The Black Water Vampire
Original:The Black Water Vampire
Ano:2014•País:EUA Direção:Evan Tramel Roteiro:Evan Tramel Produção:Jesse Baget, Andrea Monier Elenco:Danielle Lozeau, Andrea Monier, Anthony Fanelli, Robin Steffen, Bill Oberst Jr., Myles Cranford, Emma Anderson, Brandon deSpain, Justin Ferrari |
Foi na floresta de Maryland que surgiu a principal inspiração para o estilo Found Footage. Ainda que muito se discuta sobre as raízes do subgênero – alguns apontam para Alien Abduction, lançado em 1998; outros para Cannibal Holocaust, de Ruggero Deodato; e há que veja resquícios nos snuff movies -, o mockumentary de Daniel Myrick e Eduardo Sánchez, A Bruxa de Blair, serviu para criar as bases do subgênero “material de filmagem encontrado” até a popularização com o espanhol Rec e o experimental Atividade Paranormal. Muito foi feito, desde aquele longíquo 1999, mas nenhum chegou tão próximo em similaridade, não em qualidade, do que o horror The Black Water Vampire, do desconhecido Evan Tramel.
Não é para menos que muitas críticas na internet apontam o filme até mesmo como um remake de A Bruxa de Blair. A inspiração do diretor está na premissa básica, na estrutura e construção do roteiro, com uma leva variação no último ato, quando Tramel errou ao exibir o inimigo com exagero e com o uso de CGI ruim, além do epílogo desnecessário, que reduziu bastante a avaliação final. Apesar da falta de originalidade, o filme estava até sendo bem conduzido, atiçando a curiosidade do espectador, principalmente aquele que ignorar a atuação fraca do elenco numa das cenas mais aterrorizantes da produção.
O corpo de uma mulher é encontrado na região de Blackwater, em Washington. Sem vestígios de sangue, mas com marcas de mordida e ferimentos, a vítima fazia parte do modus operandi do apelidado “assassino de Black Water“, atuando desde 1972, sempre no dia 21 de dezembro, aproveitando o solstício, com o depoimento da população local levando à prisão do solitário Raymond Banks (o veterano Bill Oberst Jr), aguardando a concretização da pena de morte. Danielle (Danielle Lozeau) está convencida da inocência de Raymond, já que poucas evidências foram suficientes para condená-lo, além do fato da confissão do réu ter ocorrido após um interrogatório de 16 horas.
A jovem reúne uma equipe de filmagem para a realização de um documentário que possa inocentar Raymond, incluindo uma entrevista com o condenado e o registro dos locais onde os corpos foram encontrados. Ela leva a amiga Andrea (Andrea Monier), e contrata o câmera Anthony (Anthoy Fanelli) e o técnico de som Robin (Robin Steffen) – os verdadeiros nomes dos atores foram usados para o tom de veracidade do falso documentário. Tramel só se esqueceu de que o elenco de A Bruxa de Blair era completamente desconhecido, o que justificava o nome verdadeiro e toda a campanha publicitária da época que envolveu até mesmo sites falsos e telejornais com notícias sobre o desaparecimento do grupo.
Como o filme da bruxa, o documentário de Danielle começa com vários depoimentos de moradores locais e parentes das vítimas. Enquanto as pessoas da região acreditam realmente na culpa de Raymond, os demais não têm certeza mas esperam a morte do acusado. Durante a conversa com a equipe, Danielle conta sobre lendas das florestas de Black Water com indícios de que possa haver vampiros ou alguma criatura sugadora de sangue. Robin demonstra ser o único consciente, tentando a todo momento evitar os locais mais perigosos e sugerindo o cancelamento do projeto.
O pneu do carro da equipe estoura, quando algo cruza a estrada, num clichê básico de filme de terror. Ainda assim eles chegam à cabana alugada, com uma estranha anfitriã no aguardo. Alguém bate na porta na madrugada; uma senhora estranha em frente à morada dão o tom assustador do longa, algo que poderia fazer do filme um dos melhores do estilo. Na entrevista com Raymond, ele usa o sangue de suas unhas arrancadas com os dentes para simbolizar uma marca estranha – um círculo com um T – e que aparecerá em outros momentos, desenhado em árvores ou na barraca, como o símbolo de A Bruxa de Blair.
Como a fonte, The Black Water Vampire continuará no mesmo tom: a equipe entrará na floresta, estranhamente sem armas, ouvirá gritos na madrugada e irá se perder entre lugares parecidos. O que possui o mapa da região também será o primeiro a desaparecer; chegarão ao local dos corpos, à casa de Raymond e tal. Numa das cenas mais intensas, durante uma noite fria, algo cutucará a barraca deles e um vulto negro será visto nas proximidades. Seria aterrorizante, se o elenco soubesse demonstrar o medo da situação, não agindo como se aquilo fosse normal na manhã seguinte. Qualquer pessoa em momento similar, entraria em desespero, choraria e até se borraria com a possibilidade de algo estar espreitando na floresta escura, ainda mais consciente das lendas sobre vampiros na região.
Além da atuação pouco convincente, outros erros surgiram no último ato. Tramel quis mostrar “a bruxa”, mas errou em sua concepção artificial e no uso do CGI em seus dentes pontiagudos. Também não foi bem ao incluir elementos como a gestação de criaturas e o aniversário bizarro na última cena. Ainda assim, pode-se dizer que o filme é até curioso, com bons momentos de terror na primeira hora. Se acertasse esses detalhes e tentasse não copiar outras produções do estilo, The Black Water Vampire seria um interessante exemplar do subgênero found footage, digno da inspiração original e de recomendações.
Mais o nome original seria black & wither.Tem haver com o Deblack o vampiro mais poderoso existente nascido 21de dezembro.
Mais um found footage e uma criatura em CGI , isso não me interessa nenhum um pouco !
O monstro parece aqueles de ”Desfiladeiro do medo”