O Exorcista (2016): Chapter Two: Lupus in Fabula
O Exorcista
Original:The Exorcist
Ano:2016•País:EUA Direção:Michael Nankin Roteiro:Heather Bellson Produção: Elenco:Alfonso Herrera, Ben Daniels, Hannah Kasulka, Brianne Howey, Kurt Egyiawan, Alan Ruck, Geena Davis, Camille Guaty, Francis Guinan, Matthew Velasquez, Melissa Russell |
Depois do infernal balde d´água fervente da estreia da série O Exorcista, com o público finalmente descobrindo que não se trata de um remake ou uma nova versão da obra de William Peter Blatty mas uma história ambientada no mesmo universo, o segundo episódio ficou mais à vontade para expandir sua própria mitologia. Apesar das suspeitas prematuras de Angela Rance (Geena Davis) de que sua filha Kat (Brianne Howey) poderia estar sob uma influência diabólica, a surpresa do primeiro episódio se estabeleceu: Casey (Hannah Kasulka), a filha menos perturbada, é o alvo certo.
Convencido de que se trata de uma possessão demoníaca, principalmente após a sequência no sótão, o Padre Tomas (Alfonso Herrera) vai ao encontro do Bispo Egan (Brad Armacost) com a perspectiva de pedir autorização para a realização de um exorcismo. Ignorado pelo religioso, Tomas retorna a sua residência somente para descobrir que o Padre Marcus (Ben Daniels) resolvera buscar abrigo ali, depois de fugir de São Aquinas, e que demonstra disposição para ajudá-lo nessa nova jornada contra o demônio. “Eu sei o que representa São Aquinas. É o local para onde mandam padres destruídos. Por que você esteve lá?“, questiona Tomas, embora já soubesse a resposta devido à conclusão trágica do exorcismo do garoto no México.
Já tinha deixado claro no primeiro encontro que acreditava que “Deus não trabalha de maneiras misteriosas“, mas, ainda assim, ele encontrou um meio misterioso de invadir a casa de Tomas, ler suas cartas trocadas com Jéssica (Mouzam Makkar) e ainda tomar um xícara de chá. Disposto a se aproximar da família Rance, Tomas conduz Marcus ao seu momento de distribuição de alimento na igreja – uma das atitudes nobres do padre -, e lá Casey apresenta mais sinais de que algo maligno está com ela. Diferente do demônio Pazuzu, que atormentou Regan no clássico, este (ou estes) parece disposto a atribuir poderes à garota, como na sequência em que se vinga de uma jovem na educação física, ou quando consegue equilibrar as peças de um jogo realizado em família.
Enquanto Casey mostra sua força, o episódio se centra nos demônios pessoais de cada padre. Tomas se sente atraído por Jéssica, e está num confronto interno para tentar resistir à tentação de abandonar a batina para viver um relacionamento com uma mulher casada. No encontro rápido, ele quase fraqueja, mas consegue resistir à beleza da garota. Já Marcus conta como foi seu primeiro contato com um demônio, quando garoto, órfão, levado por um padre a um ambiente com pouca iluminação. Essa cena que abre o episódio – e que explica o título em latim “lobo na fábula” – é carregada de uma atmosfera assustadora, rivalizando com o bate-boca com uma sem teto sob a ponte.
Em busca de respostas, Angela pega um pouco de água benta na Igreja, com a supervisão de Marcus, e dá para sua filha durante o jantar. A garota consegue disfarçar o mal estar causado pela ingestão para somente regurgitar no banheiro uma substância esverdeada que lembra o que Regan atirou contra os padres durante o seu exorcismo na década de 70. Parece que o demônio que a consome lentamente está disposto a apresentar sua força aos poucos, até conseguir tomar de uma vez o corpo de Casey. Essa batalha e as tentativas de realização de um exorcismo devem perdurar por toda a temporada, com o Mal expondo suas facetas a conta-gotas.
A fotografia escura que acompanha a direção de Michael Nankin é adequada para o tom depressivo da série. Se não tem o mesmo impacto do clássico – precisaria ousar mais e fugir da fórmula que ajudou a criar – pelo menos há um esforço em causar incômodo no espectador. O caminho parece tortuoso e cheio de boas intenções como costuma ser o que leva ao Inferno.
A série me surpreendeu positivamente, pude notar que a cada episódio a história foi se desenrolando e a tensão aumentando. No inicio como muitos desconfiava de algumas atuações que se superaram com o passar da história. Acho que podemos ter um gancho para uma segunda temporada, acho que seria muito legal ver o treinamento de um exorcista, saber um pouco mais da história e mítica por trás de tudo isso!
Gostei da série, respeita o original de 1973 fazendo referências e homenagens mas sem pretensão de se igualar ao mesmo. As atuações são no geral boas, em especial de Geena Davis, que se prestarem atenção SPOILER , lembrar até alguns momentos da Regan, como a risada que ela dá depois que o padre Merrin é encontrado morto.
A série serve como uma continuação do filme clássico, funcionando bem melhor que os filmes que foram feitos depois do de 1973. Recomendo para verem a série sem ficar comparando com o filme pois nunca foi o objetivo da série se igualar ao mesmo.
Achei o último episodio mediano pois tava na expectativa de ver a Angela Rance apodrecendo que nem no filme original mas paciência, foi bom mesmo assim.
Assisti e gostei do capítulo, mas dava para perceber que algo estava errado. Pois se analisarmos a conduta dos dois padres, um é adultero e o outro ” aparentemente ” é homossexual, no caso condutas condenadas pela Igreja Católica. Agora, vamos aguardar os dois próximos capítulos para ver o que o futuro reserva …
Me supreendeu positivamente a série, não vejo necessidade de uma nova temporada. Melhor série de terror dos últimos anos, desde a a segunda temporada AHS.
Comecei a acompanhar a série desde semana passada, e por conta das reviews do Boca, no qual sou fã assíduo do site.
Sou admirador do filme Exorcista, e estou gostando muito da série de relacionar com o filme. Explicando alguns fatos fora não explicados no filme. Gostaria muito que a série continuasse em uma nova temporada. Porém minha dúvida é: É o Pazuzu que está na garota?
Com certeza é nosos Pazuzu sim rsrsrs
Como um fã do longa de 1973, fiquei empolgado em assistir à série homônima. Esperava encontrar uma história independente, mas com algumas referências ao filme, como por exemplo citarem o caso de possessão em Georgetown. Enfim, estava acreditando que os autores fossem capazes de produzir algo por si sós. Infelizmente, no capítulo 5 tive a ingrata surpresa de trazerem o longa para dentro da série. Não que eu não goste do longa – longe disso – mas reafirmo: gostaria de algo mais independente. Angela ser a Reagan com o nome mudado? Forçaram, não foi? Tenho medo que isso se torne um “O Exorcita II – O Herege” e “O Exorcista III”.
Começei assistindo com o pé atrás, mas a série está me supreendendo com o desenvolvimento dos personagens. So achei o ator do Padre Thomas meio fraco. Espero ver o que vai acontecer.
Concordo, caro amigo! O desenvolvimento dos personagens estão muito bem encaixados no roteiro. O padre Thomas precisa de algo a mais… Mas o papel de “padre do pecado” está se tornando cada vez mais interessante! Tomara que sejamos agraciados por episódios mais intensos e um roteiro ainda mais surpreendente! Um abraço.
acabei vendo alguns episódios porque passa antes do THE STRAIN, alguns efeitos feitos em computador me incomodam um pouco , porem o elenco é muito bom e carismático o que torna o clima mais pesado pelo drama e sofrimento dos personagens!
Tente mostrar o filme original pra um moleque de 12 anos, se ele não dormir ou se distrair com o celular, vai rir da nossa cara… os tempos são outros, eu acho impossível levar uma série com o “timing” do filme original… é preciso prender o telespectador a cada episodio e pra gente é amor, mas para os produtores é dinheiro.
Por enquanto a série está bem honesta, desenrolando mais uns 2 ou 3 capítulos já da pra perceber se vale a pena continuar…
Como fã do original, achei horrível esse piloto. O charme de ”O Exorcista” era ir trabalhando a possessão aos poucos, sem pressa, e aqui, como já era de se esperar, vemos logo de cara um exorcismo cheio de CGI, uma garota se retorcendo num sótão (mais clichê impossível), e outras coisas desnecessárias, como os sonhos do padre Tomas. Não acho que essa séria merecia levar o título e a trilha do original, afinal mesmo tratando do mesmo tema, não se passa no mesmo universo, e nem parece ter o mesmo demônio atuando nas possessões. Acho que pelo menos os simbolismos do original podiam aparecer aqui, como aquela correntinha de São José… Da de ver de cara que vai ser um desastre, como foi Scream. To vendo que o padre Tomas logo vai se transformar num Constantine, lutando com demõnios de CGI…
O que realmente me incomodou, foi a forma apressada com que os acontecimentos sucedem. Padre Tomas se convence das ações demoníacas sem nenhuma prova contundente – o mesmo pode ser dito sobre a mãe das garotas. O desenvolvimento podia ser mais paulatino. Ainda assim, vou acompanhar. Minha curiosidade é se haverá algum diálogo com a história da Regan.
José Cláudio, isso também me incomodou bastante. A resposta do padre para o exorcismo foi mais rápida do que no filme!
Acho que se compararmos com o RIP Damien e The Outcast, até que foi legal. Temos que levar em consideração que tem tanto filme de possessão hoje em dia que fica difícil criar algo novo (se bem que O Exorcista é o pai da grande maioria deles). Gostei da atuação dos dois padres. Vamos esperar mais uns capítulos pra ver!
Só aproveitando o espaço… E sem relação com o assunto, assisti um filme quando beeeem mais novo (já sou quarentão), em que a classe rica faziam uns tipos de orgia, onde eles se fundiam, ficavam parecendo uma massa disforme, e depois separavam. Efeitos bem anos 80 mesmo. Vocês por acaso sabem o nome desse filme?
Agradeço os comentários, Ricardo! Também estou com “fé” (haha) que a série vai melhorar.
O filme que você perguntou a respeito é A Sociedade dos Amigos do Diabo, de Brian Yuzna.