Depois de quase um ano de “hibernação” Jason Voorhees volta a atacar, nessa sequência ousada que – segundo os fãs – tem tudo para se tornar um clássico, mas que, na verdade, não passa de outra patacoada digna desse nosso tempo. Depois que a “New Martian Pictures” comprou os direitos da franquia, o personagem passou por uma série de remodelações, a maioria visando buscar sua identidade lendária e original, numa espécie de resgate nostálgico. Entretanto, a inovação termina aí, e mesmo os fãs mais ardorosos da série terão de reconhecer que, nessas quase duas centenas e meia de episódios, muito pouco foi oferecido como verdadeiramente inovador. A Carnificina Prossegue não foge à regra: diálogos improváveis, clichê em cima de clichê, situações estúpidas e previsíveis, atores canastrões e uma infinidade daquelas outras famosas características da franquia.
Depois do fiasco que foi a parte 145, S. S. Sprott apostou no nonsense e foi buscar no passado as lendas que envolvem o personagem e suas possíveis motivações para tanta degola, e dali retornou disposto a apresentar algo novo – pelo menos para essa atual geração de apreciadores do famigerado Jason. Ou seja, a máscara de hóquei (um antigo esporte praticado na Terra), que havia sumido de circulação desde o episódio número 103 ou 104 (fica cada vez mais difícil acompanhar os detalhes da franquia), voltou, além de seu apetite voraz em propiciar os fins mais inusitados às suas vítimas.Também retornou com a utilização de armas cortantes: depois de experimentar machados, facas, serras elétricas, bisturis, magnetodissolvidores portáteis, foices, sabres laser, psico-explosores de cabeça, intradespolarizadores manuais e – naturalmente – o próprio punho, entre outros, Jason retorna, quem diria, ao velho e fiel machado de cortar lenha (para quem não sabe ou nunca viu os antigos filmes da série, machado era uma espécie de lâmina cortante manual, com cabo de madeira, e lenha era a própria madeira, quando ficava no ponto de ser consumida pelo fogo). Grande sacada de Sprot, voltar à mitologia original em vez de tentar inovações que de inovações só têm o nome.
No último capítulo da cinesérie, o psicopata havia enfrentado uma legião de criaturas de outra dimensão e, numa reviravolta do roteiro, ele próprio acabara por cair num fluxo temporal de instabilidade neutra, para promover uma carnificina que há muito não se via, mas o mérito terminava aí. Agora, já de volta a nossa boa e velha dimensão, Jason, num descuido, tem os braços arrancados por uma célula-monstro de Alfa Três mas consegue se safar à tempo e destruir a criatura utilizando seus recém adquiridos poderes psico-explosores (grande furo do roteiro, pois é sabido que as células-monstro de Alfa Três não têm ondas cerebrais como as humanas). Já de volta à colônia de Hibernação Profunda em Tritão e com dois braços mecânicos substituindo as gavinhas pneumáticas que o psicopata havia incorporado a seu corpo num dos filmes anteriores (no próximo episódio, provavelmente ele voltará a ser um robô completo, para a indignação de sua imensa legião de fãs), Jason recebe uma onda de choque no cérebro e passa a reviver seus primeiros dias como serial killer, o que explica sua vontade de prosseguir na carnificina utilizando um velho instrumento como o machado (a explicação de onde saiu esse machado não é dada, para variar – ele simplesmente o consegue).
Poupem-me do final, um dos ganchos mais deploráveis que já se viu para um próximo episódio (mas isso não é novidade, pois todo mundo está careca de saber que lógica nunca foi uma palavra levada em consideração em toda a longa história da franquia – o personagem sempre sumiu e reapareceu, à vontade dos roteiristas).
Mas, para quem gosta de mexericos de bastidores, aí vai: alguns fãs mais ardorosos tiveram a coragem de contar o número de vítimas desse episódio e chegaram ao bom número de 328 trucidados (nem todos com o machado, é claro), ao que parece um número bem maior do que nos últimos filmes, o que só prova a boa disposição dos produtores em buscar números assombrosos ao invés de boas ideias. Mas justiça seja feita: aquela cena em que Jason invade um tanque de nutrição e degola ferozmente os recrutas semiconscientes da polícia, deixando o líquido nutriente totalmente vermelho e cheio de pedaços de corpos humanos e alienígenas boiando, é de grande impacto e precisão, num dos raros momentos verdadeiramente convincentes.
Também o número de participantes externos foi bastante reduzido durante a exibição; conta-se que na estreia do filme em Marineris City (onde fica a sede da “New Martian Pictures“), cerca de 170 pessoas da plateia se candidataram a participar da história em tempo real via oitava dimensão e que cerca de 90 delas encontraram seu fim nas mãos (ou melhor, no machado) de Jason Voorhees, e que outras tantas teleportaram para casa com a roupa suja de sangue e óleo de máquina. Isso é o que dá ficar se metendo com filmes de terceira categoria.
Quanto aos atores, NS3D, acima de seus quase três metros de altura, mais uma vez parece bastante à vontade no papel do psicopata mascarado (conta-se por aí que ele já incorporou a personalidade do monstro e que os técnicos da Industrial Night and Tragic terão de afastá-lo para reformas – o que significa, meus caros amigos, que nos próximos episódios é provável que tenhamos outros atores incorporando o danado; o grandalhão Lou Bixby já está sendo cogitado, para o desespero dos fãs), enquanto o queridinho da mídia Albert Merrifordson não esconde o fato de que está ali, na pele daquele operador incompetente metido a herói, somente por causa do dinheiro. Também a belíssima e talentosa Ligia Maravasco (Clone 3) faz uma ponta bastante significativa, num momento que na verdade é apenas uma troca de cortesia entre uma franquia e outra (quem assistiu/participou ao penúltimo episódio de Halloween, aquela outra franquia famosa sobre psicopata mascarado, sabe do que estou falando). Tudo mais é pura perda de tempo, pois por mais que o filme tenha investido em ingredientes há muito relegados para segundo plano, a triste verdade é que nada de novo ou realmente inovador é visto e tudo quanto se pode esperar de uma série tão longa quanto essa é apenas um pouco de diversão sem compromisso – e talvez um pouco de ação, para aqueles que são inclinados em participar da trama. Não dá para engolir que andróides dotados de sensores de radiação infra-vermelha (como na cena de abertura) se deixem enganar por um monstro suarento de quase três metros de altura e nem um pouco discreto em sua sede de cometer novas trucidações.
O que mais nós, robôs, podemos fazer senão rir da incompetência dos roteiristas?
Achei que era um tipo de historias em quadrinhos sobre jason que não conhecia
Mas quando apareceu sabres de luz,mais de 300 vítimas,etc,ficou na cara a zoeira…
Mas essa imagem do PredaJason foi muito foda!
Eu li o titulo da matéria e pesquisei no Google por Sexta-Feira 13 – Parte 146. Não achei e pesquisei por S. S. Sprott kkkkkkkk, só no meio do texto me liguei que era zuera. Aposto que mais pra frente vão fazer mais filmes do Jason, seja remake ou alguma ideia nova, sempre tem diretor disposto a fazer, e público (tipo eu) disposto a assistir hehehe.
Rachei com esse final kkkkkkkkkkkk
kkkk Nossa, vcs acreditam que fui lendo e achando que era verdade, até passou pela minha cabeça pesquisar no Google sobre essa parte 146 da franquia Sexta feira 13 (sim, eu ia fazer isso ¬¬’) kkk Mas valeu, curti. Quero chegar aos 100 anos indo ver os filmes do Jason no cinema haha. Adoro os filmes do Jason, mesmo sabendo dos clichês, isso que acaba ficando divertido =D