2.5
(2)
Projeto Dinossauro (2012)
Que venha o meteoro…
Projeto Dinossauro
Original:The Dinosaur Project
Ano:2012•País:UK
Direção:Sid Bennett
Roteiro:Sid Bennett, Jay Basu, Tom Pridham
Produção:Nick Hill
Elenco:Richard Dillane, Natasha Loring, Matt Kane, Peter Brooke, Stephen Jennings, Abena Ayivor

Se os dinossauros não tivessem sido extintos, este filme poderia ser o meteoro que exterminaria por vergonha todas as criaturas que dominaram o planeta há bilhões de anos. Já foram realizadas muitas produções ruins envolvendo esses antigos animais – desde Carnossauro 3 (1996), passando por clássicos como A Nymphoid Barbarian in Dinosaur Hell (1991) e Planet of the Dinosaurs (1978) – com efeitos especiais que não estão assim distantes de Projeto Dinossauro, o found footage que estreou recentemente nos cinemas, tentando espremer ainda mais o subgênero até o público desistir de vez de assistir a filmes assim.

Apontado como uma mistura de Parque dos Dinossauros com Atividade Paranormal ou A Bruxa de Blair – muita ousadia para pouco talento -, o longa é uma aposta do cineasta Sid Bennett (que já tinha feitos filmes ruins no estilo antes como Predator X e o documentário Prehistoric Park) de mesclar os gêneros, aproveitando a onda dos falsos documentários. Errou em praticamente tudo: do elenco ao roteiro chinfrim escrito pelo diretor em parceria de Jay Basu e Tom Pridham (da série Primeval), dos efeitos à falta de criatividade.

A história segue o modelo padrão: um letreiro avisa que materiais de filmagem foram encontrados e que nada foi editado ou alterado pela polícia. É claro que se trata de uma falsa descrição, tendo em vista que se não tivesse existido trabalho de edição, não haveria cortes entre as câmeras nem uma sequência narrativa para compor um filme. Assim como também não é preciso se esforçar muito para desacreditar na veracidade dos fatos já que não temos informações sobre dinossauros ainda vivos no planeta há milhares de anos e a equipe escalada para buscar informações não traz credibilidade alguma.

Projeto Dinossauro (2012) (1)

Após alguns relatos sobre criaturas avistadas por turistas, desde o Pé Grande até a Criatura de Lock Ness, os repórteres são apresentados ao grupo de expedição que irá buscar pistas que comprovem as lendas. O Indiana Jones da vez é Jonathan Marchant (Richard Dillane, de Batman – O Cavaleiro das Trevas), que está liderando a jornada com o apoio de Charlie Rutherford (Peter Brooke, de Wrong Turn 5), Dave Moore (Stephen Jennings, de Corrida Mortal 2), a bióloga Dr. Liz Draper (Natasha Loring), uma guia e outros. Além deles, há o filho de Marchant, Luke (Matt Kane), que achou um jeito de se infiltrar no passeio com suas câmeras e habilidade de consertar aparelhos tecnológicos.

Não é preciso dizer que o grupo de pesquisadores ingleses não convence pelos seus componentes profissionais, incluindo a tal bióloga que está claramente no filme para arrastar o público masculino, assim como Luke pode atrair adolescentes em busca de identificação. Até mesmo a decisão de transformar um personagem em vilão ocasional também não acrescenta nada à produção, tornando-a ainda mais inverossímil.

O avião da equipe é derrubado por pássaros não identificados (leia pterodáctilos), forçando a equipe a seguir a trilha a pé. Ao chegar numa velha aldeia, eles registram os movimentos noturnos e são atacados por criaturas, o que faz com que o elenco diminua consideravelmente. A partir daí, o público apenas testemunha a luta pela sobrevivência, entre ataques de dinossauros e as brigas internas, sempre presentes em produções assim.

Se tudo já não era interessante, torna-se pior ainda quando Luke faz amizade com um dinossauro, apelidando-o de Kripto. O bichinho vai aparecer por diversas vezes, servindo até de herói em determinado momento, o que fará o espectador pedir para sair sem antes emitir um arghhh. Quando vistos de longe pode ser que as criaturas até convençam de sua existência, mas com o excesso de aparições, os efeitos vão revelando suas fraquezas, principalmente nas cenas diurnas.

Projeto Dinossauro realmente poderia ter ficado apenas no papel. Mortes offscreen, talvez pensando numa continuação, excessos de gritos de Luke e pai, clichês mesozóicos, num found footage que não se justifica em nenhum momento. Até é preferível rever a série Carnossauro do que acompanhar um trabalho tão ruim e que, por incrível que pareça, não foi produzido pela The Asylum.

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1 comentário

  1. deve ser bem fraco mesmo,assisto não.

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