Die Farb
Original:Die Farb
Ano:2010•País:Alemanha Direção:Huan Vu Roteiro:Huan Vu, H.P.Lovecraft Produção:Peter Tillisch, Huan Vu Elenco:Paul Dorsch, Jürgen Heimüller, Ingo Heise, Philipp Jacobs, Michael Kausch, Olaf Krätke, Marco Leibnitz, Ralf Lichtenberg, Patrick Pierce, Erik Rastetter |
Adaptação do conto A Cor Que Caiu do Céu (The Color out of Space), de H.P Lovecraft, o diretor Huan Vu faz aqui um belo trabalho nessa história sobre o jovem Jonathan Davis, que busca o pai desaparecido desde a Segunda Guerra Mundial. Em sua procura ele chega à Alemanha, em 1975, num isolado vilarejo próximo a floresta Swabian-Franconian e escuta a história de um dos moradores a respeito de um meteoro que caíra na região e alguns cientistas que tentaram estudá-lo, mas sem chegar a alguma conclusão. No relato, uma família vizinha teria sido gravemente afetada pelo ocorrido. Incrédulo diante da história do estranho homem, Jonathan, mesmo sobre os avisos, vai a floresta buscar o pai. Plantas e frutas crescem com um sabor amargo, animais morrem sem explicação e pessoas são levadas a demência enquanto as investigação dos cientistas não evoluem.
No livro, a ameaça alienígena não é um monstro, é uma cor, impossível de se descrever, sem forma. O diretor conseguiu de certa forma, passar de uma maneira bem aceitável a definição de Lovecraft.
Esse conto é considerado uma obra prima do autor e foi transcrito com competência para o cinema pelo cineasta. Filmado em preto e branco, e com uma atmosfera sombria, o diretor conduz o filme em meio a uma trama envolvente e misteriosa numa bela e respeitosa adaptação de um escritor considerado impossível de se adaptar.
Obrigado pela resenha. Comprei o blu-ray da produtora do vídeo. Não é tão caro assim, saiu, com frete, 18 euros. E, considerando a atrocidade que é o filme novo com o Nicholas Cage, essa parece ser a única chance de ver uma adaptação boa desse conto maravilho, que é meu favorito do Lovecraft.
Um conto que mostra todo o brilhantismo de Lovecraft. Tenho que ver esse filme!
Também acho que descrever não é lá muita coisa.
Tenho muita vontade de ver esse filme mas nunca o encontrei. Ficarei agradecido se alguém, inclusive o autor da análise, possa me indicar onde adquiri-lo. Grato!
Luciano, adquirir filme independente é sempre complicado – a maioria são restritos a festivais (vi este no Cinefantasy em 2011) – mas é possível comprar o mesmo no site do filme http://die-farbe.com/shop/index.php/language/en
Esse filme é excelente. Na minha opinião foi a melhor adaptação de Lovecraft para o cinema. Gostei bastante das mudanças em relação ao conto, como o fato do filho estar em busca do pai desaparecido desde a II Guerra.
Ah, e espero muito que um dia o del Toro possa fazer o “Nas Montanhas da Loucura”… acho que ele é o nome perfeito para fazer um filme lovecraftiano supremo.
parece bem interessante.
puuutz eu querooo kkk
Lovecraft nunca foi bom em descrições.
“Lovecraft nunca foi bom em descrições”Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk tu nunca leu LovecraftKkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Lovecraft era gênio em compôr atmosfera, suas criaturas nâo podiam ser descritas porque qubravam os limítes da mente humana no universo como o conhecemos, por isso quando alguns de seus personagens se deperavam com tal horror, praticamente enlouqueciam. H. P lovecraft foi o criador de um técnica narrativa, a “Narrativa Ofuscada” que influenciou e influencia grandes escritores de fantasia e horror. Essa técnica pode ser apreciada com maestria no conto “A cor que caiu do céu”.”Nunca torne o terror explícito onde ele possa ser sugerido” – H.P. Lovecraft
Lovecraft foi o mestre do terror psicológico. Dizer que ele nunca foi bom em descrições, você só pode estar brincando…
Fazendo uma pergunta a sério: o que você quer dizer com isso? As descrições de paisagem do Lovecraft estão entre as coisas mais atmoféricas da literatura fantástica. Há gente melhor? Sim, há. Algernon Blackwood é um. Mas, se você está falando de descrições de criaturas, monstros, etc., essa nunca foi a intenção do Lovecraft. As poucas vezes que ele tentou (na maioria, sob a influência de August Derleth), realmente não ficaram muito impressionantes, como o irmão mais novo do Wilbur em The Dunwich Horror. Mas, mesmo nesse conto, as descrições do campo ao redor e da vila de Dunwich são um verdadeiro triunfo de criação de atmosfera macabra. Por isso pergunto a que exatamente você está se referindo e se se importaria de citar alguma passagem que acha mal descrita e comentar a respeito. Não é meu interesse atacar você, apenas quero iniciar uma discussão série.