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Moonfall: Ameaça Lunar
Original:Moonfall
Ano:2022•País:EUA, China, UK, Canadá, Hong Kong
Direção:Roland Emmerich
Roteiro:Roland Emmerich, Harald Kloser, Spenser Cohen
Produção:Roland Emmerich, Harald Kloser
Elenco:Halle Berry, Patrick Wilson, John Bradley, Charlie Plummer, Kelly Yu, Michael Peña, Carolina Bartczak, Ava Weiss, Chris Sandiford, Jonathan Maxwell Silver, Eme Ikwuakor, Stephen Bogaert, Maxim Roy, Ryan Bommarito, Donald Sutherland

Roland Emmerich é um especialista em destruir o mundo das maneiras mais loucas que o Cinema poderia imaginar. Em seu currículo devastador há Independence Day (1996), Godzilla (1998), O Dia Depois de Amanhã (2004), 2012 (2009) e Independence Day: O Ressurgimento (2016), produções de alto custo e elenco de rostos conhecidos, sempre com os Estados Unidos da América no centro do planeta, com heróis de ocasião. Em Moonfall: Ameaça Lunar, com um orçamento estimado em US$150 milhões de dólares – e que não se pagou nas estreias pelo mundo -, ele foi longe demais, misturando Inteligência Artificial, origem da vida humana, reflexos alienígenas e teoria da Lua como uma megaestrutura. O resultado segue sua filmografia: efeitos incríveis e absurdos diversos, rendendo uma boa diversão dentro do subgênero “filme-catástrofe“.

O filme começa no espaço, quando o astronauta Brian Harper (Patrick Wilson) testemunha o ataque de um “enxame alienígena” ao ônibus espacial em que trabalhava ao lado de Jocinda “Jo” Fowler (Halle Berry) e Alan Marcus (Frank Fiola). Sem provas do ocorrido, seu relato é desacreditado, e ele é expulso da NASA. Dez anos depois, com dificuldades financeiras e rejeitado pelo filho encrenqueiro Sonny (Charlie Plummer), ele é abordado pelo excêntrico teórico de conspiração K.C. Houseman (John Bradley), que mantém uma teoria de que a Lua é uma megaestrutura e está se aproximando da Terra. A NASA, através de Fowler, agora vice-diretora, também descobre o fenômeno, mas é KC quem conduz o episódio às redes sociais, causando pânico e repercussões.

A NASA envia ao espaço uma espaçonave em um foguete SLS Block 1, e toda a tripulação, depois de encontrar um buraco na Lua, é morta pelo mesmo enxame, finalmente comprovando o que Harper havia relatado no passado. A Lua começa a se deteriorar, enviando parte de sua estrutura à Terra, além de ocasionar diversos fenômenos, como tsunamis, terremotos e episódios gravitacionais. Com o relato de um ex-funcionário da NASA, Holdenfield (Donald Sutherland), Fowler fica sabendo que desde a Apollo 11 já se sabia sobre o tal enxame e o fato da Lua ser oca, justificando a razão dos americanos não terem mais ido ao local, e nem investido em uma possível investigação.

Como acontece em produções do estilo – um clichê do subgênero -, logo há os militares que tentarão convencer o Presidente sobre um ataque nuclear, sugerindo destruir o “satélite natural“. E o aceite conduz a uma corrida contra o tempo em uma missão não autorizada de uma expedição ao local, utilizando um ônibus espacial desativado e tendo como tripulantes Fowler, Brian e o improvável KC, levando a bordo uma bomba EMP para destruir a tecnologia inimiga. Mas não se trata de apenas um novo Armageddon (1998), aquele outro filme-catástrofe com a marca Michael Bay de destruição, mas também uma espécie de O Segredo do Abismo (The Abyss, 1989), de James Cameron. Quando invadem a Lua oca, encontram uma forma de vida local que confronta a tecnologia de inteligência artificial, protegendo o planeta Terra.

Claro que nada faz sentido, desde que tenham efeitos especiais grandiosos e sequências de tensão em vários ambientes ao mesmo tempo. Enquanto os heróis estão numa missão espacial, na Terra Sonny precisa proteger o filho de Fowler, Jimmy (Zayn Maloney), a cuidadora Michelle (Kelly Yu), numa corrida até um abrigo sugerido por Doug Davidson (Eme Ikwuakor), em companhia do padrasto Tom Lopez (Michael Peña) e a ex-esposa de Brian, Brenda (Carolina Bartczak). No caminho terão que enfrentar a ameaça de saqueadores, mesmo com os problemas gravitacionais e quedas de meteoros. Não é preciso dizer que também acontecerão necessários sacrifícios pelo bem maior!

Moonfall: Ameaça Lunar é um Roland Emmerich até a medula. Quem viu qualquer um de seus filmes já sabe boa parte do que acontecerá: redenção, destruição e heroísmo exacerbado. Vale como fetiche pela oportunidade de ver pontos turísticos sendo devastados, milhões de pessoas morrendo, para o plano maior ter um saldo positivo e todo mundo terminar a produção sorrindo, esquecendo daqueles que se foram. Há também momentos engraçadinhos, tendo no papel de KC a parte cômica e emocionante e a frase de efeito: “você foi o único que me ouviu.

Ao final, é deixada uma ponta solta para uma continuação. Emmerich chegou a dizer em entrevista em 2022 que havia planos para mais dois filmes ainda mais insanos do que este, mas que iria depender do sucesso de Moonfall. Apesar das críticas medianas – e o filme é isso mesmo, uma diversão facilmente esquecível -, o longa não chegou a US$70 milhões em bilheteria, menos da metade de seu orçamento total. Isto é, dificilmente teremos um retorno à megaestrutura da Lua, com Brian e Fowler viajando ao espaço para enfrentar uma inteligência artificial ameaçadora. Melhor assim.

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