Um found footage realizado nas geleiras, tão frio quanto sua proposta. Trata-se de uma produção islandesa que faz uso de um cenário desolador para propor uma espécie de “febre da cabana”, colocando personagens numa situação de desespero e pessimismo.Continue lendo…

Parker conduz Proxy como se fosse um suspense hitchcockiano até na evocação de trilhas parecidas, mas não consegue propor o misancene devido, optando por obscurecer a tela entre os cortes, em saltos de tempo estranhos. Alonga de mais a produção, com momentos que podiam ficar nas entrelinhas, e se esquiva de soluções. Ainda assim, coloca Proxy numa galeria de produções a serem vistas como estudo de personagem e de transtornos mentais.Continue lendo…

Não oferece nada que justifique suas duas horas de duração. Não há inovação visual, não há profundidade emocional, não há sustos eficazes, não há personagens memoráveis, não há temas desenvolvidos além de conceitos. É exercício de mediocridade que ocasionalmente flerta com incompetência técnica, produto de fórmula seguida mecanicamente sem inspiração ou paixão.Continue lendo…

Num cenário global onde horror frequentemente se homogeneíza, um épico de horror em preto e branco enraizado em mitologia de Kerala é automaticamente interessante. Bramayugam é obra visualmente impressionante em momentos isolados, sonoramente excepcional do início ao fim, tematicamente ambicioso e politicamente relevante. Por outro lado, é narrativamente irregular, ritmicamente problemático, excessivamente longo e frequentemente hermético. Apesar dos percalços, o filme demonstra que o cinema de horror indiano possui mitologias ricas esperando por adaptação, que há audiência para horror lento e atmosférico enraizado em culturas específicas, e que é possível fazer filmes visualmente distintos com orçamentos modestos.Continue lendo…