No Limite da Salvação
Original:Age of Tomorrow
Ano:2014•País:EUA Direção:James Kondelik Roteiro:Jacob Cooney, Bill Hanstock Produção:Paul Bales, David Michael Latt, David Rimawi Elenco:Kelly Hu, Anthony Marks, Robert Picardo, Lane Townsend, Morgan West, Mitchell Carpenter, Nick Stellate, Nicholas Alexander, Matt Mercer, Jennifer Marshall |
A produtora americana The Asylum é conhecida por seus filmes tranqueiras de ficção científica e horror, com roteiros ridículos, atores inexpressivos e efeitos especiais vagabundos. São produções baratas feitas em pouco tempo sem qualquer tipo de preocupação com lógica, verossimilhança ou qualidade. O importante é produzir em quantidade e descarregar seus filmes em lançamentos em DVD e exibições na televisão, como o canal a cabo SyFy, especializado no gênero. Podemos considerar como o cinema bagaceiro do século XXI, que se hoje é ruim demais e um exercício de coragem e excesso de tolerância para se conseguir assistir, talvez daqui meio século essas porcarias até sejam cultuadas, justamente por suas características bagaceiras. Assim como atualmente temos uma legião de apreciadores dos filmes tranqueiras com roteiros absurdos e efeitos toscos produzidos em imensa quantidade a partir de meados do século passado.
The Asylum também é conhecida por descaradamente e assumidamente copiar o nome, a ideia central e partes das histórias de filmes com orçamentos milionários, aproveitando o sucesso comercial dos chamados blockbusters. Eles lançam em pouco tempo as suas versões fuleiras desses filmes de grandes bilheterias, que ganharam o nome pejorativo mockbusters. Dentro desse princípio, a produtora oportunista fez O Fim do Amanhã (Age of Tomorrow), dirigido por James Kondelik, e que também ganhou o título no Brasil de No Limite da Salvação, quando exibido pelo canal de TV SyFy (algo típico em nosso país, que costuma criar vários nomes para os filmes, confundindo e dificultando um trabalho de pesquisa e catalogação). No caso, o plágio é para o ótimo No Limite do Amanhã (Edge of Tomorrow), com o astro Tom Cruise.
Na cópia picareta, um grande asteroide está em rota de colisão com a Terra, obrigando o exército, sob o comando do General Magowan (Robert Picardo), com o auxílio do Coronel Mac (Mitchell Carpenter), a organizar uma equipe para uma missão que viajaria até o asteroide a bordo de um foguete e tentaria explodir partes dele, desviando sua rota. A equipe é liderada pelo Capitão James Wheeler (Anthony Marks), que conta com a ajuda da cientista Dra. Gordon (Kelly Hu), entre outros. Lá chegando, eles encontram uma caverna e em seu interior uma sala de controle com um portal tecnológico de teleporte para outro planeta, descobrindo que o asteroide é apenas uma ponte para uma invasão alienígena. Enquanto isso, numa trama paralela, na Terra as pessoas estão sendo atacadas por máquinas fortemente armadas e um bombeiro metido a herói (típico dos americanos), Chris Meher (Lane Townsend), se junta ao militar Major Blake (Nick Stellate) para combater a ameaça do espaço e tentar encontrar sua filha no meio da confusão. Todos acabam se encontrando no planeta dos invasores e descobrem que eles estão abduzindo os humanos, mantendo os prisioneiros e fazendo experiências. É inevitável um confronto mortal com eles com os heróis lutando pela continuidade da civilização humana.
O filme foi rodado em Los Angeles, na Califórnia, em apenas quinze dias, o que dá para imaginar o resultado final, com a história sendo contada muito rapidamente, sendo impossível estabelecer qualquer tipo de empatia com os personagens, que são fúteis ao extremo. Tudo é bagaceiro demais, desde o elenco patético ao CGI vagabundo. O bombeiro herói usa um machado como arma, desferindo golpes para todos os lados, destruindo as sondas robóticas que atacam a Terra e os alienígenas em seu planeta, e o machado está sempre limpo e impecável. As decisões estratégicas para definir o futuro da humanidade que está com risco de extinção por uma invasão alienígena são todas tomadas por um único militar, pois o filme não tem orçamento para reunir uma conferência com representantes que definiriam melhor o destino de nosso mundo.
O Fim do Amanhã é um filme tão descartável que nem mereceria ter tantas linhas nessa resenha.
Em pensar que perdi 2horas da minha vida assistindo essa porcaria!
só pela foto ali no começo, já dá pra desistir de tentar assistir. kkkkkk
Só a imagem acima, do sujeito saltando como um Conan com um machado de bombeiro sobre um robô alienígena que parece sofrer de sérias restrições orçamentárias já diz tudo….
Sem dúvida, a critica é bem mais divertida que o filme em si!