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Cada colaborador do Boca do Inferno foi instruído a fazer as escolhas dos melhores e piores de 2015. Os que fizessem comentários sobre as escolhas teriam um post único! Confira a opinião de Ivo Costa e as justificativas!

CATEGORIA DENTISTA (filmes lançados no Brasil em 2015)

Boca sorridente (o filme mais divertido do ano):

Musarañas
(Juanfer Andrés, Esteban Roel)

Apresentado por Alex de La Iglesia, é um filme que aborda uma relação de proteção familiar entre Motse e sua irmã mais nova La Niña. Montse sofre de agorafobia, reflexo de um trauma de sua adolescência. A sanidade da irmã mais velha vai ao limite, quando ajuda o sedutor Carlos – bem próximo do que Annie Walkes fez com Paul Sheldon em Louca Obsessão. O destaque fica para a bela Nadia de Santiago, que interpreta La Niña, e também para Luis Tosar, que rouba a cena como o Pai, mesmo aparecendo em poucas cenas.

Desbocado (filme mais violento, sangrento e ousado que você viu):

As Fábulas Negras
Rodrigo Aragão, José Mojica Marins, Joel Caetano, Petter Baiestorf)

As Fábulas Negras (2014)
As Fábulas Negras (2014)

Rodrigo Aragão é hoje um dos principais responsáveis pela retomada do cinema de Horror no Brasil. Explorando lendas urbanas e o Folclore Nacional, Rodrigo juntou uma galera boa para esta antologia. A começar pelo resgate do Mojica, que ficou responsável pela direção do seguimento “O Saci“, mostrando que ainda tem bala na agulha, e elogiado pela própria equipe como um cara sensacional na direção. É de Joel o melhor segmento, “A Loira do Banheiro“, com influência do cinema italiano e oriental, aplicado a uma lenda urbana que todo mundo conhece. Joel com uma verba pra fazer o curta mostra o porquê seu cinema vem crescendo e hoje é reconhecido como um dos melhores cineastas do gênero no pais. Petter Baiestorf com o “Lobisomen dos Pampas” pega mais leve do que normalmente vemos em seus filmes, o que surpreende, pois ele entrega um excelente história da lenda dos licantropos com um final surpreendente. Rodrigo Aragão com O Monstro do Esgoto, em uma bela e sangrenta crítica social sobre os males e o descaso das autoridades em relação ao meio ambiente. É de Aragão também a “Casa de Iara“, e também o segmento dos garotos que contam as histórias que compõem o longa. É lógico que há litros de sangue, belos monstros, escatologia e muitas risadas.

Boca Aberta (aquele que te surpreendeu…positiva ou negativamente):

Corrente do Mal
(David Robert Mitchell)

Um dos melhores exemplares do gênero lançados no ano, o filme de Mitchell resgata o cinema dos anos 80 em sua estética, mas não deixa de ser atual, ao mostrar uma crítica social em seu subtexto, retratando uma detroit decadente, jovens sem perspectivas que encontram no sexo seus problemas mais graves, mas também a solução – porém, alguém sempre sai prejudicado nessa.

Judas (2015) (2)
Menção Honrosa para We are Still Here, de Ted Geoghegan, e para os curtas Judas, do Joel Caetano, e Ne Pas Projeter, do Cristian Verardi

Bocarra (o melhor filme de 2015):

Mad Max – Estrada da Fúria
(George Miller)

Mad Max (2015) (1)
Charlize Teron rouba a cena como a personagem Imperatriz Furiosa, ao fazer um ousado plano de fuga, das garras do assustador Imortan Joe. Mad Max (Ton Hard) aparece em segundo plano, ao ajudar Furiosa em uma alucinante perseguição de carros no deserto que não parece ter fim no futuro apocalíptico do Universo de Mad Max. Mesmo centrando o filme nas cenas de perseguição, George Miller consegue prender do início ao filme inserindo subtramas e bons pontos de virada no roteiro, dando força a uma personagem feminina – que incomodou alguns machistas de plantão.

Menção honrosa para Star Wars – O Despertar da Força, de JJ Abrams

Boca Banguela (o pior filme de 2015):

Among the Living
(Alexandre Bustilho, Julien Maury)

A dupla responsável pelos excelentes A Invasora e Livid não consegue repetir o nível, entregando um filme irregular e desinteressante – apesar do belo visual, peca no desenvolvimento das personagens, e um fraco roteiro, que acaba tão ruim quanto começou.

TRATAMENTO DE CANAL (séries e TV)

Dente de Ouro (melhor série, minissérie ou filme para a TV):

Ash Vs Evil Dead

Ash Vs Evil Dead (2015) (1)
Bruce Campbel está de volta como Ash, mais canastrão e loser do que nunca. Em uma noite chapado acaba por pronunciar algumas palavras do Necronomicon, e liberta novamente o mal. Mesmo com um ritmo de enrolação e repetição – a série vem para agradar os fãs e até o momento não decepciona, com muito gore, ótimas cenas de concepção dos deadites, muito humor. A série pode conquistar novos fãs, de modo que fiquem curiosos com os filmes de origem, pois tem várias referências que só quem viu vai entender (principalmente na segunda parte, de 87)

Menção honrosa para O Demolidor

Dente Amarelo (pior série, minissérie ou filme para a TV):

The Walking Dead 6ª Temporada

Começou sensacional, com dois excelentes episódios, que deixaram alguns fãs arrasados com a possível morte de um dos personagens mais queridos da série. Porém a partir do terceiro episódio, adota uma narrativa mostrando a situação atual de diferentes personagens. Episódios fracos, e aquele clima de enrolação, não deixou uma boa expectativa para a segunda parte da temporada em 2016.

Coroa (melhor filme/notícia que você analisou/pesquisou)

Calvarie
(Fabrice Du Welz)

Sozinho Contra Todos (1998)
Sozinho Contra Todos (1998)

Mesmo considerando Martyrs como o melhor filme dessa leva do New French Extremy, dou o destaque para Calvaire, um dos filmes mais bizarros do movimento. O filme retrata uma insanidade coletiva, quando um cantor picareta tem que se hospedar em um aconchegante vilarejo após seu carro estragar. O dono da pousada, um solitário senhor faz de tudo para o manter lá, e logo associa o artista a sua esposa que o abandonou. Situações bizarras assim como os personagens do vilarejo incomodam o espectador do início ao fim.

Menção honrosa para Sozinho Contra Todos, do Gaspar Noé

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3 Comentários

  1. Acho esses filmes do Cinema francês muito bons, inclusive Martires é um dos filmes de terror que mais gosto.
    Agora particularmente achei esse Calvarie um filme horroroso, péssimo… Inclusive acabei de assistir.

  2. Among the Living é tão ruim que tinha anulado da minha mente.

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