12 Horas
Original:Gone
Ano:2012•País:EUA Direção:Heitor Dhalia Roteiro:Allison Burnett Produção:Dan Abrams, Sidney Kimmel, Gary Lucchesi, Tom Rosenberg, Chris Salvaterra Elenco:Amanda Seyfried, Daniel Sunjata, Jennifer Carpenter, Sebastian Stan, Wes Bentley, Nick Searcy, Socratis Otto, Emily Wickersham, Joel David Moore, Katherine Moennig, Michael Paré, Sam Upton, Ted Rooney, Erin Carufel |
Ninguém acredita nela. Nada irá detê-la. A tagline ou frase promocional do thriller 12 Horas pode passar uma impressão equivocada de que a protagonista é uma máquina assassina, capaz das últimas consequências para obter êxito. Na verdade, a personagem de Amanda Seyfried é apenas uma garota mimada, mentirosa e quase esquizofrênica, cujo trauma do passado a afastou do contato social. Seu excesso de histórias contadas ao longo dos 90 minutos quase torna o trabalho do cineasta brasileiro Heitor Dhalia (de O Cheiro do Ralo) uma bomba completa, somado à quantidade imensa de absurdos e coincidências que envolvem o enredo de Allison Burnett (Anjos da Noite: O Despertar).
Jill (Seyfried) acredita ter sido vítima de um sequestro há alguns anos. Ela teria passado 12 horas – daí veio o péssimo título nacional – no interior de um buraco sujo, amordaçada, e em companhia de esqueletos humanos, provavelmente de outras garotas. De acordo com seus relatos, ela teria conseguido escapar do assassino num momento de descuido, embora não consiga se lembrar do rosto do sequestrador, nem do local onde estava. A polícia até deu um voto de confiança, acionando patrulhas nas gigantescas matas de Forest Park, em Portland, sem encontrar vestígios que comprovem sua história, nem sequer sinais de arrombamento em sua morada. Internada num hospital psiquiátrico, a jovem só conseguiu retornar para casa com o apoio da irmã Molly (Emily Wickersham), mas sua persistência em provar os fatos gerou incômodo na delegacia local, principalmente para os detetives Powers (Daniel Sunjata) e Erica Lonsdale (Katherine Moennig), além do tenente Ray Bozeman (Michael Paré). O único que confiou nas palavras de Jill, principalmente devido a sua beleza, foi o novato Peter Hood (Wes Bentley), cuja função no filme é servir para o público entender as ações da polícia.
Após uma madrugada de trabalho como garçonete ao lado de sua amiga Sharon Ames (Jennifer Carpenter), ela é surpreendida pelo desaparecimento da irmã. A busca pela polícia não resulta no apoio desejado, obrigando-a a agir por conta própria antes que a irmã seja morta pelo sequestrador, que ela acredita ser o mesmo que a levou no passado. Assim, Jill coleta pistas e conta com a sorte – desde o vizinho que não dorme até a nota fiscal encontrada pelo caminho – para provar sua verdade, enquanto o enredo tenta convencer o espectador sobre uma possível alucinação da protagonista.
Embora o elenco de apoio até faça um esforço hercúleo para auxiliar na confusão de Jill, a verdade dos fatos fica evidente desde os primeiros minutos para o espectador mais atento. A solução exagerada contribui para a descrença do público, que logo percebe que está diante de um thriller água com açúcar, sem grandes surpresas, mesmo com os rostos conhecidos. Ainda assim, 12 Horas não chega a incomodar, permitindo até mesmo alguns momentos de diversão. Dhalia conduz com firmeza seu sexto trabalho, trazendo boas expectativas sobre o talento de brasileiros por trás das câmeras.
Ignore o enredo de absurdos e é provável que você até se envolva com o sofrimento de Jill, conseguindo suportar tranquilamente os 94 minutos que, para ela, duraram horas. Sem esperar muito, o resultado será bem melhor!
Dhalia afirmou em entrevista que este filme foi a uma das piores experiências de sua vida cinematográfica; não pôde levar ninguém de sua equipe brasileira e não pôde influenciar em nada a obra. Na verdade, seu nome só consta como diretor….quem mandou e desmandou foi o produtor, que alterou o roteiro e mandava em tudo…. Segundo eles, os produtores (se não me engano da Scream Gems e Filmaker, já são conhecidos por importar diretores e depois não dá-los nenhuma liberdade criativa….
Pelo menos em “12 Horas” Heitor Dalia superou Walter Salles em “Água Negra”, um outro cineasta brasileiro que preferiu copiar do que inventar!
Não assisti… pelo menos, vale a pena?
vale,assista e veja o que acha.
deixou muito a desejar,mas eu nem achei tão ruim assim,dá pra assistir,mas o final foi decepcionante.