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Os filmes de Lars Von Trier sempre dividem ao opiniões de público e crítica. Seu novo longa, The House That Jack Built, acaba de estrear em Cannes mostrando que o padrão permanece – mas, dessa vez, as reações foram ainda mais fortes.

The House That Jack Built acompanha o serial killer interpretado por Matt Dillon, que enxerga seus crimes como trabalhos de arte. Durante a exibição do filme em Cannes, centenas de pessoas abandonaram a sessão, de acordo com o jornalista Ramin Setoodeh. Nas redes sociais, outros jornalistas criticaram o longa por conta da violência, que inclui mutilação e morte de mulheres e crianças, e a misoginia. Jack, o assassino, tem mulheres como alvos principais de seus crimes.

Em muitos casos, ficamos sabendo de espectadores abandonando sessões de cinema, vômitos e desmaios, mas a forma como a experiência em um cinema é absorvida é pessoal. Talvez The House That Jack Built não seja tão extremo para fãs de terror, mas a sessão em Cannes, sem dúvidas, vai ajudar a popularizar um filme que, sem este incidente, talvez atraísse um público consideravelmente menor. Por enquanto, nos resta esperar por uma data de estreia da produção por aqui, para conferirmos nós mesmos o resultado.

The House That Jack Built ainda traz no elenco Uma Thurman, Bruno Ganz, Riley Keough e Yu Ji-tae.

O filme é ambientado nos Estados Unidos da década de ’70. Acompanhamos o inteligentíssimo Jack através de cinco incidentes, e somos apresentados aos assassinatos que definem o desenvolvimento de Jack como um serial killer. Nós acompanhamos a história pelo ponto de vista de Jack. Ele enxerga cada assassinato como um trabalho artístico, ainda que sua disfunção lhe traga problemas. Apesar do fato de que a última e inevitável intervenção policial está cada vez mais próxima (o que, ao mesmo tempo, provoca e pressiona Jack), ele está – contra qualquer lógica – determinado a se arriscar cada vez mais. No caminho acompanhamos as descrições de Jack sobre sua condição, problemas e pensamentos através de uma conversa recorrente com o desconhecido Verge – uma mistura grotesca de sofisma com uma autopiedade quase infantil e explicações aprofundadas de, para Jack, manobras perigosas e difíceis.

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11 Comentários

  1. Olha, sei que essa coisa de “abandono de sessão” já virou marketing, mas pelo que tenho lido na web, me parece que que dessa vez é real. Dizem que este novo filme do Lars é extremamente violento e visceral. Inclui mutilações e diversas mortes executadas pelo assassino em questão (de crianças inclusive!!!)
    Vou juntar coragem pra ver.

  2. Polêmicas à parte, considero o falastrão Lars um ótimo diretor e também um expert em autopromoção. Pra mim, Anticristo é um filmaço e Dogville uma obra-prima. Ondas do Destino e Os Idiotas, curti muito. Talvez o Ninfomaníaca seja seu filme mais fraco, mas ainda interessante. O cinema seria mais chato sem malucos como esse, Gaspar Noé, Pasolini ou Lúcio Fulci.

  3. Isso de “centenas abandonaram a sessão, muitos passaram mal, vomitaram”, já virou tão clichê que nem tem graça mais. Pra mim é puro marketing.

    1. tambem acho isso, perdeu o efeito essa frase

  4. Na minha Opinião Lars Von Trier é abaixo de canastrão, acho que ele tinha que assistir filmes do Tobe Hooper e Wes Craven e ter uma noção como se faz um filme,e mais acho quando uma pessoa faz um filme e principalmente faz meio que Repudio a mulheres, isso não é filme isso faz me lembrar aquela porcaria da MTV (uma comparação)que graças a Deus não tem mais na tv aberta o que eles repudiavam quem gostava de som pesado, é lamentável,associo Mulher com metal, pois são meus hobbies e a melhor coisa que tem apesar que,olhando a cara da Silvana ela me lembra bem uma apresentadora da MTV, kkkkk

    1. Seu comentário é coisa de louco, já pode ser o protagonista desse filme aí. Dizer que Von Trier não sabe fazer cinema é uma coisa totalmente pinel. Von Trier fez muito filme onde mostram que mulheres são vítimas de homens totalmente inúteis e frágeis. E Wes Craven também fez um torture porn no início de carreira (que “A fonte da donzela” mostra como a visão deste foi inferior). Embora, se você for mostrar assassinos em série, não tem como não mostrar mulheres sendo mortas, já que são vítimas desses tipos de assassinos. É difícil, se não impossível, achar um assassino em série que mata homens (geralmente matam homens gays). Aliás, a forma como você associa mulher como sendo um “hobby favorito”e se mostrar tão preocupado com a forma que as mulheres são retratadas é algo totalmente contrário que só você não vê.

      1. John Wayne Gacy e Jeffrey Dahmer matavam apenas homens e garotos. E estes são os mais conhecidos, com certeza tem mais.

  5. Esse tipo de divulgação de filmes já se tornou cliché “centenas abandonaram a sessão”. Aí quando você assiste o filme percebe que é porque o filme é muito ruim…

  6. A Califórnia Filmes já anunciou que vai distribuir o filme. Agora só na ansiedade pra ver esse filme no cinema.

  7. O próprio Lars Von Trier gravou um vídeo falando desse novo filme e conta que é o mais Extremo que fez e eu já tinha me empolgado , agora com essa notícia de abandonos de sessão e reações piores possíveis me empolguei muio mais !

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