A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2
Original:The Twilight Saga: Breaking Dawn - Part 2
Ano:2012•País:EUA Direção:Bill Condon Roteiro:Melissa Rosenberg Produção:Wyck Godfrey, Stephenie Meyer e Mark Morgan Elenco:Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner, Peter Facinelli, Elizabeth Reaser, Ashley Greene, Dakota Fanning |
(Contém Spoilers)
O objetivo desta breve crítica não é, de maneira alguma, enumerar os supostos motivos pelos quais os leitores mais radicais odeiam tanto a série. Muito pelo contrário e piadas a parte, o filme têm o mérito de encerrar um dos maiores e mais contestados fenômenos cinematográficos deste século. Sim, a saga dos vampiros açucarados enfim termina.
Difícil compreender como um enredo tão simples pôde render tantos filmes e tanto dinheiro. Numa variação de Romeu e Julieta, a professora americana Stephenie Meyer escreveu um romance gigantesco no qual um vampiro e uma mortal se apaixonam, lutam contra os líderes mortos vivos que se opõem a tamanha afronta, dão a luz a uma bela filha e vivem felizes para sempre… ops, ia me esquecendo do lobisomem sem camisa que no final das contas troca a mãe pela filha.
Já adiantando, Amanhecer – Parte 2, assim como a maioria dos filmes que transportaram a chamada Saga Crepúsculo para os cinemas, está longe de ser um bom filme, mas também não é tão ruim como gostam de esbravejar alguns por aí. Na verdade, esta última produção chega a surpreender em pelo menos dois momentos razoáveis:
Um deles é o aguardado confronto entre os Cullens e os Volturis. Contrariando a calmaria dos filmes anteriores, cabeças são arrancadas e personagens são violentamente mortos (ainda que sem espirrar uma gota de sangue – algo aceitável, já que apesar de poderem “fazer” filhos, não circula sangue em suas veias) em cenas de luta muito bem coreografadas; quase fazendo valer o preço salgado do ingresso do cinema.
Curiosamente, o segundo momento é a desconstrução do primeiro, num twist muito bem arquitetado que certamente enganará o espectador que não leu o livro. Frustrante para alguns, descobrimos que toda a luta e as mortes na verdade não aconteceram, ainda. Tudo não passa de uma premonição que a vampira Alice compartilha com o líder dos Volturis, mostrando que muitos morrerão na batalha, inclusive ele próprio, caso não desistam do confronto. Para aqueles que não sabem, os vampiros do Crepúsculo lembram muito os personagens do escritor brasileiro André Vianco: no melhor estilo X-Men, eles possuem superpoderes como premonição, controle dos elementos da natureza, telepatia, disparam raios elétricos ou congelam seus inimigos.
Amanhecer – Parte 2 é dirigido pelo cineasta Bill Condon, que tem em seu currículo o interessante Deuses e Monstros, espécie de biografia de James Whale (diretor do clássico Frankenstein, de 1931). O elenco, conhecido por todos, trás o trio de bonitinhos Kristen Stewart vivendo a vampira recém-transformada Bella, Robert Pattinson como o vampiro Edward Cullen e Taylor Lautner como o lobisomem Jacob. Particularmente não culpo nem diretores, roteiristas ou atores pela qualidade duvidosa de toda a série, pois o material original é muito ruim – tenho cá minhas dúvidas se (hipoteticamente) um Kubrick ou Hitchcock conseguiria um resultado diferente sem alterar drasticamente o roteiro.
Mesmo ignorando as partes mais açucaradas e mais entediantes, ainda fica difícil entender por que algumas passagens são tão mal aproveitadas, como a transformação de Bella em vampiro ou os mistérios em volta de sua filha. Outro detalhe constrangedor é a caracterização das índias vampiras da Amazônia (que nada lembram nossos indígenas).
Sei que será difícil alguém por aqui admitir ter visto o filme. Contudo, fica um conselho: caso sua namorada lhe obrigue a acompanha-la até o cinema, não se desespere, o trauma não será tão profundo. Passei por isso, e continuo vivo.
Cara o interessante é que no final aparece um Tarzan maluco, eu dei muita risada no final.
TBM SOBREVIVI ASSISTINDO ESSE FILME,É O MENOS PIOR .
se esse é o menos pior, imagina o pior. que filme fraco e rasteiro!