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Slasher (2016) – 1×06: The One Who Sows His Own Flesh

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Slasher - 1ª Temporada
Original:Slasher - First Season
Ano:2016•País:EUA
Direção:Craig Daivid Wallace
Roteiro:Aaron Martin
Produção:Scott Garvie, Christina Jennings, Justin Kelly, Aaron Martin, Craig David Wallace
Elenco:Katie McGrath, Brandon Jay McLaren, Patrick Garrow, Dean McDermott, Christopher Jacot, Mary Walsh

Com a bombástica revelação no episódio anterior de que a jovem Ariel está viva e em cativeiro sob custódia do xerife de Waterbury, Ian Vaughn (Dean McDermott), Slasher entra em uma espécie de “interlúdio” contando em forma de flashback, como Ian raptou, estuprou e prendeu Ariel. The One Who Sows His Own Flesh deixa de lado a identidade do “Carrasco” e seus crimes, bem como o envolvimento de Sarah (Katie McGrath) para mostrar o passado e a vida dupla do xerife Ian.

O resultado fora do contexto, muito além do que a série tem feito, homenageando o subgênero slasher, parece bastante arriscado quando se pensa que temos apenas três episódios até o final da primeira temporada e que não teremos uma continuação, já que Slasher será uma série de antologias independentes, mais ou menos como American Horror Story.

A coisa piora quando Sarah é a responsável pela descoberta de tudo. Podemos suavizar a situação se consideramos que o envolvimento do xerife possa ter atrasado e desviado os rumos da investigação no passado, mas esse aspecto “Scooby-Doo” que a série encara em alguns momentos não convence. Talvez como parte da tentativa dos escritores de tornar Sarah um personagem mais agradável aos telespectadores, seu papel como heroína às vezes é muito forçado.

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Sabemos que a força policial nos filmes de terror nem sempre são exemplos de perspicácia, mas depois de tantos anos e tanta investigação, uma recém-chegada à cidade com tantos problemas particulares para resolver conseguir desvendar um mistério de desaparecimento que já leva anos, é um pouco demais.

Um dos episódios mais fracos da série até agora, The One Who Sows His Own Flesh poderia se sair melhor se posicionado no começo da série, enquanto os personagens eram apresentados e o telespectador ia, aos poucos, entendendo que há muito mais escondido sobre o verniz de cidade pacata de Waterbury do que as cercas brancas querem mostrar. Faltando três episódios para o final da temporada, foi uma perda de tempo valioso.

Slasher (2016) – 1×05: Ill-Gotten Gains

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Slasher - 1ª Temporada
Original:Slasher - First Season
Ano:2016•País:EUA
Direção:Craig Daivid Wallace
Roteiro:Aaron Martin
Produção:Scott Garvie, Christina Jennings, Justin Kelly, Aaron Martin, Craig David Wallace
Elenco:Katie McGrath, Brandon Jay McLaren, Patrick Garrow, Dean McDermott, Christopher Jacot, Mary Walsh

Entrando na segunda metade da primeira temporada, Slasher começa a se encaminhar para o final. Com todos os personagens devidamente apresentados, o telespectador agora se preocupa em desvendar a identidade do “Carrasco”. Enquanto isso, na tela, os personagens começam a desconfiar um dos outros. E finalmente ouvimos a voz do assassino pela primeira vez, o que elimina algumas apostas femininas que o telespectador mais desatento possa ter dado como possíveis. E isso torna as coisas mais interessantes, superando as expectativas um pouco negativas que eu tinha relacionadas aos rumos da série a partir da segunda metade da temporada.

Enquanto Sarah (Katie McGrath) volta suas investigações para o padre Alan (Rob Stewart), seu marido Dylan (Brandon Jay McLaren) e sua colega de trabalho Alison (Mayko Nguyen) disputam uma vaga na TV com a cobertura dos assassinatos em Waterbury. Isso leva Alison a descobrir, da pior maneira, como é a vida de repórter investigativa no universo dos filmes de terror.

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Com uma entrevista exclusiva com o “Carrasco”, conquistada de maneira inusitada e impensada pela jovem editora do jornal local, Alison se encontra em um local ermo para tentar entender melhor as motivações por trás dos assassinatos de Waterbury e uma vaga como apresentadora de TV. Com a vaga para vítima da “ganância” em aberto, a ideia de Alison parece equivocada demais para quem tem coberto as notícias sobre o assassinato e suas vítimas.

Os acontecimentos colocam ainda mais fichas nas suspeitas de que Dylan, o marido ausente mais preocupado com sua carreira enquanto sua jovem esposa passa o diabo na cidade onde seus pais foram assassinados. Ill-gotten Gains ainda conta com duas revelações sobre a sujeira por trás de dois cidadãos respeitados da cidade de Waterbury, com uma delas criando um perfeito gancho para o próximo e deixando o telespectador com mais perguntas do que respostas.

Slasher (2016) – 1×04: As Water Is Corrupted Unless It Moves

Slasher (2016) (1)

Slasher - 1ª Temporada
Original:Slasher - First Season
Ano:2016•País:EUA
Direção:Craig Daivid Wallace
Roteiro:Aaron Martin
Produção:Scott Garvie, Christina Jennings, Justin Kelly, Aaron Martin, Craig David Wallace
Elenco:Katie McGrath, Brandon Jay McLaren, Patrick Garrow, Dean McDermott, Christopher Jacot, Mary Walsh

Slasher segue brincando com os clichês do gênero que lhe dá nome. O episódio abre resolvendo o gancho deixado pelo episódio anterior, frustrando todos os “detetives em potencial” que acompanham a série. A partir daqui, já na metade da temporada, Slasher seguirá eliminando todos os pecadores restantes na pequena cidade de Waterbury e talvez todos os suspeitos que os telespectadores possam ter apontado na série até aqui. E é justamente no quesito das mortes restantes que Slasher começa a ficar preocupante.

Já ficou claro que nenhum dos personagens da série é um poço de virtudes e todos são tanto vitimas quanto suspeitos em potencial. Fazendo uma conta simples, temos apenas sete pecados capitais, o que deixa Slasher com uma quota bastante pequena para distribuir ao longo dos seus oito episódios. Mesmo que deixemos o último episódio para a solução do mistério e confronto final, Slasher ainda terá que deixar os próximos 52 minutos de cada episódio restante interessantes o suficiente para prender a atenção do telespectador.

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Seria bastante frustrante se no final alguém totalmente alheio à história surgisse como culpado dos crimes de Waterbury, já que os poucos personagens principais que restaram acabarão como vítimas do assassino ou morrendo de outras formas, pois nenhum pecador sobrevive a um bom slasher. Uma das grandes sacadas da série é colocar um assassino que pune pecadores em um seriado que explora um gênero que ficou famoso por suas virgens virtuosas sobreviverem a verdadeiros massacres.

Tais sacadas tornam a série um prato cheio para os fãs de um dos subgêneros mais populares do terror. Mérito de Aaron Martin, roteirista da série que vem mostrado a cada episódio que conhece muito o terreno por onde escolheu pisar em Slasher. Muito mais do que os roteiristas de Scream e Scream Queens, pra citar apenas séries contemporâneas à produção da Chiller Films. Aaron sabe a medida certa do que mostrar e do que esconder, deixando todos nós curiosos e coçando a cabeça tentando desvendar a identidade do Carrasco.

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Quais são as suas apostas?

Slasher (2016) – 1×03: Like As Fire Eateth Up And Burneth Wood

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Slasher - 1ª Temporada
Original:Slasher - First Season
Ano:2016•País:EUA
Direção:Craig Daivid Wallace
Roteiro:Aaron Martin
Produção:Scott Garvie, Christina Jennings, Justin Kelly, Aaron Martin, Craig David Wallace
Elenco:Katie McGrath, Brandon Jay McLaren, Patrick Garrow, Dean McDermott, Christopher Jacot, Mary Walsh

Continuando a partir do enigmático gancho deixado pelo episódio anterior, “Like As Fire Eateth Up And Burneth Wood” segue mostrando que, muito mais do que a identidade do assassino mascarado, Slasher irá revelar aos poucos todos os mais sórdidos segredos escondidos pelos habitantes de Waterbury. Aos poucos, fica claro quem é a pessoa que derruba o bloco de cimento no carro que passava embaixo da ponte e a revelação causa uma surpresa interessante para o plot de uma série do gênero slasher.

Enquanto os grandes filmes slasher do cinema guardam a grande surpresa para o final revelando quem é o assassino e sua motivação, Slasher vai além e acrescenta pequenos mistérios, surpresas e reviravoltas em seu enredo, mantendo a atenção e o interesse do telespectador ao longo de seus oito episódios, tornando o seriado em uma espécie de “whodunnit” bem aos moldes dos clássicos livros de Agatha Christie.

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Também há uma interessante subversão das armas usadas pelo assassino para matar suas vítimas. Ao contrário do que o título pode sugerir, já vimos mortes com tacos de baseball, blocos de concreto, envenenamento e, no caso deste episódio, até afogamento! Os roteiristas mostram que entendem do assunto e, inclusive, aproveitam este episódio para revisitar os anos 50, quando os drive-in movies, avôs dos slashers, explodiam nas telonas ao ar livre.

A série ainda carece de algumas motivações mais concretas e convincentes, principalmente para Sarah (Katie McGrath). A falta de carisma e de coerência na personagem principal da série é a principal fraqueza de Slasher. Neste episódio, por exemplo, em determinado momento, recebemos uma nova informação sobre Sarah que indica que ela possivelmente tenha tentado o suicídio em um passado recente. Oras! Sério mesmo que é uma boa ideia você largar tudo, logo após tentar se matar, e morar na casa onde seus pais foram mortos e você foi estripada a facadas de dentro da barriga de sua mãe grávida?

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Apesar destes pequenos detalhes, Slasher ainda se mostra uma grata surpresa. Um daqueles guilt pleasures que vale a pena acompanhar e tentar desvendar o mistério antes do final da temporada. Exatamente como os grandes clássicos oitentistas do gênero. Até nisso os realizadores da série acertaram.

Slasher (2016) – 1×02: Digging Your Grave With Your Teeth

Slasher (2016) (5)

Slasher - 1ª Temporada
Original:Slasher - First Season
Ano:2016•País:EUA
Direção:Craig Daivid Wallace
Roteiro:Aaron Martin
Produção:Scott Garvie, Christina Jennings, Justin Kelly, Aaron Martin, Craig David Wallace
Elenco:Katie McGrath, Brandon Jay McLaren, Patrick Garrow, Dean McDermott, Christopher Jacot, Mary Walsh

Após um começo imperfeito, mas com algum potencial, Slasher chega ao seu segundo episódio desenvolvendo melhor os personagens e o cenário da pequena cidade de Waterbury, deixando bem claro que o seriado é uma espécie de filhote bastardo de Pânico com Twin Peaks. E, veja bem, isso não é algo negativo se a série continuar a crescer como vemos neste segundo episódio.

Digging Your Grave With Your Teeth subverte a estrutura tradicional dos slashers colocando, logo na cena de abertura, um casal apaixonado prestes a fazer sexo (e não é sempre assim?) encontrando uma vítima viva. Esta cena de abertura dá o tom do que virá a seguir neste segundo episódio, que envolve a descoberta de corpos e a vida íntima dos habitantes de Waterbury.

As falhas presentes no episódio piloto ainda incomodam como Sarah continuar visitando o assassino de seus pais para obter informações que possam ajudá-la a desvendar os novos assassinatos sem que seu marido discorde disso. Por mais independente que ela seja, e que seu marido não seja um machista autoritário, nenhuma pessoa em sã consciência deixaria a pessoa amada se envolver em algo tão perigoso sozinha, principalmente sendo um jornalista. Tudo fica menos convincente ainda quando Sarah, sozinha novamente, se embrenha na mata para seguir uma pista enviada pelo “Carrasco” pelo correio com um dedo decepado!

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Craig David Wallace (direção) e Aaron Martin (roteiro) seguem a cartilha dos slashers tradicionais e imprimem um tom Lynchiano à série. Assim vamos aos poucos descobrindo os podres dos moradores de Waterbury. Novamente indo na contramão da estrutura clássica dos slashers, todos são adultos trabalhadores e não adolescentes e universitários, isso torna a série mais interessante para um público alvo amplo e não apenas jovens fãs de assassinos mascarados. Neste ponto, Slasher supera sua série “rival”, Scream, pois os dramas ocultos dos habitantes de Waterbury são mais interessantes do que as tretas juvenis de Lakewood.

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Por mais que a estrutura clássica dos slashers exija uma boa suspensão de descrença, é impossível não achar absurdas as atitudes de alguns personagens. Mesmo assim, Digging Your Grave With Your Teeth se mostra melhor que o episódio piloto de Slasher e reforça a esperança de que algo bom possa sair deste bolo todo.

Slasher (2016) – 1×01: Pilot

Slasher (2016) (3)

Slasher - 1ª Temporada
Original:Slasher - First Season
Ano:2016•País:EUA
Direção:Craig Daivid Wallace
Roteiro:Aaron Martin
Produção:Scott Garvie, Christina Jennings, Justin Kelly, Aaron Martin, Craig David Wallace
Elenco:Katie McGrath, Brandon Jay McLaren, Patrick Garrow, Dean McDermott, Christopher Jacot, Mary Walsh

Slasher é a primeira série original do canal a cabo americano Chiller, um dos poucos existentes dedicado exclusivamente ao macabro. Com um marketing agressivo que durou alguns meses a expectativa dos fãs de terror estava alta. A figura do “Carrasco”, que aparecia nas imagens de divulgação, era sinistra e emblemática o suficiente para colocá-lo ao lado de assassinos mascarados clássicos como Jason, Michael Myers e Ghostface e a proposta de criar uma série no formato de antologia focada em um dos subgêneros mais populares do horror, o slasher, manteve a curiosidade dos fãs do macabro. No último dia 04 a espera chegou ao fim, mas Slasher fez jus à expectativa criada?

A primeira coisa que fica clara logo nos primeiros minutos do episódio piloto de Slasher é que a produção do canal Chiller é muito superior às de outros canais do gênero como Syfy, por exemplo. A fotografia, a direção e a trilha sonora da série agradam e resgatam o tom dos slashers oitentistas apesar de a série se passar nos dias atuais. Porém, como a maioria dos filmes deste subgênero, o programa peca no roteiro.

Slasher (2016) (2)

A premissa já começa absurda: Sarah (Katie McGrath) retorna a Waterbury, cidade onde nasceu, para recomeçar a vida. Seu marido, Dylan (Brandon Jay McLaren), conseguiu um emprego no jornal da cidade e Sarah irá abrir uma galeria de arte. Tudo bem até aqui. O problema é que Sarah vai viver na casa onde seus pais foram assassinados pelo “Carrasco”. Sua mãe, ainda grávida, teve sua barriga aberta e Sarah foi extraída prematuramente do ventre, que morreu ali, ao lado de seu pai, no chão da sala de estar da casa onde Sarah e seu marido vão recomeçar a vida. Mórbido e inadequado o suficiente? Não para os padrões dos roteiristas de Slasher.

Aos poucos novos assassinatos cometidos por alguém vestido como o “Carrasco” começam a acontecer e Sarah resolve investigar por sua própria conta consultando o assassino de seus pais, Tom Winston (Patrick Garrow), o “Carrasco” original para descobrir os segredos que envolvem os moradores da pequena Waterbury. A partir daí, todos aqueles irritantes clichês dos slasher preenchem a tela e a maioria das cenas do seriado. Temos as mais equivocadas decisões dos personagens possíveis, o total esquecimento do uso do telefone celular, assassinatos que acontecem a céu aberto em um bairro residencial sem que ninguém perceba e uma personagem principal que prefere investigar tudo sozinha mesmo ela sabendo que o assassino é real.

Slasher (2016) (4)

Ao resgatar todas as características essenciais a um bom slasher, Slasher acaba perdendo toda a força que poderia ter e a comparação com seriado Scream é inevitável. Se a proposta era criar um seriado que homenageia e atualiza os filmes de terror oitentistas do gênero, alguns detalhes poderiam ter sido mais bem trabalhados. Afinal, ao contrário dos anos 80, hoje em dia estamos cercados por tecnologia por todos os lados! Câmeras, celulares e a superpopulação das cidades são armadilhas fáceis para qualquer assassino mascarado que queira sair por aí matando impunemente. Mesmo assim, Slasher possui potencial e vale a conferida para vermos onde tudo isso vai dar.

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