Fear the Walking Dead – 2ª Temporada (2016)

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Fear the Walking Dead (2016) – 2×04: Blood in the Streets

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Fear the Walking Dead: Monster
Original:Fear the Walking Dead: Monster
Ano:2016•País:EUA
Direção:Michael Uppendahl
Roteiro:Kate Erickson
Produção:Pablo Cruz, Avram 'Butch' Kaplan, Alan Page, Arturo Sampson
Elenco:Kim Dickens, Cliff Curtis, Frank Dillane, Alycia Debnam-Carey, Colman Domingo, Mercedes Mason, Lorenzo James Henrie, Rubén Blades, Arturo del Puerto, David Warshofsky, Catherine Dent, Jeremiah Clayton, Aria Lyric Leabu, Jake Austin Walker, Michelle Ang, Brendan Meyer

Consequências! Talvez esse seja um título mais adequado para o quarto episódio de Fear the Walking Dead. “Sangue nas Ruas” não é ruim, se levar em consideração seu significado não tão literal, mas foram as consequências de certas situações que ocasionaram o que foi visto em cena, ensinando aos sobreviventes que o passado e alguns pecados sempre retornam para assombrar.

Após o abandono de Alex (Michelle Ang) e Jake (Brendan Meyer) numa boia, em mais uma atitude desesperada de Strand (Colman Domingo), o público começa a entender suas ações quando o passado vem à tona em flashbacks. Antes do apocalipse zumbi varrer a raça humana, ele estava numa situação complicada financeiramente até conhecer Thomas Abigail (Dougray Scott, de Na Toca do Tigre, 2015), um milionário perdido numa viagem. Strand aproveita a bebedeira e o rouba, resolvendo suas situações e ao mesmo tempo dando-lhe uma nova identidade. Abigail o encontra algum tempo depois, já anunciando que ele terá que devolver o dinheiro de alguma maneira, e os dois acabam iniciando uma relação sólida o suficiente para justificar no presente a condução da embarcação para o México.

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O problema é que o presente anda extremamente conturbado com a chegada de um pequeno barco e três pessoas. Uma delas é Jack (Daniel Zovatto, de Corrente do Mal, 2014), o “namorado” via rádio de Alicia (Alycia Debnam-Carey) e que possui conhecidos com intenções agressivas. Logo todos se tornam reféns do trio – algo não justificado pela situação que permitiria uma reação – e aguardam a chegada do chefe, conhecido como Connor (Mark Kelly). Enquanto isso, Nick (Frank Dillane) está numa missão para Strand em terra firme, em busca do amigo Luis Flores (Arturo del Puerto), que facilitará o acesso ao México. Sabendo como se camuflar diante dos zumbis, o garoto
preenche seu corpo com as entranhas de um morto para encontrar o rapaz, embora já fique sabendo que o destino final não será para todos de sua família.

O interessante de Blood in the Streets está na movimentação. O dinamismo das três narrativas – o passado de Strand, a missão de Nick e o sequestro – flui adequadamente, mantendo a atenção do espectador pelas inúmeras possibilidades apresentadas. Aos poucos, Fear the Walking Dead começa a se aproximar da série principal, novamente apostando nas relações humanas e na falta de caráter de algumas pessoas em situações extremas, tendo os mortos como coadjuvantes e símbolos desses conflitos. Por conta dessa movimentação, o episódio, dirigido por Michael Uppendahl, a partir de um enredo desenvolvido por Kate Erickson, ganha pontos até mais do que o anterior pela ampliação do interesse do público.

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E parece que o próximo continuará nesse mesmo ritmo, envolvendo uma missão de resgate em alto-mar. Se mantiverem essa narrativa bem construída, é possível que a série inicie definitivamente uma nova fase, mais ousada e intensa. Caso contrário, há grandes chances de futuramente naufragar.

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Marcelo Milici

Professor e crítico de cinema há vinte anos, fundou o site Boca do Inferno, uma das principais referências do gênero fantástico no Brasil. Foi colunista do site Omelete, articulista da revista Amazing e jurado dos festivais Cinefantasy, Espantomania, SP Terror e do sarau da Casa das Rosas. Possui publicações em diversas antologias como “Terra Morta”, Arquivos do Mal”, “Galáxias Ocultas”, “A Hora Morta” e “Insanidade”, além de composições poéticas no livro “A Sociedade dos Poetas Vivos”. É um dos autores da enciclopédia “Medo de Palhaço”, lançado pela editora Évora.

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