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Terror na Copa

O Brasil é o país do futebol e disso ninguém duvida. Mesmo com todos os protestos e corrupção por parte de políticos e grupos envolvidos nas obras da Copa, o esporte se mantém no topo como paixão nacional. E se o futebol é considerado uma paixão masculina, os jogos da seleção brasileira vão além atingindo praticamente a maioria da população brasileira, incluindo mulheres, idosos, crianças, ricos e pobres. E na Copa do Mundo, essa paixão futebolística parece crescer ainda mais fazendo com que praticamente todo o país pare com a finalidade de assistir as partidas envolvendo o time brasileiro.

Saindo do mundo dos esportes e chegando ao universo do entretenimento, cabe ao cinema ocupar o pódio de paixão nacional. Difícil encontrar alguém que não goste de assistir a filmes, seja em uma luxuosa sala de projeção, ou no conforto do lar através de aparelhos de DVD, TVs por assinatura ou películas baixadas pela internet.

Apesar da produção cinematográfica brasileira ainda ser pequena com relação aos mercados norte-americano, europeu e asiático, os filmes nacionais cada vez mais demonstram sinais de agradarem a um público próprio com trabalhos reconhecidos pela crítica especializada. O próprio universo futebolístico brasileiro já serviu de tema para a elogiada produção nacional Boleiros (1998), do diretor Ugo Giorgetti, além da sequência, Boleiros 2 (2005).

E como prática esportiva, as partidas vistas na Copa lembram verdadeiros filmes dos mais variados gêneros, com toques de aventura, momentos de drama, muito suspense e até um pouco de comédia. Pensando nisso, o Boca do Inferno resolveu lançar um desafio: imaginar como seria um filme de terror ou suspense feito pelo Brasil e envolvendo o tema futebol durante a atual Copa. As opções seriam infinitas e ideias bem diversificadas não faltariam. Experiência em produções de terror o país já tem. De alguns anos para cá, o número de obras do gênero cresceu seja em longas e curtas.

Resolvemos então apresentar algumas tramas fictícias para fazer você pensar nos possíveis resultados desta união entre futebol com o cinema de terror e a atual seleção brasileira. E para que tais produções possam parecer realmente como filmes reais, colocamos, inclusive, alguns clichês típicos do gênero. Abaixo estão alguns possíveis caminhos que a história poderia seguir:

1- Partindo para o conhecido e trivial estilo de produção que aborda o tema “assassino misterioso”, como em Pânico (Scream, 1996), bastaria colocar um matador misterioso que começaria a dar cabo de alguns jogadores enquanto a Copa fosse acontecendo. E ele não mataria coadjuvantes, mas sim alguns dos principais craques do time. Se a morte de Janet Leigh antes da metade de Psicose (Psycho, 1960) marcou a produção, imaginem matar Neymar antes das oitavas de final? Enquanto isso, os jogos iriam prosseguindo e para cada titular que fosse morrendo, um jogador reserva assumiria a vaga.

Importante lembrar que esse assassino seria esperto e não deixaria os corpos espalhados por aí. Ele esconderia cada um dos mortos para que os jogos continuassem, o que acabaria fazendo com que a imprensa especulasse que alguns titulares teriam desistido da Copa. Calma, lembre-se que estamos falando de uma possível trama de suspense e terror, então não se preocupe muito com lógica, pois ela geralmente não está presente nessas produções. No final, uma repórter esperta descobriria o mistério dos titulares desaparecidos, assim como a identidade dos assassinos (sim, mais de um). Eles seriam quatro jogadores reserva e inconformados com o técnico nunca fazer alterações durante as partidas. Desta forma, eles perceberiam que, a única forma de jogarem e evitarem que o Brasil perdesse, seria matando seus titulares, que não andavam nada bem de bola.

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2 – Na fictícia trama, haveria um assassino que atacaria em todas as cidades na qual a seleção brasileira estivesse competindo. Mas este vilão mataria pessoas próximas de um jogador específico. Primeiro um assessor seria degolado, depois o preparador físico era trucidado, sempre durante os dias em que não acontecessem jogos. Mas existiria um detalhe curioso, pois o assassino seria fisicamente idêntico com o Felipão, o que acabaria confundindo a polícia, que começaria a achar que o técnico responderia, na verdade, como o autor dos crimes.

Receoso com a repercussão que isso pudesse trazer, Felipão seria afastado e o time ficaria sem técnico. Longe dos jogos finais, Felipão precisaria correr contra o tempo para provar sua inocência, prender o verdadeiro criminoso e conseguir garantir a vitória para o Brasil. Qual seria a motivação do assassino? Ele poderia ser um irmão gêmeo do técnico, que teria sido abandonado pelos pais por ter nascido com alguma doença grave. Mas ele acabaria sobrevivendo graças à medicina alternativa, embora nunca tenha conseguido ser uma pessoa saudável. Quando tomou conhecimento do irmão famoso, não lhe pareceu justo que Felipão tivesse fama e fortuna, enquanto ele, nada…

3 – Ainda no campo do assassino psicopata (esse tema rende), poderíamos ter uma história de um misterioso serial killer que começaria a mandar estranhos bilhetes ameaçadores para jogadores e membros da comissão técnica, que não dariam crédito às mensagens julgando serem bobagens escritas por um desocupado qualquer. Até que um reserva é encontrado morto em uma rua escura, como se tivesse sido vítima de um assalto. Logo depois, um titular seria achado por camareiros do hotel com uma corda amarrada no pescoço, o que levaria as autoridades a pensarem que o pobre atleta tivesse praticado suicídio.

O misterioso assassino continuaria rondando a seleção em busca de uma próxima vítima, até que um membro da segurança dos jogadores, que estaria desconfiado das estranhas mortes conseguiria chegar à identidade do serial killer. Este seria um ex-jogador, que pertenceu à seleção brasileira na década de 80 e ficou louco após ter sido o responsável pela perda do Brasil na Copa do México. Este roteiro também funcionaria como um esredo do desenho Scooby Doo.

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4 – Partindo um pouco para o lado sobrenatural, o hotel em que a seleção ficaria hospedada poderia ser assombrado por alguma maldição antiga. O lugar teria sido palco de um massacre, cerca de 200 ou 300 anos antes, praticado por um fazendeiro contra um grupo de escravos. Quando a construção reabrisse como um luxuoso hotel, a seleção brasileira seria a primeira delegação a ficar hospedada lá. Não demoraria muito para que estranhos barulhos fossem ouvidos durante a noite como bebês chorando, além de alguns jogadores verem estranhas pessoas circulando pelos escuros corredores do castelo pela madrugada.

Claro que isso mexeria com os nervos de qualquer pessoa e no caso dos jogadores, resultaria numa fraca atuação nos campos. Algum reserva bonzinho poderia ser sensitivo e sonhar com eventos do passado, o quê o ajudaria a entender os estranhos acontecimentos. Preocupado, ele poderia falar com os moradores mais antigos do lugar e tentaria desvendar o mistério, além de convencer seus amigos a deixarem rapidamente o local. E claro, poderiamos ter um padre exorcista para benzer o lugar.

5 – Se formos levar este filme para um caminho trash, temos ainda mais possibilidades de criar uma história interessante. Por exemplo: após o primeiro jogo da Copa, um importante titular cairia da escada do hotel e morreria. Desesperado por perder o “principal jogador da seleção”, o técnico ficaria preocupado, até que o preparador técnico iria chamar Felipão para uma conversa e explicaria que teria a solução para o problema. O veterano falaria que na juventude teria tido um mestre (!!) que possuía conhecimento druida (!!!) e assim aprendeu que o corpo humano, caso fosse estimulado, podia chamar a alma novamente (!!!!).

A decisão é arriscada, afinal, trazer um morto de volta a vida não é das coisas mais comuns de se fazer, mas como o pensamento de Felipão era que a seleção não funcionaria sem determinado jogador, ele resolveria arriscar. Pois numa sessão espírita pra lá de esquisita, ressuscitariam o defunto, que viria com algumas modificações: além de estar visivelmente lento e gordo, ele também se tornaria devorador de carne humana, especialmente de jogadores. E cada pessoa que seria mordida, viraria uma espécie de zumbi. Como acabaria isso tudo? Simples, os Estados Unidos, conscientes de serem uma superpotência, jogariam uma bomba atômica no Brasil, errariam o alvo, atingiriam a Coréia do Norte (geografia nunca é o forte destes filmes) e está declararia a terceira guerra mundial.

* Se alguém se sentiu ofendido com este artigo, aceite as mais sinceras desculpas do seu realizador, que deixa bem claro que não teve a intenção de agredir ninguém através de palavras ou pensamentos.

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3 Comentários

  1. Mas a opção 5 é uma real história real. Ocorreu em 1998 com o Ronaldo na Copa da França.

  2. o próprio futebol já é um terror,só que no mal sentido.

  3. kkkkk as 5 histórias são boas , mais em matar o Neymar pra mim foi a melhor .
    Parabéns Filipe Falcão pela criatividade .

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