![]() Pânico na Cabana
Original:Lake Alice
Ano:2017•País:EUA Direção:Ben Milliken Roteiro:Stevie Jane Miller Produção:Lamar Billups Elenco:Brando Eaton, Michael Shamus Wiles, Peter O'Brien, Laura Niemi, Eileen Dietz, Craig Rees, Caroline Tudor, Brad Schmidt |
Havia uma certa expectativa, decorrente do trailer e da arte promocional, de que Lake Alice poderia ser um slasher interessante. A capa e imagens despertava uma sensação claustrofóbica, com os personagens lutando para sobreviver aos ataques de um grupo de invasores violentos, em meio a um promissor ambiente gélido. Não só não manteve a empolgação, como o longa de Ben Milliken se demonstrou extremamente falho, ruim, mal dirigido e editado, com um enredo deficiente, a cargo de Stevie Jane Miller. Lake Alice é a comprovação de que algumas resenhas podem lhe prevenir de tragédias cinematográficas como esta, se você ignorar seus instintos.

Não se engane com o parágrafo anterior: a realização não faz jus à proposta, rendendo um filme com uma narrativa estranha, desfigurada e repleta de furos. A primeira hora de Lake Alice não traz nada de terror, apenas a apresentação dos personagens e a dificuldade de convívio. Pode ser que você até dê um pause na exibição para voltar a conferir a sinopse ou verificar se não houve uma confusão de títulos. E, acredite, essa é a melhor parte do filme. Caminhando lentamente com os passeios, conversas e o pedido de casamento, até então parece apenas um bom drama, com alguns elementos de romance.
Quando pegadas surgem e a câmera registra uma presença mascarada, filmando a família, o longa muda de gênero. E os problemas começam. Personagens pulam de ambientes, como a floresta, a garagem da casa e o interior da morada, sem um fluxo adequado, deixando o espectador atônito para tentar entender o que está acontecendo. A edição é tão bagunçada e abrupta que algumas passagens perdem o sentido, como se os realizadores estivessem usando o seu trabalho como uma amostragem de montagem irregular. Depois que a identidade dos invasores é revelada – não tem muito mistério, pois o roteiro transformou todo mundo em vilão – perde-se longo tempo em discursos, uma personagem amarrada e um heroísmo improvável até resultar no final anti-climático.
Filmado em 2015, em Tomahawk, Wisconsin, Lake Alice tem uma segunda metade inexplicavelmente amadora e ruim, como se Ben Milliken tivesse tropeçado num gênero com o qual não possui intimidade. Não verá nada do que foi proposto no trailer e imagens, nem mesmo o tal lago Alice do título!
























