella Purcell, Bram Stoker, Somtow Sucharitkul
Produção:Roger Corman, Mike Elliott, Anatoly Fradis
Elenco:Adrienne Barbeau, Maria Ford, Kevin Alber, Olga Kabo, Eduard Plaxin, Vladimir Kuleshov, Leonid Timtsunik, Maya Menglet, Yuriy Kutsenko

O jovem escritor Bram Stoker é capturado no meio da noite por uma seita de mulheres russas gostosas…olhos mais apimentados poderiam mudar o nome deste filme para “As aventuras sexuais de Bram Stoker“. Bem, é quase isso…

Nesta produção de Roger Corman feita diretamente para a TV, baseada em um conto do mestre Stoker, a história tem como protagonista o próprio escritor, mas Bram como personagem não é tão empolgante quanto seus textos (pelo menos neste filme) e Roedores da Noite, apesar de ser um filme curto, é mal executado e termina morrendo na fronteira entre o medíocre e o fraco.

No começo do filme, papai Stoker (Eduard Plaxin) e seu filho Bram (Kevin Alber) estão em uma carruagem indo para o vilarejo de Saint Cecile localizado na França, mas são atacados por algo desconhecido que deixou seu cocheiro literalmente reduzido aos ossos em poucos segundos. Em seguida os dois subitamente sofrem uma investida de um grupo encapuzado, e papai Stoker é ferido, mas consegue matar um deles, ao passo que Bram é capturado e levado para uma prisão em um lugar desconhecido.

Para a surpresa de todos o grupo encapuzado é formado apenas por mulheres, e logo somos apresentados às duas raptoras do rapaz, Anna (Olga Kabo), que não foi com a cara do homem desde quando chegou e Madeleine (Maria Ford, Dança Macabra), que é mais simpática e isto significa que formará o par romântico com Bram.

Stoker filho é condenado à morte em uma cerimônia sob o comando da rainha (a veterana Adrienne Barbeau de A Bruma Assassina, Dois Olhos Satânicos, Creepshow), que comanda uma horda de ratos, mas a compaixão de Madeleine o livra de seu fatídico destino. Enquanto isso, Stoker pai tenta libertar o filho, mas os comandantes da cidadezinha são cagões demais para invadir o lar das mulheres-rato.

O fato de Bram Stoker ser escritor o faz cair nas graças da rainha que solicita ao rapaz que relate seus assaltos contra os homens sujos e corruptos da cidade de Saint Cecile. Para a fúria de Anna, Bram logo começa a ganhar a confiança da rainha e se envolve fisicamente com sua protegida Madeleine, ao mesmo tempo seu pai busca encontrar por conta própria o esconderijo onde seu filho é mantido em cativeiro.

Dan Golden, o diretor (que também dirigiu Maria Ford em Obsessão Nua e Paixão Fatal), faz o trivial e até tenta colocar uma coisa mais estilo da Hammer na forma de dirigir, mas falha por ser muito convencional. Talvez por ser uma produção para a TV o sangue necessitou ser amenizado, o que é mais um ponto negativo.

O roteiro, escrito por QUATRO pessoas, é muito simples e foi preciso esticar demais a trama, tornando-a muito lenta, até mesmo para um filme de 78 minutos. As situações soam forçadas demais (como os ratos deixarem apenas os ossos limpinhos de suas vitimas em poucos segundos e Bram Stoker dar uma de Zorro em dados momentos) e outras bobagens como guilhotinas para ratos. Não fosse o climão vitoriano, que eu sempre achei ao mesmo tempo macabro e fascinante, o tempo poderia ser totalmente perdido.

Sobre o cast principal: Kevin Alber não me convenceu como Stoker. Achei que sua interpretação dera um ar um pouco afeminado ao grande escritor, além de manter uma expressão de “cara de bunda sem lavar” quase todo o tempo. A corte da rainha Adrienne Barbeau parece saída da novela Xica da Silva e Maria Ford está no seu papel perfeito: com trajes sumários e falando pouco. Eduard Plaxin faz muito bem o trabalho como papai Stoker, mas suas aparições são muito pequenas. A impressão é tão ruim que a própria Adrienne Barbeau sempre se refere ao filme como “aquele dos ratos“.

Não li este conto de Bram Stoker, portanto vou ficar devendo na comparação (embora tenha lido em outras críticas que muito foi mudado). Portanto analisando como cinema, esse tal Stoker do filme é muito sortudo por ser capturado por tantas mulheres gostosas (se serve de informação a maioria das figurantes são russas), mas a empolgação fica apenas com ele, pois tirando o excesso de nudez sobra pouco espaço para roteiro e desenvolvimento de personagens. É um medíocre softcore erótico e um filme de suspense muito fraquinho, pra se assistir com um dedo no FF do controle remoto…

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Gabriel Paixão

Colaborador e fã de bagaceiras de gosto duvidoso. Um Floydiano de carteirinha que tem em casa estantes repletas de vinis riscados e VHS's embolorados. Co-autor do livro Medo de Palhaço, produz as Horreviews e Fevericídios no Canal do Inferno!

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