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O Exorcista (2016): Chapter Five: Through My Most Grievous Fault

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O Exorcista
Original:The Exorcist
Ano:2016•País:EUA
Direção:Craig Zisk
Roteiro:Heather Bellson
Produção:
Elenco:Alfonso Herrera, Ben Daniels, Hannah Kasulka, Brianne Howey, Kurt Egyiawan, Alan Ruck, Geena Davis, Camille Guaty, Francis Guinan, Matthew Velasquez, Melissa Russell

Casey: “O que você quer de mim?”
Vendedor: “Você sabe exatamente o que deve fazer. Trazê-la para mim.”

Um produto derivado de um clássico do gênero – seja uma continuação oficial ou um spinoff – precisa ter referências. O espectador tem que enxergar elementos que respeitem a obra original e ampliem a mitologia, para que o título faça jus ao que está sendo visto. Não era o que estava acontecendo em The Exorcist: ainda que o nome William Peter Blatty apareça nos créditos, o único diálogo com o filme de 73 havia acontecido no episódio inicial, quando o padre Tomas (Alfonso Herrera) fez uma pesquisa breve sobre exorcismo. Havia, claro, algumas teorias na internet sobre a conexão, envolvendo o anagrama do nome de Angela Rance (Geena Davis) na formação de “A Clean Regan“, mas poderia ser apenas uma brincadeira, um easter egg, de Jeremy Slater, para os fãs se divertirem em suas discussões sobre a série. Poderia, mas…

O quinto episódio, Through My Most Grievous Fault, apresentou os pecados que atormentam todos os envolvidos na possessão demoníaca. Na condução do exorcismo de Casey (Hannah Kasulka), como de costume, a garota possuída seguiu a cartilha que o filme estabeleceu como regra: vomitou, disse obscenidades, relembrou os desejos de Tomas e o passado perturbado do padre Marcus (Ben Daniels), com o objetivo de enfraquecê-los. Por mais que você conheça as artimanhas do demônio, como a habilidade de imitar vozes e se disfarçar de uma pessoa querida, a isca sempre funciona. Tomas foi seduzido por uma versão evil de Jessica (Mouzam Makkar) culminando num ato sexual implícito em Casey até ser interrompido. Perdido e enfraquecido, o padre vai em busca da verdadeira para se entregar aos impulsos, aproveitando a ausência do marido da garota.

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Marcus viu a própria mãe, acusando-o da responsabilidade de um ato do pai, no passado. Henry (Alan Ruck) também é afetado pela lábia demoníaca. “Papai? Eu tenho um segredo. Quer ouvir? Vem mais perto…“. A aproximação não o possui, mas faz com que Henry saiba que sua esposa não é quem diz ser. E, em uma breve abertura da porta, Kat (Brianne Howey) enxerga sua irmã como uma vítima de tortura e da loucura da mãe, levando-a a ligar para a polícia para impedir que os rituais continuem a afetar Casey.

o-exorcista-2016-3Nessa primeira batalha contra o demônio fica claro que as intenções não são realmente destruir Casey, mas resgatar um velho conhecido. Mas, para isso, é necessário que Angela assuma seu passado, do mesmo modo como os padres precisam descobrir o nome do demônio para concretizar qualquer exorcismo. Dar nome aos bois facilita para você usar suas fraquezas no combate – é melhor enfrentar um inimigo conhecido do que aquele que você não tem intimidade com suas habilidades e natureza.

No caso da série The Exorcist, a revelação de dois nomes ditos no ato final influencia de maneira oposta, fortalecendo o interesse do espectador e relembrando que ele está vendo uma continuação do clássico. A direção de Jason Ensler estabelece uma rima de cenas ao alternar o encontro de Angela com o padre e a chegada de um misterioso táxi. A conclusão incrível é uma reconstituição de um momento clássico do longa original, que até serviu como pôster do filme, e já havia sido resgatado no episódio inicial da série.

Sem dúvidas, o quinto capítulo foi o melhor e mais esclarecedor até o momento. Do jeito que o diabo e o público gostam!

“Hoje é um ótimo dia para um exorcismo.”

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16 Comentários

  1. A série me surpreendeu positivamente, pude notar que a cada episódio a história foi se desenrolando e a tensão aumentando. No inicio como muitos desconfiava de algumas atuações que se superaram com o passar da história. Acho que podemos ter um gancho para uma segunda temporada, acho que seria muito legal ver o treinamento de um exorcista, saber um pouco mais da história e mítica por trás de tudo isso!

  2. Gostei da série, respeita o original de 1973 fazendo referências e homenagens mas sem pretensão de se igualar ao mesmo. As atuações são no geral boas, em especial de Geena Davis, que se prestarem atenção SPOILER , lembrar até alguns momentos da Regan, como a risada que ela dá depois que o padre Merrin é encontrado morto.

    A série serve como uma continuação do filme clássico, funcionando bem melhor que os filmes que foram feitos depois do de 1973. Recomendo para verem a série sem ficar comparando com o filme pois nunca foi o objetivo da série se igualar ao mesmo.

    Achei o último episodio mediano pois tava na expectativa de ver a Angela Rance apodrecendo que nem no filme original mas paciência, foi bom mesmo assim.

  3. Assisti e gostei do capítulo, mas dava para perceber que algo estava errado. Pois se analisarmos a conduta dos dois padres, um é adultero e o outro ” aparentemente ” é homossexual, no caso condutas condenadas pela Igreja Católica. Agora, vamos aguardar os dois próximos capítulos para ver o que o futuro reserva …

    1. Me supreendeu positivamente a série, não vejo necessidade de uma nova temporada. Melhor série de terror dos últimos anos, desde a a segunda temporada AHS.

  4. Comecei a acompanhar a série desde semana passada, e por conta das reviews do Boca, no qual sou fã assíduo do site.
    Sou admirador do filme Exorcista, e estou gostando muito da série de relacionar com o filme. Explicando alguns fatos fora não explicados no filme. Gostaria muito que a série continuasse em uma nova temporada. Porém minha dúvida é: É o Pazuzu que está na garota?

  5. Como um fã do longa de 1973, fiquei empolgado em assistir à série homônima. Esperava encontrar uma história independente, mas com algumas referências ao filme, como por exemplo citarem o caso de possessão em Georgetown. Enfim, estava acreditando que os autores fossem capazes de produzir algo por si sós. Infelizmente, no capítulo 5 tive a ingrata surpresa de trazerem o longa para dentro da série. Não que eu não goste do longa – longe disso – mas reafirmo: gostaria de algo mais independente. Angela ser a Reagan com o nome mudado? Forçaram, não foi? Tenho medo que isso se torne um “O Exorcita II – O Herege” e “O Exorcista III”.

  6. Começei assistindo com o pé atrás, mas a série está me supreendendo com o desenvolvimento dos personagens. So achei o ator do Padre Thomas meio fraco. Espero ver o que vai acontecer.

    1. Concordo, caro amigo! O desenvolvimento dos personagens estão muito bem encaixados no roteiro. O padre Thomas precisa de algo a mais… Mas o papel de “padre do pecado” está se tornando cada vez mais interessante! Tomara que sejamos agraciados por episódios mais intensos e um roteiro ainda mais surpreendente! Um abraço.

  7. acabei vendo alguns episódios porque passa antes do THE STRAIN, alguns efeitos feitos em computador me incomodam um pouco , porem o elenco é muito bom e carismático o que torna o clima mais pesado pelo drama e sofrimento dos personagens!

  8. Tente mostrar o filme original pra um moleque de 12 anos, se ele não dormir ou se distrair com o celular, vai rir da nossa cara… os tempos são outros, eu acho impossível levar uma série com o “timing” do filme original… é preciso prender o telespectador a cada episodio e pra gente é amor, mas para os produtores é dinheiro.

    Por enquanto a série está bem honesta, desenrolando mais uns 2 ou 3 capítulos já da pra perceber se vale a pena continuar…

  9. Como fã do original, achei horrível esse piloto. O charme de ”O Exorcista” era ir trabalhando a possessão aos poucos, sem pressa, e aqui, como já era de se esperar, vemos logo de cara um exorcismo cheio de CGI, uma garota se retorcendo num sótão (mais clichê impossível), e outras coisas desnecessárias, como os sonhos do padre Tomas. Não acho que essa séria merecia levar o título e a trilha do original, afinal mesmo tratando do mesmo tema, não se passa no mesmo universo, e nem parece ter o mesmo demônio atuando nas possessões. Acho que pelo menos os simbolismos do original podiam aparecer aqui, como aquela correntinha de São José… Da de ver de cara que vai ser um desastre, como foi Scream. To vendo que o padre Tomas logo vai se transformar num Constantine, lutando com demõnios de CGI…

  10. O que realmente me incomodou, foi a forma apressada com que os acontecimentos sucedem. Padre Tomas se convence das ações demoníacas sem nenhuma prova contundente – o mesmo pode ser dito sobre a mãe das garotas. O desenvolvimento podia ser mais paulatino. Ainda assim, vou acompanhar. Minha curiosidade é se haverá algum diálogo com a história da Regan.

    1. José Cláudio, isso também me incomodou bastante. A resposta do padre para o exorcismo foi mais rápida do que no filme!

  11. Acho que se compararmos com o RIP Damien e The Outcast, até que foi legal. Temos que levar em consideração que tem tanto filme de possessão hoje em dia que fica difícil criar algo novo (se bem que O Exorcista é o pai da grande maioria deles). Gostei da atuação dos dois padres. Vamos esperar mais uns capítulos pra ver!
    Só aproveitando o espaço… E sem relação com o assunto, assisti um filme quando beeeem mais novo (já sou quarentão), em que a classe rica faziam uns tipos de orgia, onde eles se fundiam, ficavam parecendo uma massa disforme, e depois separavam. Efeitos bem anos 80 mesmo. Vocês por acaso sabem o nome desse filme?

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      Agradeço os comentários, Ricardo! Também estou com “fé” (haha) que a série vai melhorar.

      O filme que você perguntou a respeito é A Sociedade dos Amigos do Diabo, de Brian Yuzna.

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