Evidências
Original:Evidence
Ano:2013•País:EUA Direção:Olatunde Osunsanmi Roteiro:John Swetnam Produção:David Lancaster, Michel Litvak, Marc Platt, Anthony Rhulen, Jeffrey Stott Elenco:Stephen Moyer, Nolan Gerard Funk, Radha Mitchell, Torrey DeVitto, Dale Dickey, John Newton, Harry Lennix, Caitlin Stasey, Aml Ameen, Svetlana Metkina, Alisha Seaton, Verity Branco, Barak Hardley |
Depois de Cannibal Holocaust (1980), Evidence é um dos poucos filmes que souberam justificar o uso do recurso conhecido como “found footage“; até mesmo Rec (2007), com aquela desculpa de “temos que filmar pois as pessoas precisam saber o que está acontecendo aqui“, não foi capaz de convencer com suas câmeras em primeira pessoa, ligadas o tempo todo. Na verdade, qualquer pessoa numa situação real de perigo de morte jamais iria se preocupar em filmar como fizeram os jovens de A Bruxa de Blair e os demais exemplos do estilo. No entanto, não estou dizendo que o longa de Olatunde Osunsanmi, de Contatos de 4º Grau, é um novo clássico ou algo comparável ao filme espanhol ou à estreia de Daniel Myrick e Eduardo Sánchez! Aliás, está bem distante de um resultado plenamente satisfatório, embora seja bem interessante e mereça uma conferida.
Começando pelo ótimo elenco, liderado por Radha Mitchell (Terror em Silent Hill) e Stephen Moyer (da série True Blood), Evidence se torna atraente por trazer um enredo daqueles de fazer o espectador não conseguir se afastar da tela até sua conclusão. Também são aspectos positivos a edição acertada, a trilha correta e, principalmente, o vilão, um serial killer ousado e competente, estabelecendo uma perfeita conexão com os fatos. Por outro lado, se todo o aspecto técnico e a escalação parecem perfeitas, o roteiro de John Swetnam, originalmente um curta, não soube se sustentar por toda a duração do filme, além de não ter conseguido evitar alguns clichês, incluindo o final Jogos Mortais.
A primeira cena do filme é uma cópia do início de Resident Evil: Retribuição: a câmera passeia por uma imagem congelada para apresentar todos os ângulos de uma cena de crime. A polícia investiga o massacre de várias pessoas numa parada de caminhões desativada, tendo apenas como “evidência” as filmagens feitas pelo grupo. A Detetive Burquez (Mitchell) e seu parceiro depressivo Reese (Moyer) resolvem assistir aos acontecimentos, fazendo interrupções a todo momento para resgatar detalhes das imagens e comentar – a la Cannibal Holocaust.
Nas gravações, a bela Leann (Torrey DeVitto), que sonha em ser atriz, recusa o pedido de casamento do namorado Tyler (Nolan Gerard Funk), mas consegue convencê-lo a participar de uma viagem até Las Vegas. Sua amiga Rachel (Caitlin Stasey) resolve registrar todo o caminho em vídeo já pensando num documentário sobre a vida da futura atriz, “como aqueles que a MTV faz“. Até o trajeto, o motorista Ben (Harry Lennix) ainda irá levar outros participantes da excursão como Vicki (Svetlana Metkina), Steven (Albert Kuo) e a doida Katrina (Dale Dickey).
Quadrilha de Sádicos será lembrado quando o veículo se acidentar na estrada, devido a arames deixados propositadamente pelo caminho. Feridos, todos vão ao primeiro local que encontram, a tal parada de caminhões. Enquanto buscam um telefone para pedir ajuda, aos poucos percebem que não estão sozinho: uma pessoa mascarada se esconde na escuridão pretendendo incinerá-los um a um. Para facilitar a vida do roteirista, além da câmera de Rachel, Vicki também tem uma, e Steven também decide fazer registros com o seu celular, tornando a tragédia com mais cobertura do que a Copa das Confederações.
Se não fossem essas facilidades do roteiro, que incluem algumas coincidências para a conclusão surpreendente, Evidence poderia estar entre as melhores produções de 2013. Some a essas falhas, alguns buracos do argumento principal: não há informações sobre o resgate dos sobreviventes e o momento em que eles teriam entrado em contato com a polícia para a localização da parada de caminhões. Será que alguém descobriu algum telefone que funcionasse? Em que momento isso aconteceu?
Mesmo com essas falhas, Evidence ainda é um válido entretenimento. Os mistérios envolvendo a identidade do assassino já são suficientes para garantir a diversão do espectador, ainda mais com o final surpreendente, algo que não acontecia desde o término da franquia Jogos Mortais. Se relevar os defeitos, pode-se garantir alguns bons momentos de tensão.
Marcelo, só uma correção:
ATENÇÃO, SPOILER!
Quando você diz “Será que alguém descobriu algum telefone que funcionasse? Em que momento isso aconteceu?”, perceba que entre as cenas da revelação final, a figura está falando ao telefone – o mesmo que todos achavam que estava quebrado, de fato funcionava.
Quando eu leio ‘final surpreendente’ eu já imagino que eu não iria gostar
Eu gostei muito. Realmente é aquele tipo de filme que te prende do início ao final, fazendo vc imaginar como será o desfecho e quem é o assassino – q particularmente é muito fodão! -. Atuações ótimas, enredo bacana e alguns buraquinhos na trama, mas nada q tire o mérito desta película q surpreende, não apenas pelo final, mas pela forma como foi conduzida. Ah, e falando de final, não é tão difícil imaginar quem é o mascarado da vez, várias pistas podem ser identificadas no desenvolver da trama, mas a forma como o filme foi encerrado foi soberba; final incrível. Vale muito a pena conferir!
Cara na hora em que eu vi no finalzinho a cena da mascara e que bate na mulher e taca fogo eu jah sabia na hora que era aquela morena… Pq quando tava batendo na mulher era nitido as afeicoes femininas e que nao sabia brigar e tbm no comeco quando ela fala sobre o controle sobre vida e morte… Bom filme , mas essas de induzir a pessoa a culpar o mais obvio eh mt cliche!
Olha o spolier cara!
FDP!
filme foi interessante sim, deu pra divertir bastante… mas vou ser sincero, matei o plot inteiro nos primeiros 20 min. de filme. As frases desconexas do começo ficam bem evidentes o que levam a desvendar a trama inteira …só errei no final pois pensei que o …. (deixa, vou dar spoiler não kkk) 😉
O problema do filme , é que tem uma ideia mt boa , porém ele fica trocando entre o que aconteceu com cada 1 usando a camera e oq eles estão vendo pelas câmeras das pessoas q morreram.. eu acho q ficou meio bobo e chato , podia ter feito o filme todo em modo câmera q ia se sair bem melhor.. 🙁
já assisti,e não é lá essas coisas não,mas graças aos atores envolvidos esse filme até consegue se sobressair,assistam e tirem suas próprias conclusões.
Boa dica! Geralmente gosto de filmes “found footage”, e esse ainda vem com Stephen Moyer e “quem é o assassino”!
Tava um pouco curioso, mas agora vou conferir com certeza.
Queria vê muito esse filme a idéia é excelente , ainda mais esse diretor sabe fazer filme de suspense..
Mais uma indicação do site boca do inferno que me obriga a assistir =)