Remanescentes - Esquecidos por Deus
Original:The Remaining
Ano:2014•País:EUA Direção:Casey La Scala Roteiro:Casey La Scala, Chris Dowling Produção:Marc Bienstock, Casey La Scala, Brad Luff Elenco:Johnny Pacar, Shaun Sipos, Bryan Dechart, Alexa PenaVega, Italia Ricci, Liz E. Morgan, John Pyper-Ferguson, Hayley Lovitt, Reila Aphrodite |
Difícil de enquadrar em algum subgênero a recente produção americana Remanescentes – Esquecidos por Deus (2014) – talvez o mais apropriado seja algo bizarro como horror bíblico. Mas este não é um exemplar único, outras produções recentes também flertaram com os mesmos textos religiosos de maneira tão ou mais incisiva, como a série Leftovers (idealizada por Damon Lindelof, criador de Lost) ou Left Behind (suspense baseado na incansável serie de bestsellers de mesmo nome, filmado novamente em 2014, agora estrelado por Nicolas Cage). Dirigido pelo desconhecido Carey La Scala e escrito pelo mesmo em parceria com Chris Dowling, The Remaining (título original) retrata o apocalipse cristão – ou seja, o arrebatamento – evento em que as almas daqueles que creem em Deus serão levadas ao céu, enquanto os chamados descrentes viverão um verdadeiro inferno aqui na Terra.
No enredo, um grupo de belos e bem sucedidos jovens participa de uma cerimônia de casamento. Tudo vai muito bem, até que, sem mais nem menos, diversos convidados passam dessa para, literalmente, uma melhor. O fenômeno se repete ao redor do mundo e todas as almas dos crentes (e das crianças) são arrebatadas. O futuro para aqueles que sobrevivem é o inevitável pesadelo do qual a os textos religiosos sempre nos alertaram. Remanescentes narra, a partir daí, o drama destes jovens para sobreviver neste novo e amedrontador cenário.
Imagino e entendo que muitos devem torcer o nariz para o fundo catequizador do enredo, mas convenhamos, independente da religião (ou falta dela) do leitor, o apocalipse cristão é, sem dúvida, aterrorizante: além de perder parte dos seus entes queridos, o felizardo que não for arrebatado vai enfrentar uma série de inexplicáveis desastres naturais, e se sobreviver, vai encarar ainda demônios por todos os cantos.
Contudo, apesar do bom plot inicial, algumas oportunidades de tornar a trama mais interessante são desperdiçadas já no primeiro ato. Não seria inteligente criar algum suspense a cerca da explicação sobre o evento causador de bilhões de mortes? Um mega ato terrorista? Uma invasão alienígena? Vírus? Bactéria? Conspiração? Seguindo uma direção simplista e contrária, bastam quinze minutos para que os protagonistas tenham certeza que se trata do bíblico fim de tudo.
Outra opção dos realizadores que incomoda, principalmente para um filme que busca se encaixar no gênero horror ou suspense, é a fotografia muito clara e saturada em amarelo. Uma fotografia mais sombria seria mais propícia e eficiente para qualquer apocalipse que se preze.
Ainda refletindo sobre o roteiro, é decepcionante que a expectativa em relação ao passado dos personagens não se concretize. Nenhum pecado obscuro que condene os protagonistas a “serem esquecidos por Deus” é revelado; eles apenas não acreditavam ou duvidavam da existência de Deus. E apesar da tonalidade religiosa, a trama é extremamente pessimista, pois quando o personagem começa a recuperar a fé, ele é perseguido e levado por entidades demoníacas.
Já os efeitos especiais são inteligentemente bem dosados – vemos a destruição causada nas cidades, os prédios em chamas, carros e aeronaves acidentadas, mas nunca vemos em detalhes as criaturas que atacam os humanos, estratégia que aumenta a credibilidade do enredo.
Outra estratégia curiosa é a arbitrariedade com que a estética found footage é utilizada e logo em seguida abandonada, dando lugar à perspectiva tradicional. Mesmo parecendo uma espécie de trapaça, a alternância das linguagens torna a produção menos cansativa.
Enfim, se o leitor arriscar assistir Remanescentes – Esquecidos por Deus (2014), que o faça de mente aberta e lembrando que existe uma considerável influência das religiões no gênero terror (esta afirmação é tema pra um artigo bem mais complexo e extenso); e poderá encontrar alguns pontos positivos que façam valer a atenção dispensada nos 88 minutos de exibição do longa.
Filme muito bom, amei estão de parabéns!!!
Filme com extremo apelo catequista. Lembra outra ridícula produção (Deus não está morto). Filme pra crente gritar “Glória” no cinema.
Me lembrou a comédia É o Fim (2013)´.
Filme apocaliptico que entorna “Final dos Tempos” e “O Nevoeiro” de forma apenas mediana. Na trama, chupinhada de “Cloverfield” , um grupo de amigos comemora o casório dum deles qdo subitamente o mundo colapsa e td indica que seja o Apocalipse de acordo as profecias biblicas. Claro que eles vão se virar nos trinta pro q vem a seguir. Na boa, esta pelicula é muito bem feita, tem cenas de desastre bem legais, o ritmo é bem ágil e prende o interesse, sem mencionar q seus atores são bem superiores os ruinzinhos de “Skyline”. Contudo, o maior defeito ta no roteiro, feito exclusivamente pra passar sermão religioso sem pudor algum aos espectadores “não crentes”, o que torna a pelicula bem ingênua boa parte da projeção.
filminho ridiculo, ja até excluí do pc kk