![]() Conclave
Original:Conclave
Ano:2024•País:EUA, UK Direção:Edward Berger Roteiro:Peter Straughan, Robert Harris Produção:Alice Dawson, Robert Harris, Juliette Howell, Michael Jackman, Tessa Ross Elenco:Ralph Fiennes, Stanley Tucci, John Lithgow, Lucian Msamati, Jacek Koman, Bruno Novelli, Thomas Loibl, Brían F. O'Byrne, Isabella Rossellini, Rony Kramer |
Eis aqui um candidato ao Oscar de Melhor Filme que os amantes de um ótimo thriller conspiratório irão adorar. Com toques dramáticos e boas doses de suspense, o excelente roteiro, baseado num livro de Robert Harris, coloca o espectador no centro de um conclave, com toda a sorte de conflitos e patifarias que fariam Francis Underwood (personagem de Kevin Spacey na série House of Cards) sorrir de orgulho e admiração.
Para que não sabe, conclave é o nome que se dá ao processo da Igreja Católica para escolha de um Papa, em caso de, por exemplo, morte ou abdicação. Os cardeais vão para Roma onde, enclausurados, iniciam um processo de eleição para escolher o nome do novo pontífice.
No longa, esse processo será liderado pelo cardeal Lawrence (Ralph Fiennes), que, além de amigo do papa morto, está passando por um momento de crise em sua fé. Enquanto ele, junto com a ala mais progressista da Igreja, tenta convencer o cardeal Bellini (Stanley Tucci) a iniciar campanha, o lado mais conservador se digladia entre vários concorrentes (os ótimos John Lithgow e Sérgio Castellito arrasam nos papéis de outros dois cardeais concorrentes). No meio de algumas trapaças e egos inflados, o cardeal Lawrence tem que organizar o conclave e, ao mesmo tempo, receber o cardeal Benitez (Carlos Diehz), que foi ordenado secretamente pelo Papa e aparece de repente para participar da escolha.
Com oito indicações ao Oscar, o filme é extremamente bem dirigido pelo alemão Edward Berger, responsável pela refilmagem de 2022 do longa Nada de Novo no Front, formidavelmente interpretado por todo o elenco (menção honrosa para Ralph Fiennes, que guia habilmente o espectador pelos corredores obscuros da Igreja) e tem uma direção de arte de cair o queixo.
Que fique bem claro que não se trata de um filme religioso, mas sim um suspense que usa um cenário e um evento do catolicismo para contar uma história de ambição e egoísmo, até um plot twist final realmente surpreendente.
O longa defende uma visão mais liberal da Igreja, reforçando a necessidade cada vez mais premente de um diálogo aberto e plural das religiões com seu rebanho, abarcando a diversidade do mundo atual. Enfim, talvez os seguidores mais ortodoxos do catolicismo torçam o nariz em vários momentos, mas quem realmente ama um tipo de cinema, digamos, mais humanista, tem tudo para compreender e curtir.
Por fim, independente de credo, fé e afins, Conclave é cinemão de qualidade e não seria injusto se levasse a estatueta dourada para casa!
Final decepcionante. Atores incríveis, esperava mais do filme.
MUITO FELIZ na apreciação do filme sem interesse algum, a não ser de informar os fatos.
PARABÉNS…isso que deveria nortear nossa imprensa ou redes sociais, comentários sem radicalismos.