Sleepy Hollow - 1º Temporada
Original:Sleepy Hollow
Ano:2013•País:EUA Direção:Douglas Aarniokoski, Ernest R. Dickerson, Liz Friedlander, Ken Olin, Paul A. Edwards Roteiro:Alex Kurtzman, Roberto Orci, Len Wiseman, Phillip Iscove, Mark Goffman Produção:Marc David Alpert, Clayton Townsend, Neal Ahern Jr., Melissa Blake Elenco:Tom Mison, Nicole Beharie, Orlando Jones, Katia Winter, Lyndie Greenwood, John Cho, John Noble, Nicholas Gonzalez |
Durante uma batalha da guerra pela Independência dos EUA, Ichabod Crane (Tom Mison) enfrenta um cavaleiro hessiano e acaba golpeado por seu machado. Antes de falecer, Ichabod consegue decapitar o cavaleiro. Centenas de anos depois, Ichabood “ressuscita” em uma caverna em Sleepy Hollow nos tempos atuais. Em outro lugar da cidade, o cavaleiro hessiano ressurge – agora sem cabeça – e inicia uma matança desenfreada que acaba colocando Ichabod frente a frente com a policial Abbie Wills (Nicole Beharie), que possui uma forte ligação com uma das primeiras vítimas do cavaleiro sem cabeça.
Nesta série da Fox, a pequena cidade de Sleepy Hollow está destinada a ser o cenário da chegada do apocalipse, sendo Ichabod a primeira testemunha e o cavaleiro sem cabeça um dos quatro cavaleiros do apocalipse – a morte! Os episódios, então, se desenrolam em torno da profecia do fim do mundo, orquestrada pelo demônio chamado Moloch, e do papel que cada personagem ocupa nela. Uma adaptação literal do livro para as telinhas não se sustentaria por muito tempo e, desta forma, os autores adicionam ao conto original conspirações, maçonaria e referências bíblicas.
E a salada funciona!
Apesar de lidar com o fim do mundo e se tratar de uma adaptação de um conto que muitos irão lembrar-se através do filme de Tim Burton com seu visual gótico, Sleepy Hollow possui um humor leve e divertido que funciona muito bem – principalmente pelas observações de Ichabod sobre os “tempos modernos” – que dá um contraste interessante com a ambientação mórbida de sua fotografia escura.
As teorias conspiratórias e as profecias do apocalipse às vezes ficam um tanto confusas, principalmente com tantas idas e vindas ao passado através de inúmeros flashbacks de Ichabod durante a guerra da independência americana ou com sua amada Katrina (Katia Winter) ou com diversas figuras históricas. Isso pode incomodar um pouco o público em geral, mas poderia ser pior se os responsáveis pelo seriado não tivessem optado por um formato de apenas treze episódios por temporada.
Vale a pena destacar as criaturas da série, que possuem um design e maquiagem bastante interessantes para uma série de TV. Para quem está acostumado com aqueles monstros cinza e de lentes-de-contato pretas, Sleepy Hollow apresenta criaturas bastante assustadoras, sendo a principal delas, o próprio cavaleiro sem cabeça, que rouba todas as cenas em que aparece! Menção honrosa também para a criatura de plantas e ao golem que surgem nos obrigatórios episódios estilo “monstro da semana”.
Livremente baseada no conto A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (The Legend of Sleepy Hollow) de Washington Irving, publicado originalmente em 1820, a série, criada por Alex Kurtzman e Roberto Orci (ambos de Havaí 5-0), pega a história original e a transporta para os tempos de hoje como uma espécie de continuação, e de maneira leve e despretensiosa acabou se tornando uma grata surpresa em meio às diversas séries relacionadas ao horror e sobrenatural que estrearam em 2013. A série atualmente se encontra em sua segunda temporada nos EUA e é exibida no Brasil pela TV a cabo no canal Fox.
Admito que, ao saber que seria feita, praticamente joguei praga contra a série.
Reneguei de todas as formas possíveis, jurando nunca assisti-la na TV.
Porém, um dia, resolvi arriscar, por falta de opção mesmo. Nem lembro qual episódio assisti, mas, achei um absurdo completo. Mesmo assim, resolvi dar outra chance, e, conforme ia assistindo os episódios, comecei a gostar, achar divertido e tenebroso, às vezes, apesar de alguns absurdos e mudanças ultrajantes na história de Ichabod Crane e do Cavaleiro Sem Cabeça e companhia.
Uma das coisas que não gostei foi a barba que deram a Crane – ele nunca teve uma!!!!!!!! Das demais mudanças, a melhor, sem dúvida, foi Katrina Van Tassel. Ela não lembra nada da jovem rica da história original, mas, consegue ser boa – não melhor, claro – e o cabelo ruivo foi um toque de gênio. Sem contar, que, a personagem cumpre a regra das versões originais – é uma mulher linda!!!!!!!!
Os demais personagens ajudam bastante a série, e cada vilão consegue ser melhor que o anterior – inclusive melhor que o próprio Cavaleiro – Brom Bones, aqui, melhor amigo de Ichabod – uma heresia sem tamanho – !!!!!!!!!! Eu, pessoalmente, gostei muito das bruxas que aprisionaram Katrina no purgatório.
Aliás, essa é uma grande tirada. Katrina passa a série inteira presa no outro mundo, como se estivesse perdida entre os planos, e somente Ichabod pode ajudá-la. Isso não faz dela uma personagem inutil, ao contrário, é uma grande aliada de todos.
Enfim, admito que julguei mal SLEEPY HOLLOW. Achei a série bacana, e muito divertida, puxando mais para Comédia que para Terror e Fantasia. É completamente no-sense, mas sabe agradar.
Espero pela próxima temporada.
Legal.
A primeira temporada foi uma agradável surpresa, mas essa segunda está bem difícil de aguentar!