4.5
(2)

Malícia
Original:Malice
Ano:1993•País:Canadá, EUA
Direção:Harold Becker
Roteiro:Aaron Sorkin, Jonas McCord, Scott Frank
Produção:Harold Becker, Charles Mulvehill, Rachel Pfeffer
Elenco:Alec Baldwin, Nicole Kidman, Bill Pullman, Bebe Neuwirth, George C. Scott, Anne Bancroft, Peter Gallagher, Josef Sommer, Tobin Bell, Gwyneth Paltrow, Debrah Farentino

Está aqui um filme que revi recentemente na Amazon Prime e me surpreendeu positivamente. Malícia tem um clima de suspense bem construído, um plot twist interessante e é bem interpretado. Não muda o mundo, nem tem a pretensão de ser grande arte ou aquele suspense digno de Alfred Hitchcock, mas é honesto o suficiente para trabalhar com esmero suas limitações, tem nomes eficientes no elenco e um diretor “operário padrão”, que sabe conduzir tudo com destreza.

Um feliz casal (Bill Pullman e Nicole Kidman) vivem um idílio romântico, mas tem contas a pagar e uma casa antiga precisando de reformas. Eles decidem alugar um andar para o bem apessoado e egocêntrico médico Jed (interpretado por Alec Baldwin) mas, essa relação amigável, aliado a um problema de saúde, põem em xeque o casamento, a amizade e as opções médicas para o tratamento da personagem de Nicole Kidman. Enquanto isso, um serial killer aterroriza o campus local da universidade onde Bill Pullman é o reitor.

Além do charmoso trio central (como o filme é de 1993, todos estão no auge da beleza, além de defenderem bem os papéis), o elenco conta ainda com participações especiais de George C. Scott e Anne Bancroft (esta última devorando cada minuto em cena). Uma curiosidade do elenco ainda é a presença de uma imberbe Gwyneth Paltrow no papel de uma aluna da universidade e de Tobin Bell como o zelador do local.

O diretor Harold Becker tem outros bons suspenses em seu currículo, como Vítimas de uma Paixão (1989), City Hall (1996) e Código para o Inferno (1998). Nenhum é uma obra prima, mas todos são muito eficientes, o que demonstra o bom artesão que ele é. Pena que, a partir dos anos 2000, ele tenha se “aposentado” do cinema, sem mais nada relevante em sua filmografia.

As críticas negativas da época que reli recentemente para escrever essa resenha não me parecem totalmente justas, principalmente com relação a Alec Baldwin. Na época, sua persona não era bem-vista pela crítica, já que ele incorporou durante anos a figura do galã presunçoso, vaidoso e egoísta. Essa “má vontade” da crítica e do público lhe custaram vários fracassos de bilheteria e o casamento com Kim Basinger. Contudo, a maturidade lhe trouxe sabedoria e melhor jogo de cintura, que o possibilitou trabalhar com diretores no naipe de Martin Scorsese, Spike Lee e Woody Allen.

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