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Drop - Ameaça Anônima
Original:Drop
Ano:2025•País:EUA, Irlanda
Direção:Christopher Landon
Roteiro:Chris Roach, Jillian Jacobs
Produção:Michael Bay, Jason Blum, Brad Fuller, Cameron Fuller
Elenco:Meghann Fahy, Brandon Sklenar, Violett Beane, Jacob Robinson, Reed Diamond, Gabrielle Ryan, Sarah McCormack, Jeffery Self, Ed Weeks, Ben Pelletier, Travis Nelson

Drop – Ameaça Anônima (Drop, 2025) é um thriller de ambientação única, com atmosfera teatral, elaborado pelo artesão de produções simpáticas, Christopher Landon, funcionário padrão da Blumhouse, de obras como a franquia A Morte te dá Parabéns e Freaky: No Corpo de um Assassino. Aqui ele desenvolve uma narrativa que necessita da boa vontade do infernauta para acreditar que tudo aquilo precisaria ser feito para um propósito mais facilitado. Quando os créditos finais subirem à tela, você lançará várias reflexões iniciadas com “não seria mais fácil se” entre outros “e se“: E se o fotógrafo não tivesse trazido a câmera? E se a viúva Violet (Meghann Fahy) não tivesse o tal aplicativo?

Aliás, o aplicativo – não duvido que exista, uma vez que era a intenção primária de Mark Zuckerberg – permite que você envie mensagens a qualquer pessoa (que também o tenha no celular) em um raio de quinze metros. Entre nudes e paqueras improváveis no metrô, você pode ser convidado a participar de um jogo de troca de mensagens, algo que Violet aceita mesmo já estando em um restaurante com o pretendente Henry (Brandon Sklenar), um fotógrafo político. Deixou o filho Toby (Jacob Robinson) com a irmã Jen (Violett Beane), e partiu para esse primeiro encontro, já avisando que precisará a todo momento se comunicar com a sua casa para saber sobre o filho e acompanhar as câmeras espalhadas em todos os cômodos. Sim, aqui cabem mais alguns “e se“, também apelidados de “facilidades da narrativa“.

Desde que chega ao Skyline (não é esse o nome, mas é um restaurante de altura considerável que me faria temer se eu visse Brec Bassinger por lá), o roteiro de Chris Roach e Jillian Jacobs apresenta os futuros suspeitos: Connor (Travis Nelson), o rapaz com quem Violet esbarra constantemente e está a espera de alguém que nunca chega; o pianista bêbado Phil (Ed Weeks), que aceita o pedido dela de tocar a música-tema de Baby Shark; a bartender sempre atenta Cara (Gabrielle Ryan), daquelas que opina sobre sua solteirice; Richard (Reed Diamond), um tiozão em vias de experimentar um encontro às cegas; e o garçom animado Matt (Jeffery Self) em seu primeiro turno de trabalho, o que justifica a animação, e extremamente invasivo. Ou o próprio Henry, disposto a um jogo sádico com sua paquera, consciente que ela, em um passado não muito distante, viu a morte de seu marido abusivo e foi acusada de assassinato.

É claro que não há necessidade de um esforço investigativo quando você tem uma intimidade com o cinema e sabe que um rosto conhecido jamais seria descartado para uma pontinha. Violet se vê num jogo de ameaças em que precisa realizar determinadas ações ali mesmo no restaurante, se quiser que seu filho e irmã continuem vivos: as câmeras e os “e se” ajudam para ela perceber que há um comparsa em sua moradia aguardando um comando para finalizar o plano ousado, repleto de facilitações. Nada seria passível de envolvimento com o público, se não soubesse carregar sua personagem nas costas, entre as angústias da ameaça, tendo um passado violento que sempre volta à lembrança, e precisando constantemente inventar desculpas para o companheiro para saídas ao banheiro e tentativas de pedir ajuda.

Fantasioso como o cinema se permite ser, Drop – Ameaça Anônima diverte bem ao propor ao espectador ideias de como a protagonista conseguirá reverter o quadro de ameaça, descobrir o mensageiro e salvar seu filho. É aquele filme que permite uma sensação final de satisfação e você, tomado pela adrenalina da proposta, acaba até enviando mensagens para amigos e familiares sugerindo uma conferida.

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