Pátria Armada
Original:Pátria Armada Ano:2014•País:Brasil Páginas:52• Autor:Klebs Júnior•Editora: Instituto dos Quadrinhos |
Pátria Armada se passa em 1994, em um Brasil onde Golpe Militar de 64 não deu certo, e o revide do governo contra os militares desencadeou uma guerra civil que se estende por 30 anos. Legalistas lutam contra os Federalistas em uma batalha que parecia longe de acabar. Pelo menos até agora, pois após as explosões de bombas químicas disparadas por ambos os lados, alguns anos atrás, matando milhares de civis, jovens superpoderosos começam a surgir pelo Brasil e cada um dos lados quer ter as suas próprias armas vivas.
Embora a premissa possa remeter a algumas histórias em quadrinhos clássicas, Pátria Armada, do talentoso Klebs de Moura Jr., sai na frente ao trazer os confrontos e seres superpoderosos para um cenário familiar ao leitor brasileiro. E faz isso muito bem. Os cenários detalhados do artista são facilmente reconhecidos, sejam eles cartões postais ou ruas comuns. É possível reconhecer linhas de transporte público, esquinas e pessoas comuns da nossa terra. Muito diferente daqueles que insistem em criar histórias brasileiras com aquela cara de HQ gringa.
Os personagens principais são arquétipos clássicos, o que pode soar como repetição para os mais rabugentos. Mas cada um possui suas características próprias que também os colocam como pessoas do nosso povo, mesmo com sotaques e ideais diferentes entre si. E mesmo que alguns sotaques mais carregados soem muito estranhos quando lidos em uma HQ, tudo faz parte do rico universo criado por Klebs Jr. para Pátria Armada.
A revista foi lançada através da plataforma de financiamento coletivo, Catarse, e chega às bancas brasileiras no formato de minissérie em três edições, em um momento extremamente oportuno, diante da nítida divisão política que a mídia e partidos tentam incutir em nossa população, em uma verdadeira guerra civil ideológica. Uma divisão da qual não precisamos, e Klebs Jr. deixa isso bem claro com seu exercício de ficção científica. Portanto, ao passar por uma banca que estiver vendendo Pátria Armada, dê uma chance ao quadrinho brasileiro de qualidade. Você pode comprar aquela “mega saga” super-heróica no mês que vem. Elas nunca mudam mesmo.
Junte-se à revolução e ajude a mudar o mercado de quadrinhos nacionais.
Valeu galera… o que acharam do numero 02 e 03?
Fala Klebs!
Estou com eles aqui na pilha de “para resenhar”.
Mas se eu te disser que quero mais edições é spoiler?
Abraço!
Argumento tão bom, tão atual e tão brasileiro que se Tropa de Elite e a Turma da Monica tivessem um filho, seria esse quadrinho.
Rapaz! Imaginar a cena dessa concepção me deu calafrios!!! 😀