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Entre Montanhas
Original:The Gorge
Ano:2025•País:EUA, UK
Direção:Scott Derrickson
Roteiro:Zach Dean
Produção:C. Robert Cargill, Sherryl Clark, Zach Dean, Scott Derrickson, David Ellison, Dana Goldberg, Gregory Goodman, Don Granger, Adam Kolbrenner
Elenco:Miles Teller, Anya Taylor-Joy, Sigourney Weaver, Sope Dirisu, William Houston, Kobna Holdbrook-Smith, James Marlowe, Julianna Kurokawa, Ruta Gedmintas, Oliver Trevena, Sachin Bhatt

Levi (Miles Teller) é um fuzileiro com alguns traumas não bem definidos que é enviado para uma missão de observar e proteger um vale, uma grande fenda na terra, profunda e sempre envolta em brumas, garantindo que nada saia dali. Durante um ano, ele terá que viver isolado numa espécie de torre bunker abarrotado de armas e com algumas poucas obrigações rotineiras (verificar se as cercas eletrônicas estão funcionando, avaliar se as bombas no limite da fenda ainda estão lá, testar o rádio, etc). Do outro lado desse vale, existe uma mesma torre sob a responsabilidade de Drasa (Anya Taylor-Joy), enviada para a mesma missão com exatamente as mesmas tarefas e orientações. Eles são proibidos de se comunicarem, mas o isolamento e a curiosidade sobre o que existe na fenda fazem com que eles iniciem uma relação à distância, pondo em risco a segurança de ambos e expondo um problema mantido em segredo há décadas.

A boa premissa e os dois ótimos atores (principalmente Anya Taylor-Joy que tem uma atuação cativante na primeira parte do longa) não garantem o sucesso da empreitada, pois o filme resulta medíocre, para dizer o mínimo…É tudo tão desinteressante, tão rotineiro, tão enfadonho que realmente não vale pena ver e nem recomendar.

Não tenho dúvida alguma que a culpa recai sobre os ombros do diretor Scott Derrickson, cujo bom trabalho em O Exorcismo de Emily Rose (2005) e O Telefone Preto (2021) não se vê aqui, já que comanda o longa de forma burocrática. Culpa também do roteiro de Zach Dean, que, apesar de iniciar com uma boa dinâmica na relação dos protagonistas, afunda o filme quando coloca o casal no vale, apresentando uma explicação esdrúxula sobre o que rola lá. Vale ainda ressaltar que as cenas de terror são muito mal exploradas e a ação é similar àquelas que Chuck Norris protagonizava nos seus filmes produzidos nos anos 80. Para coroar, a fotografia horrível deixa tudo no escuro para disfarçar a precariedade dos efeitos toscos e sem criatividade das criaturas.

O filme começa como um intrigante thriller, tem um entrecho simpático com um leve romance e falha miseravelmente quando descamba para o terror e ação. Sigourney Weaver é a vilã de plantão que dá as caras em três ou quatro cenas no piloto automático e leva uma grana para casa enquanto não pinta um trabalho melhor.

O problema do filme é que ele é asséptico, sem personalidade e sem força narrativa. Enfim, um produto de estúdio totalmente descartável e esquecível.  Uma bola fora da Apple TV, que o disponibilizou no seu streaming.

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